Faz de Conta Qu eu Acredito
Confesso que eu falo,falo e muito.Mas acredite quem quiser,nem sempre falo tudo o que eu realmente queria dizer.
Aquela Voz
(R. Bento)
Aquela voz me dizendo
Abra a janela para poder me ver
Eu ouvindo aquilo
Digo não abro, pois, não tenho porque
Ligo o radio bem alto
Essa maldita voz não me deixa dormir
Em tom suave ela diz:
Não adianta querido eu não vou desistir
Agora vê se entende
Eu só quero ficar sozinho no meu quarto
Mas vai ser impossível
Se você não consegue se manter calado
Só consigo pensar
Quem será o cretino e o que quer falar?
Com tristeza ele diz:
Só se abrir a janela conseguirá escutar
Refrão
Então com raiva eu abro e não vejo ninguém
A rua deserta e a brisa gelada
Me tocam o rosto me dão arrepios
Quando eu olho pra cama onde eu estava
Me vejo deitado com os olhos fechados
Com uma paz que há tempos havia perdido
Então eu percebo que a voz que eu ouvia
Era eu mesmo querendo entrar no paraíso.
Bento.
http://bentoolico.blogspot.com/2010/04/aquela-voz.html
Canção ao Acaso
(R. Bento)
Então serei/ O mesmo cara que eu cansei/
De conviver/ Buscando a razão de viver/
Em outro alguém/ Pra me dizer como fazer/
Pra ser feliz/ E chegar onde nunca cheguei/
E dividir/ Os sonhos que eu tanto sonhei/
Pra me alertar/ Dizendo se esse sonho é real/
Então viver/ E só olhando a vida passar/
Sobreviver/ A espera do mundo girar/
E não girar/ Inerte nesse gélido fim/
Sem conseguir/ Olhar nos olhos da verdade/
E assumir/ A culpa pela flagelação/
Que eu me imponho/ Na punição de todos os meus erros/
Ir ao passado/ Atrás de respostas atuais/
Sem ver que sou/ Eu mesmo a solução dos problemas/
E aos poucos/ Matando o que sobrou de mim/
E falta pouco/ Pra que eu chegue nesse fim/
A cada passo/ A versos invadindo a cabeça/
Que eu repasso/ No quarto ao som do violão/
Sobre uma frase/ Que eu disse sem me perguntarem/
Que é você/ A coisa mais linda a minha vida/
Quando minhas mãos não puderem te tocar/
Quando minha boca não puder te beijar/
Quando seu sorriso não puder me alegrar/
Quando minha boca não puder te beijar/
Bento.
"(...)O senhor saiba: eu toda a minha vida pensei por mim, forro, sou nascido diferente. Eu sou é eu mesmo. Diverjo de todo o mundo... Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa."
Um dia eu te amei de uma maneira tão bonita, demosntrei de formas infinitas, meu amor de cada dia, mas você não valeu nem a metade de todo aquele amor que eu sentia.
CATIATCHA
Maria quis dar-me um amor eterno, sem limites
Quis pôr-se a serviço do Senhor Eu
Renunciou a todos os sonhos
Para ter os meus
Os meus sonhos seriam os seus
Maria quis dar-me o seu leito de bálsamo
O seu colo abrasante
A sua simpatia eterna
A sua compreensão imensa
A sua alegria perene
Quis santificar meus defeitos
Mas não quis
Não quis. Acreditem!
Não quis !
Quis a Madalena
Ordinária
Que me pisou com sapatilhas de prego
Imergiu minha cabeça em baldes de gelo
Jogou-me de ponta na sarjeta
Chafurdando
Nem Maria. Nem Madalena
Hoje lamento não ter querido Maria
Maldigo ter desejado Madalena.
Fiquei com a catia
Perambulando em meus infortúnios
Cambaleando
Vou sorvendo até a última gota
O entorpecente líquido de catia
Bendita seja
Maldita catia
Garçom, mais catiatcha!
Essa... essa mulher que eu não encontrei ainda, essa que será a minha grande amada; não sei a razão da minha preocupação ainda, porque antes de encontrá-la, estou eu perdendo o meu tempo com outra mulher, perdendo meu tempo com emoções que desaparecerão, perdendo meu tempo porque a minha amada ainda está por vir.
É estranho esse fato. Vivo normalmente sem a minha amada, sem nenhuma dependência, mas quando encontrá-la, certamente vou pensar: como perdi tanto o meu tempo sem conhecê-la? Como a ausência dela me faz falta; não quero perder os momentos que possa ficar com ela.
E se por consequência a minha amada se for e não voltar, a minha vida não terá o mesmo sentido. Mesmo que esse sentido tenha 5, 6 meses de existência.
E o círculo segue...
Não mandem minhas palavras ao pé-da-letra, eu as carrego na língua, nos dedos e no coração, todas elas, verso e prosa, sem exceção. Não me levem tão a sério, eu também sou ficção.
Quando eu era criança
Eu sentava na janela
Via escorrer as gotas
Da cachaça e da panela
Tinha medo de crescer
De assim poder morrer
Como morria no céu
As estrelas de papel
E os versos do meu ser
O Amor que eu sinto,
não é como um Amor pobre;
Porque o Amor pobre
É aquele no qual se pode medir;
Mas o que eu realmente sinto,
Nem a infinidade de números pode contar!
Dedicado à Matheus O.
"Meu coração é uma porta giratória que vez ou outra trava me deixando preso, eu fico ali, tentando me livrar dos sentimentos que me impedem de seguir em frente.”
Não, eu não sou o que deveria ser
Sou apenas o que o sobrou de um sonho
Desses que você nunca ousaria sonhar...
Estou com medo de estar me tornando a bolha estúpida e desinteressante que, desconfio eu, algumas pessoas esperam que eu seja.
Quando eu findar, e não ver uma nova manhã nascer, deixo apenas um nome deslembrado, remanescentes recordações e uma lápide memorável.
Eu acordo e penso em ter um bom dia, ou ao menos ter um dia diferente. Mas no final das tardes, foi só mais um como todos os outros.