Faz de Conta Qu eu Acredito
Vivo em busca do que desconheço, talvez seja apenas isso que eu preciso pra me reencontrar nessa vida, pois os meus rastros se apagam a medida que me projeto para o desconhecido. Vou além de onde posso ir... Sempre.
Eu sou impulsionada por imaginação e ela precisa ser alimentada constantemente. Eu enjoo fácil de tudo, e eu enjoo principalmente quando acaba a imaginação. Sou assim com a comida, com amigos, com trabalho, com romances então, nem se fala. Não precisa ser bonito e não precisa ter dinheiro, tendo todos os dentes da boca, sendo higiênico e sabendo falar, principalmente palavras que agucem minha mente fértil, já tem grandes chances de virar tema da minha próxima narrativa. Não importa se estarei com você por uma noite, ou para o resto da vida, me faça imaginar e não se arrependerá. Se não serve para alimentar minha imaginação, não serve para mim... Eu corro atrás da felicidade possível, mas a improvável é muito melhor, e é lá que ainda vou chegar.
Descobri a verdade mais terrível da minha vida: eu sou escrota porque tenho mãe. Se você me visse, visse a pose com que ando pelas ruas, com que brigo em lojas que me atendem mal, com que exijo silêncio da minha vizinha, com que meto meu carro em cima de gente folgada, com que grito com telemarketings, com que dispenso garotos burros. Você diria: aí vai uma menina corajosa, destemida e meio escrota. Talvez muito escrota. Não estou nem aí. No final das contas, minha mãe divide comigo o ódio que sinto de tudo o que dá errado na vida. De tudo o que é chato. Ela faz lasanha, pavê e torta de banana pra mim e me manda tudo congelado. Ela dá risada e concorda: “não tem mesmo homem a sua altura, minha filhinha”.
Não continue com esse jogo
que por tantas vezes me decepcionei
Desse jeito eu te dou o troco
E do meu mundinho eu te expulsarei.
Eu sou assim, eu vou sumir quando você menos esperar, eu vou surtar com você, vou querer que você sinta medo, orgulho, paixão, fome de mim.
Irônico mesmo é eu aqui, chorando por não chorar, sentindo por não sentir, sofrendo por não sofrer. Sempre me senti solitária, mais nunca estive sozinha, agora encontro – me aqui, sem nada a me agarrar a não ser minha folha de papel suja com algumas lagrimas misturadas a minha maquiagem.
Essa noite fria desse verão quente. Verão daqueles que será guardado na memória, infelizmente, não lembrado como algo bonito e colorido, talvez como uma fase que me acrescentou, porem não como algo feliz. Passo neste momento, por uma daquelas noites, de choro intenso, que nos fazem acordar no dia seguinte, mais leves, plenos, que conseguem nos mudar, assim, da noite para o dia.
Mudanças quase sempre melhores, então ai, nessa parte, a visto o perigo, nessa palavra bem traçada na folha de meu caderno, com significado indefinido. É nesse “quase” que mora o medo de essa noite de choro e duvida, não acabar se transformando em algo bom, que ela no fim me faça acordar, mais fria, cética e obscura que sou, - se é que isso seja possível – então penso, vejo meus olhos tristes e
e sem vida no espelho, seguro minhas mãos suadas e frias, me bate um desespero bobo de acabar pior que me encontro, sinto aquele nó na garganta, já conhecido. Agora, eu, que nunca fui muito religiosa ou apegada em Deus, encontro - me em plena oração, para que o melhor me aconteça, pois só posso me agarrar a isso, com a minha fé de cética desiludida.
Eu vou tentar, esta sendo complicado,
mas essa é a hora, vou deixar o passado de lado.
E quando você notar, você vai me ligar pedindo pra voltar.
Se eu quiser ouvir eu te amo, eu te adoro, ou algo do gênero apenas da boca pra fora, peço para o meu papagaio, Ai quem sabe poupo o seu trabalho
Eu incomodo sua liberdade, por que ela não existe, se você fosse livre, meus atos não lhe incomodaria.
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