Faxina na Alma Carlos Drumond de Andrade
De que adianta roupa nova, se a alma é podre. Ao despir-se da vida sua alma ficará exposta. Ivens@breu
Triste sina de quem na vida passa vendo somente desgraça, doença e miséria a alma lhes trespassa. A alegria passa longe,tudo é cinzento, não consegue ver o colorido da esperança, removedor da dor ,da angústia,
e o do sofrimento.
O romance é essencialmente a história de uma alma contra sociedade. O herói do romance é sempre alguém que tem algum problema com a sociedade, alguém que não se encaixa na sociedade, ou porque ela é complexa demais e ele não a entende. Ou porque, ao contrário, crê que ela o rebaixa e ele não aceita esse rebaixamento, ele quer se sobrepor, quer vencer a sociedade, como é o caso de Raskólnikof no Crime e Castigo; ou Rastignac nas Ilusões Perdidas de Balzac. Vocês vêem que o surgimento de todo um gênero literário, que é o gênero mais importante dos últimos dois séculos é definido pela inexistência de harmonia entre o homem interior e a sociedade.
Já vivi uma corrida maluca de correr atrás de pessoas chegadas, pessoas queridas por uma alma idiota. Não se permita ser trouxa.
Minha alma vaga triste
Pelas ruas da cidade
Procuro um grande amor
Ou uma simples amizade
Amizade pode ser
Um ser humano
Ou um animalzinho
Pois não tem diferença
Pois por eles tenho carinho
LOUCURA DE AMOR
Grita, grita! Oh, alma amargurada!
Até acordar-te do teu pesadelo.
O amor existe! Foi apenas um sonho ruim.
Não fora embora seu amado!
Nem há montanhas intransponíveis,
ou, pássaros de mau presságio.
Escuta! É a mesma canção do vento
que o trouxe um dia! Ele ainda sopra!
Podes sentir o perfume em tuas mãos.
A fragrante essência dos deuses!
Não as lave! Leve à tua boca e sentirás
quão doce sabor!
Acorda-te, desse pesadelo,
Oh, alma amargurada!
O amor ainda existe. Persiste!
Não te enlouqueças na tua dor!
POR TUA ALMA É QUE ANELO
As violetas passaram sobre o meu olhar,
deixando sombras arroxeadas.
E os nardos cobriram a visão da tua passagem...
Indas que ouvia a carruagem de um príncipe,
não pude sentir o gosto por te ver passar...
Mas os olhos da minha alma ferida sentiu tua sombra...
- Podes passar-te, oh majestade!
E sobre mim, essa sombra palpitará,
como se meu corpo estivesse tocado!
Será imenso esse amor que me abrigas.
E nunca mais, nunca mais, haverá um estribilho,
em meus versos onde te pousarás teu brilho!
No encanto da alma, e por quem anelo.
Então apenas os nardos e as violetas se passaram
arroxeando meus olhos e cobrindo-me a visão
da tua breve passagem.
E meu corpo palpitará
como se lhe houvesse tocado.
VEM!
Toca minha alma com os teus lábios ...
e com os dedos perfura-me a epiderme,
e ultrapassa, fantasmagoricamente, a derme!
Se não podes tocá-la nem com os olhos...
Posso sentir os espinheiros, esses abrolhos.
Sou a felina dos outeiros, que dança na selva
e nos picadeiros, onde tudo se faz verdade.
Até a ilusão da eterna felicidade.
Vem! Toma meu corpo junto ao seu...
Olha na janela já se faz breu!
Por entre os montes os pingos regam
a relva que nosso corpo um dia acolheu.
Vem! Que o tempo passa... E se passa,
não há como esticar o braço para, com sofreguidão,
segurar, em desespero, o meu abraço.
Vem alma minha, pois minha alma perde-se a calma,
enquanto aninha-se em outros ninhos...
Lembro-me o doce perfume, em agonia
das longas noites sem seus carinhos.
-Vem, toma meu corpo junto ao seu!
A dor da alma, quem não tem? No espirito faz chorar. E em prantos que por vezes transbordam e inunda o olhar.
cuidado;
não está no país das maravilhas.
ouvi a loucura estranha crescendo à tempos em sua alma.
mas você está feliz em sua ignorância.
em seu isolamento;
quem sofreu,
descobre onde o amor se esconde.
então de;
compartilhe;
perca;
se não,
morreremos sem desabrocharmos.
-versos de um crime.
O medo mata impiedosamente. Mata a alma e aniquila a saúde da gente.
O medo abala toda a estrutura emocional do ser, rouba a paz e a alegria de viver.
E existem duas alternativas se do medo vierem a padecer. Enfrentá-lo ou se esconder. E nenhuma das duas lhe darão certeza, do medo sempre vai expreitar o ser.
Acreditar que a vida continua é um combustível.
Desfilhar do que ruim, faz bem para a alma.
Acreditar no amanhã é o que nos faz forte!
As vezes não sei, quem eu sou!
Duvido até da minha própria alma.
Não sei se sou dura como uma pedra ?
Ou mole como uma geleia ?
Talvez transparente como a água, ou leve como o vento.
Posso ser até o próprio vento.
São muitas duvidas. Pra pouca afirmação,
Mas sou jovem, teimosa, insana, bruta, arrogante. Porém sou o futuro, sou a resposta, o descobrimento de algo, a vivencia da novidade, do buscar do saber.
Somos jovens merecemos conhecer o nosso modo de viver.
