Fala
Me perdoem aqueles que pararam no tempo, mas, eu não cheguei até aqui aceitando modelos linguisticamente limitadores.
Foi justamente por questionar a ineficiência deles que me propus a ir em outra direção.
E essa direção é aquela que liberta e transforma através de uma linguística que cumpre o seu papel de abrir caminhos para a fala acontecer.
A minha metodologia é a única que ao contrário das outras, busca facilitar o seu caminho até a socialização evidenciando as suas potencialidades de falante nativo de língua portuguesa e usando recursos comuns a sua realidade.
Podemos dar voltas ao mundo, mas é nosso idioma materno que nos conecta com nós mesmos e constroi pontes que facilitam nossa chegada em qualquer lugar.
Deus nos fala todos os dias !!
Todos os instrumentos nos são dados para a nossa evolução , para o nosso crescimento diariamente.
Deus nos mostra de diferentes jeitos e formas o seu amor e cuidado. Mais a nossa pequenez , muitas vezes não nos deixa observar e aprender.
Achamos que sabemos demais , e que estamos evoluidos .
Não estamos !! Felizes os que compreendem isso.
Temos muito a aprender e percorrer neste vasto universo de aprendizagem.
Somente vamos aprender no dia que nos tornarmos humildes, consciliadores e praticantes do evangelho na essência.
No dia que respeitarmos uns aos outros, as leis, ai sim estaremos aptos a entender o que Jesus nos deixou.
O amor na essência, o bem !!
Simone Vercosa .
Foste
De mim, se apartou.
Levou o sorriso e a graça,
outro rumo tomou.
Quiz ser livre, e voou.
Quem sabe outro amor?
É da vida amar, esquecer
também da vida é.
Mas tudo ao coração traz
dor.
A saudade perto se aninha ao
lado de quem fica.
A solidão, que perto espreita
logo será vizinha.
Saudades, solidão e dor,
parceiras inseparáveis do amor.
Assim a vida nos fala.
Quando do amor, nada fica
os olhos cegam, a boca cala.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Na dor, a leveza voa
Verborragia que sustenta o vazio
Política do Cancelamento: Cultura, documento
O “não importar-se”, já se importando, o representante
A voz, a cor, a raça, a cega religião, o sexo, a carne
É corpo em movimento, alma em aflição, morte em silêncio.
O batom vermelho, magra, alta, loira, olhos em chamas
O perceber do cantar dos pássaros nem é mais música
Morte em vida, um ser finito, o amor em falência
Ufa! Uma janela, mas o vizinho não é social, ele é chefe
Uma porta, a música, a dor, a dança, tudo cansa.
O outro que completa, o inimigo sempre à espera
O silêncio que faz gemer, o doloroso ser sem ter
Gritar, correr, seguir... Ao passo que sou mulher
Existe vida, em demasia, no excesso do calar
O tu, nós, vós, a força de um todo em ação.
Informação em formação
.
Mais difícil perguntar
do que a resposta encontrar
Muita coisa o tempo trás,
mas é bem melhor correr atrás
Até ficar a frente
e ajudar muita gente
Gente que está passando mal
e poderia estar passando bem
Gente que olha o lado mau
e poderia olhar o lado bom
Gente que acha tudo normal
e poderia indagar: “Pra quem?!”
Gente que faz barulho sismal
e poderia fazer um som
.
Mais difícil perguntar
do que a resposta encontrar
.
Hoje fui na sacada
e vi muita planta germinada
Dei mais uma sacada
e vi que se levanta uma folha geminada
Olha só preste atenção:
Dali da germinação surgiu uma duplicação
Imagine se caso uma folha a planta perca,
será que é descaso sobreviver a essa perda?!
Talvez em outro momento
isso passasse despercebido
Mas talvez devido o tempo
perda essa não é algo desapercebido
Olha só preste atenção:
Com boa intenção pra quase tudo tem prevenção
.
Mais difícil perguntar
do que a resposta encontrar
.
É meio-dia e tenho meio queijo no pão
chega meio-dia e meia e não passou nenhum busão
Se eu tivesse sem fome
ia ao encontro da próxima estação
Mas como já tava esquecendo meu nome,
fui de encontro a minha exposição
Olha só preste atenção:
Dali da alimentação surgiu uma autopreservação
Imagine se caso passasse um vendedor de cocada
e quando eu comprasse
aquela bem confeitada
meu tão esperado ônibus passasse
Talvez tivesse que escolher
entre um ou outro
Mas talvez tivesse que descer
um passageiro ou outro
Olha só preste atenção:
Com boa intenção quase tudo tem promoção
.
Mais difícil perguntar
do que a resposta encontrar
Toda informação segue em formação
E seguindo sua missão o relógio toca de montão
Bateu meia-noite e o sono?! Chegou não!
Meia-noite e meia e os gatos fazendo reunião
.
.
Fala de mim pode até ser fácil, quero só ver vc
enfrentar e viver o que eu já vivi e ainda estou de pé,
pois meu Deus esta sempre ao meu lado.
“Só há sintonia entre quem fala e quem ouve, quando quem diz da altura do seu conhecimento, abaixe-se, e seu ouvinte, reconhecendo sua posição inferior, levante-se.”
Por quê deixo de falar o que sinto?
Talvez seja por medo, medo das consequências, das respostas, medo do que essa fala pode acarretar na minha vida. Eu queria não ter esses "impasses" isso me prejudica de um jeito que não sei nem explicar, tanto nas coisas simples como nas coisas complicadas.
Tento buscar um sentido nisso tudo, por quê esse medo existe ? Eu não tenho essa resposta, apenas sinto, eu queria demonstrar mais, pra assim, as pessoas me verem de outra forma. Não busco um reconhecimento, nem quero fazer isso pra agradar ninguém, eu só quero melhorar as coisas em minha vida, eu só quero conseguir FALAR.
Eu quero ter essa atitude, quero chegar no final do dia bem, sabendo que falei tudo o que queria.
Definitivamente, não estou no lugar de fala.
Mas dói na minha alma, o sofrimento das pessoas pretas, é asqueroso, vergonhoso e desumano. Vivemos em um país que provavelmente é o mais miscigenado do planeta e mesmo assim o racismo e o preconceito em geral é presente no dia a dia e em absolutamente tudo.
Apesar de ser parda, descendente de africano, índio, caboclo, para a sociedade tenho o privilégio branco e a partir desse lugar, do qual antes eu não entendia muito bem, venho aprendendo bastante e comecei a enxergar as coisas de uma outra ótica. É triste porque a realidade é, que todos somos racistas (mesmo que inconscientemente), está impregnado na nossa cultura, na língua portuguesa, na sociedade em geral. Expressões que são usadas no dia a dia como "A coisa tá preta", "mercado negro", "denegrir", "morena, mulata" e muitas outras, são racistas! Quando nos silenciamos diante de uma situação real de racismo, estamos sendo racistas! Quando nossos colegas de trabalho, amigos, familiares fazem um comentário maldoso e não nos posicionamos estamos sendo racistas. Por fim, a primeira coisa que devemos fazer é nos conscientizar sobre o racismo estrutural do nosso país, é um aprendizado diário em seguida, mudanças de atitudes!! P.S.:Tenho muito orgulho da minha ancestralidade!
