Existencialismo
O caminho para a realização da alma passa pelo desprendimento da mente e a expansão da consciência.
Sim, somos estranhos,
Porém,
São apenas diferenças,
Somos únicos,
Ambíguos,
Isso me desperta amor,
Inspira,
Faz-me transbordar,
Tudo que não conhecemos à fundo,
Estranheza nos gera,
E,
Pensando bem,
Questionável é,
Até mesmo o autoconhecimento,
Somos mutáveis,
Uma construção,
Onde os tijolos,
São nossas escolhas.
Eu, contraditório?
Almejo casa,
Sonho conhecer o mundo,
Desejo paz,
Com minhas próprias escolhas, faço guerras homéricas dentro de mim,
Por hora,
Sou minha melhor amiga,
Por outras,
Arque-inimiga,
Noites inteiras acordadas,
Cerveja, cigarro,
Mas, espera aí...
Nem gosto disso,
Nasci pro dia,
Pra poesia,
Reflexão...
Nasci para o bem,
Sou feita Amor,
Imagem semelhança de Quem me criou,
Mas, por escolha,
Vezes,
Faço-me Caos,
Balbúrdia,
Incômodo infindável,
Soluço,
Choro,
Engasgo,
Procurando equilíbrio,
Fazendo-me embriaguez,
Mesmo em sanidade...
Sou um eterno desencontro de mim,
E assim me encontro,
Certeira,
De raros acertos,
Solúvel,
Versátil,
E com apetite voraz da verdade,
Por muitas vezes encontrada,
Hoje perdida,
Tudo isso, dentro de um Universo,
Chamado eu.
Olhe para o céu e conclua que as estrelas ainda diluem a vã existência do seu ser ao inimaginável universo.
Na jornada da vida, muitos só se aproximam quando precisam, mas a verdadeira essência das relações reside naqueles que permanecem, não apenas nos momentos de necessidade, mas em cada instante de existência.
O vulgo, invariavelmente, perpetua a sua inclinação em alardear a "morte" simbólica de heróis, buscando, equivocadamente, evitar a contemplação de sua própria mediocridade. Os apedeutas, mergulhados na carência espiritual, lançam-se mais uma vez em uma busca por um bode expiatório ou alguém que os eleve, ainda que ilusoriamente, à medida que elegem frequentemente figuras de maior estatura para este propósito.
Eu não tenho sonhos e talvez nunca os tenha. Nem aspirações nobres e lúcidas, que com certeza não veriam em vida a luz do sol e nem encontrariam ouvido de gente, pois aspira o ser vivente e quem vive é a carne; tudo além e a mais é. Apenas a isto olhei, observei obstinadamente e encontrei. Eureka! [...] No sentido último e preciosista do termo, opto por utilizar o vocábulo sobreviver, em um sentido que já se faz "também" (talvez, a depender da definição de biologia, e assim por diante) filosófico, e não meramente biológico. O que, em suma, digo é que não vivo, sobrevivo e também por isso não sonho; encontrei e sou.
ASSIM FALOU UM BÊBADO NIILISTA
Um cigarro, um violão
Uma caninha sempre à mão
Contemplando o belo mar
Viajando ao luar
Eu tenho medo da morte
Eu tenho medo da vida
Eu tenho medo de tudo
Não acredito na sorte
Mas sinto que sou sortudo
A vida é bela, eu sei
Mas também é muito dura
Se fácil fosse não teria
Paixão, graça e ternura
Eu sei como Ele nasceu
Criei-o à minha imagem e semelhança
Preciso Dele pra ter fé
Sou frágil como criança
Viajo no mesmo ponto
Sobrevôo cidades e montes
Converso com Zaratustra
Vou muito além do horizonte
Ó grandioso universo
Que me torna insignificante
Humildemente lhe confesso
Me sinto como um gigante
Sou agora o super homem
Com um martelo na mão
Destruindo as fraquezas
Forjadas na ilusão
Não tenho mais medo da vida
Não tenho mais medo da morte
Não tenho mais medo de nada
Me sinto são, salvo e forte
Enfrento qualquer parada
Vivendo só por viver
Olhando para o abismo
Eu sei que quero saber
Muito mais do que preciso
Eu danço, canto e espanto
O que há de espantar
Espanto todos os santos
Pois santos sei que não há
Perdoem meus erros vãos
Vão ser por muitos condenados
Condenados também serão
Serão também perdoados
Só dEUs sabe quem eu sou
Eu sei tudo sobre dEUs
Sem o fim e o começo
O que resta Dele sou EU
Como Sísifo fui condenado
A uma vida absurda
Meu destino está traçado
Muda tudo e nada muda
A vida, o universo e tudo mais
Tudo mais maravilhoso
Maravilhoso como o nada
Nada é tudo de novo
É um eterno retorno?
Nella città VI - Self fragmentado
E, quando o de dentro se partiu, espelhou-se na cidade: fachadas, vitrines e poeira.
Tremem, trôpegos, nauseantes;
não sei se vivos ou passantes,
se carne ou bruma a desfilar...
certos rostos à deriva,
cada qual no não-lugar.
Não existimos como entidades fixas. Somos apenas arranjos temporários de partículas, unidos por interações fundamentais, emergindo por um instante no vazio quântico do universo.
Ao amanhecer o dia espero a noite ardente Que queima a alma
Na noite me torno luz estroboscópica
Me encontro em fogo que queima os ossos
À noite me viro, reviro, retorno.
Na noite vejo toda a verdade incandescida que no dia se oculta
Tudo fica no seu devido lugar
Olhares refutados, sorrisos amarelados, sonâmbulos falantes.
Somos apenas acidentes esperando acontecer
A noite cala, chora, lamuria! Dançando no ritmo dos inconsolados
Subsisto nas noites mais escuras
No dia sem luz espero a fragilidade das impossibilidades
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