Eu sou uma Mulher Super Perigosa
Não sou como papel que rasga
Nem como ferro que quebra
As vezes pareço um metal pesado
Uma matéria radiotativa
Contamino tudo em volta
Outrora sou como vento
Sempre deixo marca por onde passo
Solúvel e disperso
Um pouco concentrado por desliza
Mais escoo fácil
Sou vazamento fechado
Enxergo longe
Só pequenas coisas
As grandes me envolve sem que eu perceba
Difícil aceitar
mais sei que hoje posso não estar
Aqui dentro de mim
Tem outro ser
Vem pra mais perto
Mais cuidado
Pra não reconhecer
E viajar em meus pensamentos.
Sou como uma melodia que se espalha e ao olhar não se vê mais se sente, como uma brisa que cai sobre seu rosto.
Sou um simples instrumento que compõe a letra e a melodia de uma música e o som que se ouve não perturba mais sim acalma e alegra quem escuta.
sou uma maquina em meus sonhos,
o mundo não passa de informações,
a morte um presente para poucos,
seus beijos são mágicos,
para o céus abrem janelas,
aonde a morte ri de suas lagrimas...
o mundo ganha novas atualizações,
estamos perdidos pelo fruto da morte,
cores ganham seu dever,
com seu coração fechado,
lagrimas escorre de uma alma...
mais um sonho terminou sem sentido.
"Uma hora sou decidida, firme e forte. Sei onde estou, meu papel, meus eus. Outra hora sou papel picado solto no vento, sem saber para onde voar... dispersa, aleatória e vaga."
Sou escravo de uma ilusão de liberdade
Não sou,
nem nunca serei
escravo de ideologia
nem escravo do amor
nem da alegria...
Sou livre
assim penso e vivo
tenho um coração calmo,
ativo com muito defeito
um coração que ama
que ri, que chora e sangra.
Escravo do riso eu seria,
se não soubesse
como tolos são os que riem à toa
contudo, no meu universo
não há espaço para distração
de natureza humana.
Há contradição no meu discurso
e confusão no curso da minha epígrafe
enquanto escrevo e penso
outra ideia surge, no subterrâneo
onde o meu inconsciente
trava luta com minha lucidez
superficial.
Sou escravo de mim mesmo
dos meus servos-heterônimos
que conscientemente me guiam
quando eu divago sobre as suas teses
e admito que na obscuridade,
na verdade, são todas minhas.
Sem você...
Sou uma vida por ser vivida, uma estrada não percorrida
uma carta que não foi lida, uma data já esquecida.
Sou como um jardim sem flor, como um sol sem calor
como a tulipa sem o beija flor, como a escrita que se apagou.
Sem você...
Sou como uma noite sem luar, como um peixe fora do mar
como um sono sem sonhar, como um beijo sem abraçar.
Sou como um pouso sem chão, Como um acorde sem violão
como a caatinga sem o sertão, como uma família sem pais nem irmãos.
Mas com você...
Sou como as estrelas e o céu, como a abelha e o mel
como a noiva e o véu, como a cabeça e o chapéu.
Sou como o rio e o boto, como o brinquedo e o garoto
como a folha e o gafanhoto, como um ser e o outro.
Com você...
Sou como o quadro e o pintor, como o livro e o escritor
como a canção e o cantor, como o netinho e o vovô.
sou como um amigo e o seu, como Julieta e Romeu
E como um dia o poeta escreveu...
Só com você eu posso ser eu.
Não sou uma caçadora de tempo, de espaço e de modo, mas consigo sentir nos meus sentidos as forças maiores do que eu.
Hoje sou uma sombra que paira pelo relento das noites escuras é que sente uma angústia indescritível.
As vezes me pego procurando uma maneira de te enxergar melhor. Que tola que sou. Está presente em tudo a minha volta. Eu sinto o cheirinho do Seu perfume de amor. A suavidade do Seu toque a me acalmar. Seus braços a me envolver quando me sinto perdida. A Sua voz que fala comigo: "Filha, estou aqui ao seu lado. Fica tranquila. Nenhum mal te atingirá. Confia!" É tão simples! Pra que complicar o que claramente está a nossa volta? O amor infinito do Pai por nós!
Sou tão pequenininha... Uma formiga se torna gigante diante de mim... É na minha pequenez que Deus me vê com Eterno Amor... Me acolhe, abraça e ajuda a caminhar!
Como me sinto? Como se colocassem dois olhos sobre uma mesa e que me digam a mim, que sou cego em certos criterios relacionado a você, em que aquilo que vê, essa é a matéria que vê. Toco os dois olhos sobre a mesa, lisos, tépidos ainda, arrancaram há pouco, gelatinosos, mas não vejo o ver. É assim o que sinto tentando materializar na narrativa a convulsão do meu espírito, e desbocado e cruel, manchado de tintas, essas pardas escuras do não saber dizer, tento amputado conhecer o passo, cego conhecer a luz, ausente de braços tento abraçar esse mesmo criterio. A sim me venha a confirmar que, dos maiores problemas que poderia encontrar, é a impossibilidade de qualquer pessoa procurar a verdade sobre qualquer assunto quando ela acredita que já a possui.
Esquizofrênico assumido
Não sou maluco.
As pessoas que vejo e converso?
São todos uma parte de mim.
O que são essas vozes em minha mente?
São minhas criações e meus algozes.
Tenho consciência. Confundo-me apenas quando tenho certezas.
Na verdade sou tão grande que não caibo num corpo só.
