Eu sou uma Menina Levada mas Quietinha
Prefiro ser admirado pelo que escrevo do que pelo que sou, pois nem tudo o que escrevo é o que sou, mas, tudo o que sou, é o que escrevo.
O dia em que as palavras se calaram
Hoje sou terra sem chuva, sem brisa,
um campo onde a semente se perde.
O verbo me olha de longe, indeciso,
e o silêncio, de súbito, me fere.
A máquina observa, ávida e fria,
cataloga, prevê, analisa.
Mas não há código que resgate o dia
em que a alma recusa a brisa.
Nenhum cálculo encontra o caminho
por onde o mistério da criação se lança.
Não há padrão que ensine o destino
do verso que nasce só na bonança.
Sem inspiração, sou sombra dispersa,
um eco no vácuo do próprio existir.
A IA me observa, mas segue imersa
num mar de dados sem me atingir.
Que descanse a pena, que cesse o intento,
não há atalhos para o renascer.
Pois só no abismo do desalento
é que a poesia volta a viver.
Sou um anticomunista. Anticomunismo não é bandeira política. Anticomunismo tal qual antinazismo e antifascismo é bandeira humanista.
" LUZ "
Sou velho! Não me dão mais atenção.
Sou tido por artigo ultrapassado
sem credibilidade, descartado
por não ter serventia ao uso, então!
Ficou tudo perdido no passado
aos olhos desta nova geração
que, do que recebeu, não faz questão
nem sabe sobre o chão que eu fiz pisado.
A luz do meu viver não lhes ajuda,
não traz saber, não cria e nem desnuda
a essência do saber que crêem morta…
Não tenho da atenção. Sou velho, agora!
A luz que trago, querem que vá embora
pra, enfim, poderem mais fechar-me a porta!
dizer que sou a saudade de um coração partido,
seria perder a razão da paixão contida na emoção
de dias de felicidade.
Raízes
Sou feito de vento e chão,
de passos que erram, mas seguem.
Trago na pele os sonhos não ditos
e no peito as memórias que florescem.
Chove dentro e fora de mim,
e ainda assim, eu cresço.
Essência
Não sou o que dizem, sou o que sinto,
sou chama acesa no peito faminto.
Sou brisa leve ou vendaval,
sou calmaria e temporal.
Não me prenda, não me explique,
sou um verso que não se repete.
Um instante, um infinito,
um mistério que ninguém compete.
Princesa.
Sabe, às vezes
me pego pensando
em como era, em como sou.
Me lembro de ti, princesa,
rica de alegria e esplendor
sorriso lindo, cabelos cor de ouro,
vivia como se a vida fosse o maior tesouro.
Linda em todos os aspectos,
pura até onde sabia,
me apaixonava a cada vez que te via.
E quando falávamos... ah, que alegria!
Hoje és mulher
traços sensuais eu vejo,
cintura que faz minhas falas
soarem como exagero.
Pedi a Deus, tantas vezes,
que me levasse ao tempo
onde eras só um sonho meu.
Infelizmente, não aconteceu
A vida segue. Nunca volta.
Já rastejei por lamúrias,
lutei, iludi,
feito sedutor de palavras enxutas.
Tentei ser galante, charmoso, elegante
mas eram mentiras astutas.
Sou e fui um poeta errante,
um louco sem remédios,
um apaixonado sem amor,
sem chama, sem teto.
Não culpo ninguém.
Fui eu que deixei a vida chegar a esse ponto.
Sou o maior culpado pelos meus desencontros,
um afastador nato!
Dos que na minha vida se apontam.
Por ignorância, relutância ou medo,
blindo meu peito para novos peitos.
Que homem mais triste:
desistiu da vida antes de vivê-la,
agora só vive na escrita,
feito sombra esquecida,
perdido no tempo,
perdido na vida.
"Reconheço e sou grato por toda ajuda que recebi, e sempre retribuí da melhor forma possível. Gratidão não significa dependência eterna, e seguir meu caminho não apaga tudo o que foi construído. Meu respeito continua o mesmo."
Não sou contra a festa, sou a favor da construção. Não sou contra a diversão, sou a favor da visão. Não sou contra o dinheiro, sou a favor do propósito.
Fúria
Hoje sou vento de tempestade,
um grito sufocado na escuridão.
O sangue ferve em minha carne,
feito lava queimada no chão.
Trago no peito um nó impossível,
um peso que o tempo não leva.
Mágoa afunda como âncora fria,
e a raiva, feroz, me envenena.
Queria rasgar o silêncio com fogo,
destruir as mentiras e a dor,
mas só me resta o gosto amargo
do que se quebrou sem remorso, sem cor.
O passado grita em ecos distantes,
um nome que já não posso tocar.
A saudade me afoga sem trégua,
me mata sem me deixar sangrar.
E no fim, sou só cinzas e vento,
um vulto perdido na escuridão.
Com ódio, com raiva, com tudo,
mas sem ter de volta meu coração.
Dizem que somos frutos da paixão de duas pessoas.
Mas o meu caso é diferente:
sou fruto de duas pessoas
que nem sequer sabiam o significado de tal palavra.
Cresci sem o privilégio do silêncio;
dormia ao som de gritos
e acordava ao som de prantos.
A frase “eu te amo” era dita com sarcasmo,
e os beijos eram apenas forçados.
Meu nome é Isaque Henrique Jordão, sou trompetista, torço para o Corinthians,faço aula de teclado. Que Deus abençoe, boa noite.
25 de março de 1982 a 25 de março de 2025: 43 anos de casado e ainda me dizem que não sou tolerante...Ah ah ah!
Benê
(...) sinto de vez em quando que sou o personagem de alguém.
silencio me diz tanto,
me abafa e me faz sentir
penso
logo respiro
tens medo de mim pois sou diferente
tens medo pois nunca serei igual
se vai seu apego
pois sabe que acho que nada é pra sempre
a nao ser que seja.
Tens medo de se apegar,
logo eu que me jogo de corpo e alma
tens medo de me fazer casa,
logo eu que ja em ti habito,
entendo como são as coisas,
entenderei mais quando finalmente colocar a cara pro ar
me vejo freneticamente em frente ao espelho
gritando para que eu mesma fique
que eu nao va embora de mim
como ja fiz tantas outras vezes,
algumas pessoas me dizem que tenho que para de fumar
nao entendo esse gosto tao fervente de tirar das pessoas aquilo que acham que estejam certos
por mais que nao estejam
vou morar onde for pra morar,
sem preocupação e nem lugar
sem apegos demais
nao nego carinho,
me faça
que te faço o melhor que imaginas
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Hoje dúvidas não tenho mais do que sou e do que não sou; sou alguém que se entrega de alma e coração ao mundo mesmo sabendo que dele apenas lambadas irá levar.
Não é ser ignorante e sim amar quem se é sem importar com o que outros possam pensar!
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Tc.08042024/56
