Eu Queria Saber Coisas que Rima com Lais
►Irmandade Sem Cores
Essa rima é para você
Paciência para lê-la, deves ter
Corajoso para prosseguir, deves ser
Esteve presente em meu passado
Talvez eu tenha, contigo, fracassado
Certas memórias aqui passo
Porem, já digo, não é por acaso
Estou solitário, e agora, preocupado
Dessa nossa amizade, não me desfaço
Será que terei um futuro?
Mesmo assim, agradeço por tudo
Essa é para você, meu amigo Bruno.
Completará oito anos essa amizade
Pode, para mim, ser a única, mas é de verdade
Atropelamos o racismo, portamos a igualdade
Hoje já não é mais aquela normalidade
Agimos, entre nós, com humildade
Não duvidamos de nossa capacidade
Essa nossa amizade, irmandade
Nem mesmo pelo peso da sociedade
Prometa-me, não perderas sua humanidade
Nem mesmo sua sanidade
Siga, fracasse, vença, na vontade
O mundo não o odeia, acredite em mim
Escrevo essa rima, pois não sei quando será o meu fim
"Que texto meloso", é sim
Já deveria tê-lo feito antes, eu sei
"Linha do Meu Tempo", te citei
Mas dessa vez, uma rima a ti farei.
Tu era menor quando te conheci
Hoje parece que diminui
No mesmo tamanho a ti me vi
Então quer dizer que não cresci?
Tudo bem, vamos continuar
Eu simplesmente me senti na vontade de relatar
Fatos, histórias, contos, repassar
Boas lembranças, devo confessar
Sei que não sou bom em rimar
Mas tentarei explicar
Tempos que me ajudou
Tempos que me aguentou
"Vamos sair", você falou
Tempos que me deu apoio
Naqueles tempos, sentia-me como um comboio
Mesmo desanimado, estava aqui
E eu, para você, estava bem ali.
Faz um tempo que não te vejo
Ocupado pelas responsabilidades, eu creio
Para te agradecer, encontrei esse meio
Não sei como será à seguir
Sei que irás conseguir
Inteligente, maduro e astuto
Afinal, já és um adulto
Poderás parecer um insulto
Mas, "Valeu nego", por tudo
Quem sabe, sinto muito
Seremos Chris & Greg do nosso mundo
Agradeço, Bruno, irmão
Agradeço de coração
Perdoe esse "vacilão"
Por qualquer decepção
Aceite esses versos, como uma dedicatória
Afinal, escrevi aqui a nossa história.
Tento escrever e só tem rima inocente
num papalvo poetar, sem a tal magia
e no complexo o inopinado ausente
Vendo que da mesmice ele não sairia
fico no comum e do belo pendente
e assim me conformo com sua amorfia
►O Começo da Rima
Começamos com versos simples então
Escrevendo a caneta na mão
Procurando uma razão para eles
Tentando demonstrar interesses neles
Usando versos para contar
Usando versos para falar
Talvez uma historia recitar
Ou quem sabe o passado relembrar
Não é necessário contar tudo
Mas tentar expressar algo para todo mundo
Mas não transformar o papel em um discurso.
Procurando uma palavra para rimar
Na mente muitas iram se ausentar
Tudo bem, deves acostumar
A dificuldade é saber como começar
E qual verso a rima irá terminar
Analisar, está tudo que queira mostrar?
Se não, recomece do zero
"Não, farei novamente, afinal não é isso que quero"
Mas não se faça de esperto
Não pegue qualquer palavra que não fará sentido
Aja por puro instinto
"Vou escrever o que sinto"
Este já é um bom começo
"Melhor que já escrevo"
Podemos agora dar início
E cair neste vício.
Rimar é algo um pouco complicado
Mas tudo fica mais fácil depois do objetivo instalado
Difícil é rimar palavras menores
Também de cores, então decore
Logo, logo, os versos iram se envolver
Fará sentido ao ler
Continue contando acontecimentos
Continue mostrando pensamentos
Seguindo aquele movimento
Versos surgindo a todo momento
Tendo a certeza de ter mostrado o que queria
Pois é assim que eu faria
Contando uma história, fato, eu iria
Sobre tudo isso eu escreveria.
Agora se encontrar um assunto interessante
Talvez ao ler, outras pessoas ache-o fascinante
Escreva o que julgas importante
Não encontra palavras? Busque livros na estante
Começará a ter ideias em instantes
Dos papeis aos teus pensamentos, construa pontes
É assim que faço
Das rimas possuo um certo "laço"
E mais uma aqui, passo
Espero que seja boa como escrevi
Se estará da maneira que gostaria, então li
Em alguns versos, erros eu vi
Outros porém, não percebi
Mas sempre é assim
Fim.
A arte da rima, ao contrário do que muitos pensam, é um dos maiores exercícios linguísticos que existe: exige de ti, dentro de uma melodia, não apenas a rima em si; mas também versos que possuam coerência entre si; além das demais regras gramaticais... Já aprendeu a utilizar todas as regras da língua portuguesa? Agora, o próximo nível é fazer rimas com tudo o que você aprendeu...
Vou começar a improvisar,
minha rima é potente
tu não vais agüentar.
Fico parvo quando começas a falar
não etendo qual é a tua,
quem és tu para julgar
se ainda vives no mundo da lua.
Finjo que acredito para evitar de me enervar,
deixa de ser mentiroso e para de te gavar.
Quem és tu moço para criticar,
por isso levanta-te cedo
e vai mas é trabalhar.
Para mim, brincar com rimas,fazer rima em cada verso é uma brincadeira interessante e admirável.Não tenho talento para isso mas para mim escrever versos sem rima não é uma questão de falta de talento.É uma questão séria e do fundo da alma.Não me limito a rima.Me limito até onde for as forças da minha inspiração.Gosto de sentir o fluxo natural de um pensamento e ver até onde vai.Assim como a correnteza de uma cachoeira.
A TRISTEZA ROUBOU MINHA RIMA
Ao chegar em casa
E ir para o banho
Olhei para o espelho
Com muita decepção.
Lancei um olhar de condenação
Para a pessoa que ali estava.
Frustração, arrependimento,
Com um profundo desgosto.
Ao entrar debaixo do chuveiro
Deixei a água cair em meu corpo
Para que talvez lavasse
Toda a tristeza, toda decepção.
Mas a água gostosa e fria
De um fim de tarde quente,
Mesmo que refrescante,
Não lava por dentro.
Mas essa mesma água,
Que não lava por dentro,
Começou a se misturar
Com as lágrimas.
Por algum tempo o pranto
Me dominou, lavou a alma,
Saiu em forma de lágrimas
Mais um pouco da dor.
E que dor! A dor da alma
Não pela ofensa de outro
Mas pela que eu causei
A tantas pessoas amadas.
Me senti um lixo, fraco
Impotente, me faltam
Palavras para dizer
O que pensei de mim.
O vazio me dominou
De tal forma, intensa,
Que as lágrimas foram
Apenas detalhes do pranto.
Detalhes imperceptíveis
Ao se misturarem com
A água do chuveiro
A molhar meu corpo fraco.
Detalhes pequenos diante
Do soluço e pranto incontrolável
Inconsolável, solitário, doloroso.
De uma alma incapaz de amar.
E enquanto escrevo
As lágrimas insistem
Em querer sair,
Mais contidas.
Mas não menos tristes
Pela impotência de um
Ser que quer ser melhor
Não pra si, mas pro outro.
12/01/2015 (18h36)
Se Schopenhauer pudesse falar
Sobre poesia, ritmo e rima
Não haveria grandeza escalar
Que definisse a poesia mínima
Os mais altos graus de vontade
Pela poesia são alcançados
E não a simplicidade
Onde muitos são controlados
Pela rima, pelo ritmo
A história e a experiência
Estão para a poesia
Tal que nos dão consciência
Da essência do dia-a-dia
Não há natureza humana
Que pela história seja representada
Onde a essência emana
Como na biografia tão bem explicada
Se houvesse a ideia e dela a poesia
Eu, até a esmo
Nada mais mostraria
Que a essência do si-mesmo.
Ah, minha poetisa
Tua palavra me paralisa
Tua rima profetisa
uma pa de coisa
Decisa ou indecisa
Canonisa minhalma
Feito eucaristia
entrego te corpo e palma
Hostia que vivia
No coração dos puros
doidos em apuros
seguros e obscuros
sem no entanto notar
Que tua palavra
Profetisa
coisa
indecisa
de minhalma
sem no entanto
deixar de notar
tua palavra
minha poetisa
Se liga na rima, siga o clima, o passado não muda, o futuro é incerto, você é um cego rumo ao deserto.
Por mais que você diga não, irei criar rima pra tu menina, se ela te fazer sorrir ainda posso sentir que serei seu e tu só minha, além de amor, poesia é a unica coisa que eu posso te dar.
►Correria Dela
Hoje venho com mais uma rima
Para falar algo a mais sobre aquela menina
Na minha vida ela ficou tão envolvida
Ela é onde minha paixão é aquecida
Ela é onde minha atenção é focalizada
Contigo sinto aquele tal aconchego
Quero sentir o seu beijo
Sempre que fecho meus olhos eu te vejo
Ainda não entendo como me deixou desse jeito
Devo assumir que me sinto um tanto quanto indefeso
Me dê aquele seu abraço, pois não sei o que faço
Gostaria de tê-la em meus braços
E dizer que te amo, garota dos cabelos cacheados.
Penso agora pelo que já passamos
Tudo que já suportamos
E ainda assim, continuamos
E ainda assim, nos amamos
E nem que seja por poucos minutos
Nem que seja segundos, nos dedicamos
Logo, logo fará um ano
Meu sentimento não mudou, eu te amo
Logo, logo será uma mulher
Eu ficarei contigo para o que vier
Mas está comigo?
De sua resposta eu preciso
Pois se não, será um desperdiço
Meu amor não merece isso
Mas esse medo é um dos ossos do ofício
Por que amar pode ser difícil
Por que amar pode ser um perigo
Mas vou arriscar, para um futuro com você criar.
Hoje me disse que a semana não estava fácil
E que conversar comigo era agradável
Mas disse para mim que estava entristecida
Por causa da correria do dia-a-dia de sua vida
Porém nem tudo está perdido
Talvez amanhã estaremos juntos, vendo algum filme
Tentarei recompensar o tempo que ela perdeu
Dar para ela carinho, para aliviar a semana que ela viveu
Dizer tudo o que ela possa querer escutar
Tudo que ela possa precisar falar, ao lado dela vou estar
Eu já presenciei duas vezes ela chorar
Por minha causa, devo confessar já
Disse para ela que não vou abandoná-la
Quero estar sempre presente para ajudá-la
Vou aquecê-la se for necessário
Mesmo eu sendo solitário
Não a deixo de lado, que estou deveras apaixonado.
Talvez complete três semanas sem poder vê-la
Mas nem por isso vou esquecê-la, e outra garotar conhecer
Pois é ela que desejo ver
Ela sabe bem o que fiz pensando nela
Hoje mesmo escrevi a rima "Para ela"
Quando formei os versos, meu pensamento era sua moradia
Me sinto uma vela, que se derrete com o calor dela
Perto dela meu coração descongela
Preenche aquela vazia parcela
E ao seu lado, minha felicidade modela
E mesmo que eu more na favela
Ela é minha pequena Cinderela.
SONETO NUM MANTRA
Vai, poema meu, declame emoção
diz a vida, que o bom é ter sinfonia
se a rima em prece ou em melodia
no sentimento amor, luz e canção
Se de saudade, pouca sê a nostalgia
se com tristeza, que venha agitação
se silêncio, que seja para inspiração
só não deixe a sorte sem ter alegria
Pois sem estas razões, é desilusão
e desiludido o meu verso morreria
e a minha alma perderia o coração
Então, em cada estrofe, ore fantasia
enchendo os versos com doce ilusão
assim, num mantra de paz e de poesia
Luciano Spagnol
Outubro de 2016
Cerrado goiano
►Exigência de Confiança
A rima hoje se entristece
Pelo acontecimento que ela não esquece
Lembro que já escrevi sobre a palavra confiar
Me lembro muito bem à quem estava a dedicar
Mas agora tentarei mudar, pois não posso continuar
O pedido que me fez, mas por quê?
Está muito chateada por eu não crer
Em tudo que possa escrever, vou duvidar
Mas não sou verdadeiramente culpado, deixe-me explicar
Meu passado desorganiza o futuro que eu havia imaginado
Mas veja, hoje me encontro apaixonado
Não, não fui um voluntário, mais fui aceitável
Não me considero um ser humano amável ou adorável
Talvez, só talvez, seja um alguém solitário
Onde do meu quarto me tornei o único presidiário
Me tornei um receptáculo da desconfiança
Há quem diga que ainda possuo esperança.
Mas não sou de total frieza
Tenho, como qualquer pessoa, a capacidade de enxergar beleza
Confesso que possuo uma certa dureza
Mas há sempre um ponto fraco na fortaleza
Acho lindo a delicadeza e pureza
Mas não destacarei minha fraqueza
Porém, estou criando algo como uma "superfortaleza"
Pois tenho a certeza que a atual será destruída
É algo inevitável, mas é até admirável
Ela resistiu muitos anos intacta
Mas infelizmente, ou felizmente, alguém descobriu sua falha
Mas não haveria quaisquer represália
Pois permiti que ela fosse atacada
Mas já está em construção uma mais fortificada.
Mesmo que tenha me magoado
E dos meus versos dar risadas, tenha me humilhado
E que virtualmente e pessoalmente ter me ignorado
Não há razão de decepção, pois sou mais um apaixonado
E, mesmo que eu seja solitário
Escrevo muito, por isso formei um simples diário
Que procuro sempre deixar ao meu lado
Mas no presente, o jeito é seguir em frente
Afinal o que sinto entre a gente não deve ser menosprezado
Ao contrário, deve ser muito bem tratado
E sei que meus defeitos podem ser concertados
E meus comportamentos podem ser readequados.
Mas não há como confiar, não agora
Ainda não chegou a hora
Talvez seja fase preparatória, talvez tenha uma melhora
Mas não considere isso como uma derrota
Seja um pouco, como se diz, "espirituosa"
Afinal, o caminho a seguir é extenso
Em cometer erros estamos propensos
Mas neste nosso contexto eu estou começando a pegar o jeito
A um momento para tudo, isso é o que escuto de todo mundo
E nem que seja rimas simples
Tentarei mostrar o que, dentro delas existe
Nem que tenha que persistir
Talvez você tente me impedir, tente me fazer desistir
Hoje eu escrevo para poder me divertir
E também, de alguma forma existir, me sentir
Eu tento me fazer feliz
Por esse motivo eu sempre escrevi
De tempos em tempos eu leio tudo que fiz
E, sinceramente, me alegra
Vejo agora que construi mais uma rima para ela.
Procurar a palavra
certa
pensamento após sentimento:
desvario.
Encontrar a rima
perfeita
em meio a tanta prosa :
encanto.
Perder a poesia
passageira
num tropeço de ternura:
nuvem .
Apenas ecos da poesia e
pingos de chuva
a tamborilar .
De que cor é a saudade?
ABSTRATO
Nosso amor
Tornou-se abstrato.
Maltrato a rima.
Parece difícil
Pior...
Até no seu pensamento
Torno-me abstrato
Me mato.
Já fui gato
Retrato
Imediato
A jato.
Hoje, abstrato
Fato
Ingrato
Rato.
Seu trato
Fez-me abstrato.
Eu não acompanhei
Os fatos
Por isso me mato.
Maltrato a rima.
Mas não me furto
A difícil tarefa
De lhe trazer à mente.
E dizer que meu amor
Abstrato
Vai além deste conceito.
E, a cada dia
Te quero mais.
