Eu Nao tenho Culpa de estar te Amando
Não tenho mais idadepara implorarporamizade. Agradeço aqueles que são, valorizo os que ficaram e desejo muitíssima sorte para todos aqueles que se foram.
Ciúmes, não tenho porque te amo, mas por ter medo de não poder te ter, ou por não me escolher. Quando você for minha, ele some... Eu prometo.
"Não tenho ódio nem amor, sou livre e não tenho medo de nada, porque sou boneca de pano com macela por dentro. Qualquer "desastre", a Tia Anastácia me faz outra".
MINHA DEMÊNCIA
Não é fácil definir minha personalidade. Não a tenho. Um dia sou uma coisa (coisa literalmente); no outro dia sou outra. Vivo em constante metamorfose reversível, não como o personagem kafkiano que foi se transformando de gente em barata e nunca mais voltou a ser gente. Meu caso é diferente. Um dia me sinto muito gente, grande até. No outro me percebo como uma bosta fedorenta e desprezível. Tudo depende de como consigo aceitar ou não a loucura de um mundo formado por hipócritas, cretinos, violentos e, o que é pior, imbecis, já que, isso tudo somado, dá no que deu essa humanidade que integro, mas que abomino, desde que raríssimos são os que conseguem enxergar o óbvio. Quase todos são como vacas: seguem uns atrás dos outros, sem o cuidado de verem se quem lidera o rebanho tem capacidade para tanto. Mas o pior de tudo é que o mundo se divide em muitas boiadas, quase sempre comandadas por “touros” que se fazem senhores de todos, havendo mesmo aqueles que interferem nos destinos de quase todos os outros rebanhos. E os idiotas que vão atrás, por safadeza (os touros menores); preguiça mental, ou idiotia progressiva (os touros sem berros), sabem que não está bom, mas não se unem para tomar o comando para formar um sistema social onde todos comandem e ninguém mande, ou seja, onde cada um seja dono de si, respeitadas as individualidades para o bem-estar próprio de cada um ou do coletivo.
Isto posto, e como muitos males já me vêm de longa data, desde quando eu mal sabia como escrever uma carta anônima, mas identificável, para a desejável mulher do vizinho, comecei agora, já não muito longe dos finalmente da meia-idade, a perceber que uma certa demência pode aniquilar-me, se eu continuar dando apalpadelas nas bundas flácidas, fedorentas e horríveis dos meios políticos e sociais do mundo e do meu próprio país.
Informar-me já não me atrai com nenhum prazer; me deplora, deprime, convulsiona. A mesmice é um óbice repelente às forças progressistas, e o conservadorismo travestido de liberalismo falseia desavergonhadamente as idéias de um futuro solidário, de uma justiça independente, nunca refém da libertinagem ideológica da ditadura capitalista, do elitismo oligárquico ou individualista que estraçalha os seres de menor força e destrói o planeta a uma velocidade vertiginosa.
Ler as desgraças do mundo é algo que vem de encontrar-me apático, abatido, sem mais vontade de lutar, desde que o mal do ter sempre venceu a dignidade do ser e, à medida que o homem evolui em ciências exatas, ou mais se enfronha nos terrenos das humanidades, mais carrasco ele se torna, porque, paradoxalmente, a sabedoria o torna mais senhor de si e de outrem, prevalecendo mais e mais a falta de escrúpulos, de sentimentos de justiça e de “vergonha na cara”.
Ver e ouvir um político de cargo de comando ou de Leis, ou qualquer outro cargo de alto, médio ou baixo escalão, ocupar postos ilegitimamente (pelo voto da ignorância, por enxertos de recursos corporativistas, pelo dom maldito da palavra, rica de retórica e paupérrima em sentimentos), tanto em meu país quanto em qualquer parte do mundo, chega a causar-me uma sensação de ódio mortal e a tirar-me muitos momentos de sono e de serenidade.
Passo horas a fio analisando injustiças, indiferenças com o terrível sofrimento de bilhões de pessoas subjugadas pelo neoliberalismo nefasto e dadivoso com a cruel macro-economia que destrói o bom senso, que afasta homens sem caráter e nenhum escrúpulo dos problemas que impingem dores inenarráveis aos pouco bafejados pela sorte, ou que não tiveram como alcançar o reino do roubo, da corrupção e da insensibilidade.
Passei muitos anos da minha vida sonhando que um dia eu não veria mais famintos, nem seres como eu vivendo pelas ruas, sem-educação, sem-teto, sem-terras, sem-respeito, sendo violentados em seus legítimos direitos, desde que nascidos seres vivos pensantes.
As classes mas abastadas dão as costas a esses humanos que povoam o mundo em condições piores do que vermes, pois vermes estão sempre em seus devidos lugares. Não lhes interessa, ou por imbecilidade ou por medo de que desiguais se tornem mais iguais, repartir conhecimentos, bens morais e materiais. Então se arvoram de donos do mundo e, embora vão servir de comida para os mesmos vermes que devorarão os miseráveis, ou virarem cinzas num forno crematório, sempre julgam que isso é algo que o dinheiro pode até minorar.
Tudo isto (poderia escrever mil páginas) embalado e, caprichosamente instalado em minha mente, me assusta e me dá sinais inequívocos de que não posso mais pensar. Minha impotência e minha insignificância ante os direitistas mal informados, sempre deu em nada, e agora, embora ainda precocemente, sinto que posso caminhar para uma demência incurável e ficar louco de vez.
Não posso mais tolerar o que vejo nem assimilar o que leio e ouço, sem que estremecimentos me abalem de maneira assustadora. Tenho medo de perder de vez a razão e sucumbir definitivamente.
Assim, é uma questão de lucidez para a sobrevivência o meu afastamento total e irrestrito dos problemas que minha incompetência não me permitem nem permitirão jamais resolver. As forças do mal já contaminaram, combaliram e aparvalharam os cérebros formados sob a égide da moderna barbárie do neoliberalismo.
Está aqui decretado o fim de um contestador, Nada impedindo que novos fatos positivos venham alterar esta minha decisão.
Sou um livro aberto, pode me ler à vontade, não tenho nada a esconder.
A tarefa difícil é me compreender nas entrelinhas, nas minhas subjetividades poéticas.
Sim, tenho vontade de me jogar pela janela, mas nunca foi possível abri-la. Não, não sei o que gostaria que você me dissesse. Dorme, quem sabe, ou está tudo bem, ou mesmo esquece, esquece.
Que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas outra metade é silêncio...
Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Ferreira Gullar. Trecho do poema "Metade".
...MaisFome
Moro na favela,
Cinco de julho,
Não tenho inveja de nada
E nem um pouco de orgulho.
Só quero uma vida digna,
Para ofertar a meus filhos,
Assim não vão para o mundo do crime
E sim caminhar nos bons trilhos.
Me corta o coração,
Quando minha filha estende a mão
Querendo algo pra comer,
E nem tenho um pedaço de pão.
Quando a fome se aproxima,
É então que fico calado,
Entro em desespero,
Mas não fico igual à um abobado.
Vejo meus vizinhos
Almoçando e se alimentando
E eu pobre inútil
Caido e quase parando.
Assim eu não aguento
Me ponho a chorar
Tristeza
Tristeza de não se acabar.
É, mas esta história
Não termina com o final feliz
Como os contos de fadas,
E sim termina com a sentença de um juiz.
Só fica o sonho
De tudo mudar
De ter um emprego
Pra me ajeitar.
E aqui eu continuo
Sem trabalhar
Com fome a passar
E ter que esperar um emprego chegar.
Tenho tentado me afastar de tudo que não me faz bem, de tudo o que não me faz feliz, mas não é nada fácil. Criamos vínculos desnecessários, com coisas e pessoas que não merecem. Com gente que não sabe o que é sentimento e que só pensa em si mesmo. Quero pessoas mais sinceras. Mais honestas. Menos mascaradas. Tô cansada de quem tenta agradar todo mundo. De quem fala uma coisa e faz outra. Cansa ver que, muita gente só está perto de você por conveniência. Cansa ver as pessoas fazendo mal umas ás outras, achando isso absolutamente normal. Cansa ver que tanta gente, não se precocupa se suas atitudes, afetam ou não, o outro. Cansa ver que as pessoas, estão perdendo sua sensibilidade. Quero pessoas mais humanas! É pedir muito?
Sabe o que eu acho? Que as pessoas precisam cuidar mais da vida delas e preocupar menos com a vida dos outros. Tem gente que só abre a boca pra falar da vida alheia. E sabe o que é pior? Tem gente que se diverte falando dos outros. Acha engraçado. Senta numa mesa de bar e fala da cidade toda e ainda se acha popular, pois sempre tem os "sem personalidade" pra ficar rindo e colocando lenha na fogueira. São um bando de gente hipócrita, medíocre. Gente vazia. Gente que fala mal dos outros pra se sentir melhor. Pra mim, essas pessoas são umas mal amadas. São pessoas que não sabem e nunca vão saber o que realmente é importante na vida.
Pronto, falei.
Não tenho medo de dizer te amo, não tenho medo de dizer que sim, nem medo de arriscar. Faço o que eu tenho vontade, sei arcar com as minhas consequências. Eu vivo o que a vida me oferece e tento aproveitar ao máximo cada oportunidade. Eu vivo o momento, posso até me preocupar com o futuro, mas não fico o tempo todo planejando. Prefiro usar meu tempo vivendo. Não tenho medo e por isso as coisas acontecem. Sou aberta para os novos sentimentos. Não tenho medo de me apaixonar, de ser feliz, de conhecer. O meu único medo é deixar de viver uma coisa que pode modificar toda a minha existência. Felicidade a gente encontra nas coisas simples. Alegria e carinho, vem ás vezes de onde a gente menos espera.
Concordo plenamente com o lema "Acordo arrependida, mas não durmo com vontade". Sentir vontade pra quê? Prefiro me arrepender do que eu fiz, do que me arrepender do que eu deixei de fazer. É torturante pensar em como deveria ter sido se eu tivesse feito tal coisa. Se eu me arrepender, não vai ser nem a primeira e nem a última vez. Arrependimento ensina, medo paralisa.
Perdoe-me, não fui boa o suficiente para você. A minha intenção nunca foi ser boa, não tenho vocação para santinha, comportadinha, bonitinha, queridinha, inha, inha, inha. Bato boca, reclamo, faço esparro, tenho ataques, sinto ciúmes, sou espalhafatosa, escandalosa, espetaculosa, ponto.
Quem sou?
Respiro, ando. Sou obrigada a existir...
Não tenho opção, e sim depressão...
Convicção tenho. Não pertenço a essa bola fosca e confusa chamada Terra.
Onde pertenço nesse universo?
Descobrir é preciso... caso não, pelo menos, justificar minha presença aqui.
Não preciso dizer que tenho hábitos incomuns, contudo todas essas pessoas comuns adoram pegar um martelo e estraçalhar sua comida em público. Pessoas normais são tão hostis...
Não sinto nenhuma amargura pelo que aconteceu. Pelo contrário. Tenho certeza absoluta de que o que nós tivemos foi real, e fico feliz por termos tido a chance de ficar juntos, mesmo que tenha sido por um breve período. E se, em algum lugar distante do futuro, voltarmos a nos encontrar na nossa nova vida, eu vou sorrir para você com alegria.
O BOM DE AMAR VOCÊ
O bom de amar você é que fico feliz o dia inteiro. Não tenho medo, não preciso ter medo, pois sei que o seu amor também é meu e que juntos nos faremos mutuamente felizes.
O bom de amar você é que tenho paz. Você me dá segurança, diz a mim o que sente, eu não preciso ficar insegura, eu não preciso de pistas para tentar adivinhar o que se passa na sua cabeça ou em seu coração, pois você é transparente para mim.
O bom de amar você é ser amada sinceramente e intensamente. É ser olhada com carinho, é ser respeitada, é ser admirada. É saber que você faz questão de estar comigo, que o seu olhar é meu, que a sua vida é minha, que o seu amor é todo para mim.
O bom de amar você é porque você é você e isso por si só já basta...
Não é que deixei de sonhar. Apenas percebi que tenho que fazer da minha vida a extensão do meu sonho, e não fazer da minha vida um sonho. Transportar meus sonhos para a realidade e os realizar. Me permitir ter mais e mais com o que tenho e fazer sempre o melhor, assim terei o suficiente.
