Eu Nao tenho Culpa de estar te Amando
Quando foi que eu deixei de ser criança
Lembro de quando pequena
Subia na árvore e os galhos eram como trapézio.
Não tinha medo, nem mesmo tontura
Só a diversão de estar ali pendurada.
Depois com o tempo
As árvores viraram meu refúgio
Lá eu ficava, ninguém me via
E assim acredito acabei crescendo
E com o tempo deixei de subir nelas
Hoje sinto falta delas. De sua altura
Mas com a idade é falta de jeito
Já não sei mais subir em uma árvore
O tempo passa , as coisas mudam
Não diga que não se esquece, esquece sim
Com o tempo perdemos o jeito.
Perdemos nossa desenvoltura
E acabamos por ficar adultos
E esquecendo de como é ser criança.
Feliz aquele que mesmo com o tempo
Jamais perdeu sua infância.
Talvez eu quebre muito a minha
cara ainda, mas é um alívio saber
que eu sempre fui verdadeiro com
todos que passaram pela minha
vida, uma pena que nem sempre foram comigo.
Você é o risco que eu corro sorrindo,
o erro que eu repito sem me arrepender,
o segredo proibido que eu vivo escondendo,
mas que meu corpo insiste em querer.
Você é o beijo que queima na pele,
o toque que faz a razão se perder,
o caos onde eu gosto de me afogar,
o abismo que eu pulo só pra te ver.
Se querer você é pecado, amém,
que eu peque de novo, e de novo também.
Porque entre o certo e o seu jeito de olhar,
eu escolho o fogo, prefiro queimar.
As vezes eu penso que existo, mas logo vem a consciência e diz que sou apenas pó nas narinas do acaso.
Eu sou uma janela aberta pegando fogo que fica além do buraco negro que nem a teoria da relatividade em fusão com as equações quânticas e a separação de variáveis conseguem resolver. Sou a consciência do Raul Seixas, a serenidade de Renato Russo as loucuras de Cazuza. Sou os segredos do oráculo a incertezas do futuro. Eu sou o que sou? Eu sou Nada!
Eu costumo frequentar a igreja sempre que posso, reconhecendo, porém, que a presença de Deus está em meu coração, não limitada apenas ao espaço físico da igreja.
Quando eu era criança a inocência era tão grande que eu acreditava que os bois viviam livres e felizes nos pastos. Quando cresci descobri que eles tinham donos e destinos.
Tu es partout
Seus lábios são trampolins para que eu mergulhe em seu mais profundo ser.
De radiantes olhos acastanhados que me embebe das luxúrias de seu amor.
Como o mais doce mel do himalaia, tirando me de meu estado, para as maiores alucinações
Você é um espetáculo de Deus à parte
Das muitas forças da natureza, és a maior
Lépida como o bailar das auroras boreais, assim vieste, de multiforme cores, silenciosa, deixando seus rastros de beleza, pintado o céu noturno com a força de sua natureza.
Como um esplendoroso amanhecer ensolarado, sois vós!!!
Sois vós, a quem dedico versos simples
pois, de que me serviria os olhos senão para te apreciar, e meu coração para cultivar as mais belas lembranças de quem sois?
Viagem à um tempo onírico
Logo eu, que sempre viajei em muitos mundos, cheguei ao seu.
Eu, sempre achei que o tempo jamais iria se ajoelhar diante de mim! pude provar que sim, o relógio parou.
Todos os mundos, todos os tempos, toda a natureza, tudo estava em meus braços
Em tempo que não vi passar, você e toda tua aura repousou em meu colo.
Cada parte de um universo infindável estava ali, adormecida.
O tic tac do relógio, rugindo contra mim, cessou em um largo e estrondoso silêncio.
Em meio ao silêncio, o universo estava ali, em meus braços.
Eu, maravilhado, pude observar a vasta beleza contida em um único lugar, você em meu colo.
A serenidade de um beija flor, repousa em meus braços.
Seus caudalosos cabelos espalhados generosamente sobre minhas mãos.
Viajei em seu universo, e quando você despertou, seu doce sorriso marcou o reinício, e o relógio voltou ao seu tempo.
O ermitão
Neste oceano de nome amor, eu estava a remo
Com o passar dos dias, troquei por um pequeno barco a vela
E, o ar que soprava do seu amor, acabou!
Vi me perdido, em meio a este oceano
Tentei guiar me pelas estrelas
Mas seu sorriso estava envolto a nuvens
Tentei usar a bússola, mas findou se a sinergia
Tentei alimentar me nas águas que, antes eram boas, mas agora está inóspita a vida
Senti o frio dos dias e noites escuras
Pois o calor de seu amor já não existe mais
E, onde as águas eram calmas, hoje tornou-se em tempestades
E assim, foi se mais uma vida
Lutou em mar revolto
Alimentou se do que restava de amor
Sedento estava pelos beijos molhados
Mas, secou se a boca
Pois, onde era doce, tornou-se em amargor
E assim, mais um marujo foi tragado pelo mar do amor.
Eu sempre estive lá para confortar e dar conselhos sempre ajudando os outros, mas quando eu precisei ninguém esteve lá por mim! mesmo sabendo oque eu estava passando. Então parem de pensar nos outros e pesem em vocês!
Dele, pode-se tudo levar; e de mim, nada esperar.
Diferente dele, eu serei eterno em teu pensamento e, assim,
Como o vento, soprarei os mais belos arrepios, que sequer um dia quis ouvir!
Entre Lençóis e Silêncios
Hoje:
Eu só queria me recostar nas tuas curvas, como um lençol;
Lembrar o quão seguro é a leveza de uma noite de sono;
Daquelas que nem vemos chegar, sem cobranças ou julgamentos.
Acariciar tuas costas sem intenções, mas com diversas interações;
Interações que, nos refletem no íntimo, no inconsciente;
Daquelas que quando nos damos conta, o riso fácil, doce e despretencioso toma nossa face,
Face esta que esconde muito de tudo, mas demonstra pouco de quase nada;
A guarda baixa; a frieza na barriga do desejar, querer ser ou estar;
Disponivel a tí ou para tí;
Mesmo que fosse pra recobrir tuas costas com o lençol,
O mesmo que, ao amanhecer é testemunha de uma noite de sono,
Mal ou bem dormida;
De dores, amores, insônias e pensamentos longínquos,
Mas que, diferente de mim sempre tem o privilégio:
De nas tuas curvas se encaixar...