Eu Nao te Conheco mas me Apaixonei por Voce

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Mulher é desdobrável. Eu sou.

Como homem ciumento eu sofro quatro vezes: por ser ciumento, por me culpar por ser assim, por temer que meu ciúme prejudique o outro, por me deixar levar por uma banalidade; eu sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser louco e por ser comum.

Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.

Sou eu sozinha quem carrega todo esse peso nas costas, isso ninguém percebe, ninguém valoriza. Não, eu não nasci para viver neste tempo.

Eu semeio vento na minha cidade,
Vou pra rua e bebo a tempestade.

Tenho certeza de que se eu sorrisse menos teria menos amigos.

Eu, que simbolicamente
morro várias vezes só para
experimentar a ressurreição.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

“Eu só quero que aonde quer que esteja que esteja feliz, e eu espero que em uma noite como essa você ainda pense em mim, e eu quero que você saiba que não importa o que aconteça, não importa onde você esteja no mundo, não importa quantos anos se passem, não importa se você diga de volta ou não, eu sei que é verdade como sempre foi, como sempre será, nos veremos em breve.”

E eis que sinto que em breve nos separaremos. Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. (...) Quanto a mim, assumo a minha solidão. (...) Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima (...). Guardo o seu nome em segredo. Preciso de segredos para viver.

E eis que depois de uma tarde de “quem sou eu” e de acordar à uma hora da madrugada ainda em desespero – eis que às três horas da madrugada acordei e me encontrei. Fui ao encontro de mim. Calma, alegre, plenitude sem fulminação. Simplesmente eu sou eu. e você é você. É vasto, vai durar. (...) Olha para mim e me ama. Não: tu olhas para ti e te amas. É o que está certo.

Eu sou o antes, eu sou o quase, eu sou o nunca. E tudo isso ganhei ao deixar de te amar.

Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Quatro trechos do livro.

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O tempo passa e um dia a gente aprende, hoje eu sei realmente o que faz a minha mente.

Charlie Brown Jr

Nota: Trecho da música Senhor do tempo.

Eu retribuo o sorriso. Eu correspondo ao abraço. Eu digo sim. Eu quero sim. Eu sinto sins.

Eu sou feita de tão pouca coisa e meu equilíbrio é tão frágil que eu preciso de um excesso de segurança para me sentir mais ou menos segura.

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta escrita em julho de 1944 a Tânia Kaufmann.

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Eu acredito no respeito pelas crenças de todas as pessoas, mas gostaria que as crenças de todas as pessoas fossem capazes de respeitar as crenças de todas as pessoas.

Alô, liberdade. Desculpa eu vir assim sem avisar, mas já era tarde.
Eu tenho tanta alegria, adiada, abafada, quem dera gritar.
E por fugir ao contrário, sinto-me duas vezes mais veloz
Vem, mas vem sem fantasia.
É sempre bom lembrar que um copo vazio esta cheio de ar.

Esse estranho que mora no espelho (e é tão mais velho do que eu) olha-me de um jeito de quem procura adivinhar quem sou.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

E em silêncio eu rezo, e peço:

Livrai-me de toda mágoa que me impede de sorrir, todas as más intenções que me impedem de seguir. Dos maus pensamentos que tiram a paz, das más palavras que levam ao caos. Dos maus corações. Das más sensações. Tudo o que aqui dentro fizer mal. E que assim eu me faça, livre da falta de fé. Da falta de sonhos. Da falta de PAZ. Livrai-me de tudo que me prende. De tudo o que ofende a minha liberdade de ser. E de sentir.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida.

Eu sou uma chama acesa! E rebrilho e rebrilho toda essa escuridão.

Clarice Lispector
A bela e a fera. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho do conto A bela e a fera ou A ferida grande demais.

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Que eu tenha sempre comigo:
Colo de mãe.
Abraço apertado.
Riso de graça.
Brilho no olho.
Amor quentinho.
Tristeza que passa.
Força nos ombros.
Criança por perto.
Astral bonito.
Prece nos lábios.
Saudade mansinha.
Fé no futuro.
Delicadeza nos gestos.
Conversa que cura.
Cotidiano enfeitado.
Firmeza nos passos.
Sonhos que salvam.

‎Nove décimos de mim já morreram, mas eu guardo o décimo restante como uma arma.