Eu Gosto do Risco dos que Arriscam
Não é o facto de nós não pronunciarmos um obrigado, gosto de ti,desculpa. Mas a falta de quem está por perto ter a oportunidade de escutar.
Quem busca caminhos fáceis e sem percalços não sabe o gosto do caminho e da chegada. Não há conquista a ser vivida.
Não gosto de frases curtas. Sou virgulada de sentidos, muita afirmação e algumas reticências. Sou do ponto final mas posso ser uma interrogação, depende do contexto para conclusão. Sou dos adjetivos encastelados de lirismo, dos pronomes possessivos escolhidos a dedo, do verbo amar particularmente. Gosto do que é meu, do que chamo de meu e nesta questão a divisão matemática não fala meu português. Não gosto de passado mas adoro a palavra pretérito. Sou do presente e de presentear. Não costumo guardar o ontem porque coleciono o amanhã. Meu abraço é do futuro, meu carinho é do agora, meu cafuné não tem hora, sou das possibilidades. Mas antes de mais nada, sou coração que guarda pessoas de coração.
FUJO
Fujo de tudo que
me põe pra baixo.
Não gosto de tristeza.
Não suporto pessimismo,
desamores.
Amo as cores,
brilho.
Não gosto do escuro,
procuro luz,
encanto.
Busco nas pequenas coisas,
inspiração,
energia.
Não consigo viver
Sem alegria.
Tudo á minha volta,
transformo em poesia.
Fujo de dores.
Em minhas veias
corre um rio,
rio de água viva!
Movendo-me constantemente,
impulsionando-me pra frente
Pra continuar
neste longo caminho
Chamado vida.
Fútil
Não mim liberte gosto de estar preso a você, Não se renda a meras coincidências. Sua fútil tentativa de escapar parece não ter obtido um bom resultado, te dei uma efusão suficiente para que você visse o quanto gosto de você mais parece ter sido inútil, seu ego o afasta das pessoas que gostam de você te achava tão impávido acho que mim enganei. Você mim disse “Não sei conviver com nada que respire” então acho que isso é um adeus é compreensível mais não aceitável, o tamanho do seu desprezo pela vida é imensurável. Não se esconda por trás de muros invisíveis você esta sendo hipócrita. Não procuro entender você apenas te desvendar, estou sempre atento a cada passo seu, não é perseguição apenas curiosidade não estou estorvando você apenas te conhecendo mais de perto não mim culpe por seus erros por você ser tão fútil, por você ser tão fútil.
Fútil
Não mim liberte gosto de estar preso a você, Não se renda a meras coincidências. Sua fútil tentativa de escapar parece não ter obtido um bom resultado, te dei uma efusão suficiente para que você visse o quanto gosto de você mais parece ter sido inútil, seu ego o afasta das pessoas que gostam de você te achava tão impávido acho que mim enganei. Você mim disse “Não sei conviver com nada que respire” então acho que isso é um adeus é compreensível mais não aceitável, o tamanho do seu desprezo pela vida é imensurável. Não se esconda por trás de muros invisíveis você esta sendo hipócrita. Não procuro entender você apenas te desvendar, estou sempre atento a cada passo seu, não é perseguição apenas curiosidade não estou estorvando você apenas te conhecendo mais de perto não mim culpe por seus erros por você ser tão fútil, por você ser tão fútil.
Gosto da melodia e da certa solidão que o vento costuma nos trazer…
O vazio as vezes me parece tão assustador, mais hoje é ele que acalma, faz ficar em paz comigo mesma, afasta de me todos os pensamentos, mesmo que eles sejam os melhores e mais sensatos de uma pessoa “normal”. Estou tão leve que me sinto uma andorinha voando livremente sem ter pressa de chegar, mas ao mesmo tempo tão presa em um corpo que não aparenta ser meu’, em um corpo que está cansado, dolorido, cheio de cicatrizes e fraturas, fraturas essas que só podem ser vistas por seres capazes de enxergar além, bem além de um rostinho bonito e um olhar marcante.
Gosto de escrever coisas tristes pois afasta a tristeza, então se escrever coisas alegres posso afastar a felicidade.
"Gosto quando você vem consciente de si e ciente de nós...Gosto quando você vem e me envolve com sua voz. Fortalece nossos laços e desfazem-se os nós."
Gosto do bizarro, do estranho, daquilo que me intriga e me deixa com a mente em total desarmonia, gosto mesmo é do inadequado, e do que tem cheiro de pecado, gosto do mal feito e do quase impossível. Na verdade o que é moleza e fácil, nunca tivi vontade de experimentar.
Não gosto de estar dormindo nem de estar morto perto de ninguém.
álbum de fotografias
quanta sorte sonhar quando se é verde
não gosto de falar de minha infância
não há atos nobres nessa época
o que tenho certeza é que queria
crescer logo e me livrar da caolhice
do manco de pés tortos
da aparência desengonçada
e da opressão dos adultos
mal sabia eu que a miopia aumentaria
que os pés continuariam tortos
que a aparência piora com a idade
mal sabia que a opressão maior
é a da realidade e não dos velhos
mal sabia que ser cuidada e oprimida
é mais acolhedor que ser ignorada
ou ser preterida
não me recordo de tempos para sonhar
havia um medo velado em meus olhos miúdos
e um silêncio imposto
naquela casa sempre cheia de visitas importantes
era proibido correr
dizer palavrões ou se manifestar
ali criança não tinha vez
pular o muro e viver uma alegria clandestina
rendeu-me ora a cinta ora a palmatória
quem dera ter tido a glória
de saborear da liberdade
luxo seria ser uma criança
numa casa de velhos burgueses
não me recordo de um momento
de êxtase livre de culpa
ou de uma satisfação
não fadada à mentira
sou fruto do que fui
no fundo ainda sou
aquela criança.
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Gosto muito de observar. Ás vezes, saio por aí, caminhando com um bloco no bolso, só pra descrever a atmosfera em papel. Ás vezes um dia claro, com riscos de chuva. Um choro de bebê ecoa por toda uma praça. Uma menina que fuma um cigarro com medo de ser vista. Um garoto que provavelmente está com fome, e estuda a melhor forma de assaltar essa garota que fuma. Melhor sair daqui. Nessa outra rua, o movimento é diferente, as vozes dos vendedores confundem-se com sons de anúncios de lojas. Maravilhosamente enlouquecedor. Entro num bar, sento-me e começo a observar. Uma mulher que está furiosa por ter derrubado café na sua camiseta branca. Dois bêbados que riem da mulher. Um rapaz bem apessoado, que está sentado lá atrás, calado. Pela minha vã experiência, diria que ele não teve um dia bom. Provavelmente, brigou com a namorada, se ele tiver uma. Decido ir ao banheiro, chegando lá, observo meu reflexo no espelho, e comigo mesmo, penso "Se alguém fosse descrever-me, o que diria?" Voltei para o bar com a minha imagem na cabeça e comecei a escrever no bloco "Uma moça bem apessoada, parece ter uns 24 anos. Mas, apesar de sua pouca idade, parece bem sofrida. Seus olhos são fundos, como se não dormisse bem. Ela é agitada, pois está sempre olhando para os lados. Seus cabelos estão negros estão presos, e parece que ela não os cuida muito bem. Suas roupas parecem gastas, e ela tem uma expressão triste no rosto. Uma expressão de escritor, que tenta grafar seus sentimentos em papéis. Parece ser solitária, solteira, provavelmente" Surpreendi-me, com minha própria análise de mim mesma, mesmo achando que talvez eu tenha sido bondosa comigo mesma, pois creio que meu estado atual esteja bem pior do que o descrito.
