Eu Errei me Perdoa Poesia
Mil e uma coisas na minha cabeça
Mil e uma coisas onde está o amor
Mil e uma coisas onde estás tu. <3
Ele me iludiu...
Ele me iludiu...e pelo que parece, a culpa é minha. Minha por ter acreditado no que ele dizia, acreditado que ele realmente me amava. Agora eu me vejo chorando, porque eu realmente o amo, não deveria, mas mesmo assim o amo. Fiquei do lada dele cada momento que ele precisava, queria sempre ver ele bem, mal era de ficar mandando nele, ou do tipo grudenta, mas quando ele precisava de alguém era la q eu estava, do lado dele, segurando sua mão e o ajudando.
Ateu, ateu, ateu
o que movem os caminhos teus?
A quem entrega os apelos teus?
Quando nós recorremos a Deus?
Ateu, ateu, ateu
o que te motiva a viver?
No que a vida te cativa?
O que vai ser quando morrer?
Vai viver só por dinheiro?
Vai viver só por viver?
Sem acreditar em nada...
sem ter nada a perder...
E o seu eu? É só ciência?
Sua alma, sua consciência?
Meu querido amigo ateu
Se esse mundo é fruto da ciência
e não de Deus
Façam um altar pra ela
Seguirei os passos teus!
Você disse que apoia a igualdade,
mas fala que o movimento feminista é inútil.
Sinto lhe dizer, mas se você apoia a igualdade,
você é feminista.
A mão sobre o lápis desenha
nosso destino de papel
tão frágil.
Antes molhava bico da pena
Hoje molhava o bico do seio
Se a caneta não presta, saculeja
O lápis é de grafiti, de diamante.
Sou eu, presa a uma folha de papel
é uma representação de mim
mais contente, mais completa
poderia me substituir
é mais eu do que eu mesma.
Mas a folha entra em decomposição
mais rápido que meu corpo
vida curta e feliz
vida longa e duvidosa...
meu corpo é de carbono
o lápis é de carbono
é de grafiti, de diamante
meu corpo de grafiti
meus corpos de carbono
sorriem com a analogia.
Você me desenhou
quantas vezes mesmo?
Você me desdenhou
ou me desdenhará?
Me sinto tão amada
mas amar não sei.
Me vejo desenhada,
desenhar não sei.
Parece que estou viva,
mas não sei viver.
Tentei te desenhar,
ficou engraçado...
as proporções corretas,
como faço?
Ora cabeçudo, ora cabecinha
Ora barrigudo, ora barriguinha.
Pego meu lápis e rabisco
um movimento inconsciente
talvez movido por um subconsciente
o destino do lápis incerto
na minha mão o destino do lápis
e minha vida de rabisco.
Tem gente que dá nó no osso
vontade de mastigar-lhe o miolo
querer que lhe atingisse um raio imenso
um raio do céu do firmamento.
Tem gente que dá gelo e fogo
gelo que não sara e fogo que não ferve
tem gente que não serve
com gelo ou fogo, queima
e tenta a paciência
é gente que só teima!
Tento prever a curva do a
Não é um a? O que será?
Tento prever um movimento de linha reta
Mas o pincel ziguezagueia sobre o ar.
Tento decifrar os lábios
Mas as sílabas se juntam umas às outras
Mas os lábios ziguezagueiam palavras soltas.
Assisto meu destino
Meu destino de rabisco
Sobre a tela um arabesco
Um rabisco pitoresco
Meu destino, meu destino, meu destino de rabisco
Aramaico? Argentino? Que desenho formará?
Fará uma cruva completa antes de a tinta acabar?
Asco
A cabeça tonta cede a ronda
E o pescoço solto torno tomba
E o corpo morno compra
Um sorriso frouxo que assombra.
O corpo em retalhos
Quase um espantalho
Tenta disfarçá-lo
Um sorrir amargo
Um sentir tão asco
O amor não precisa ter sentido.
O amor basta ser sentido.
Por você, meu amor, suplico:
O amor é um precipício;
Mas é também o chão acochoado.
É a vida;
E, por isso mesmo, é a morte.
O inimigo mora ao lado. Quem você menos esperar. Vai fazer você chorar.
Ele ti faz chorar porque sabe que você pode mais. Não desista porque eles dizem que você não consegue. Mostre que os únicos fracos são eles.
Não sei quando comesou
Talves ontem ou ano passado
Não me lembro
Só lembro que era quente
Lembro que tinha risos
Lembro que tinha felicidade
Não sei quando acabou
Não sei porque acabou
Só queria ajuda
Ajuda de ninguem
Na verdade queria coragem
O tempo passa,
passa por a gente
e a gente nem ve-lo passar
A gente muda,
desata laços
dá nós,
e amarra outros tantos laços.
Abre portas,
e fecha tantas outras
nesta imersão da vida.
E pela janela,
a gente ver o tempo correr
Como um filme,
com tantos encontros e tantas partidas.
A pergunta é:
o que aconteceu comigo?
Em algum momento fiquei, fiquei para trás.
Eu fiquei relaxado.
fiquei meio entorpecido.
talvez eu tenha cometido o pior de todos os crimes.
Eu me tornei civilizado.
Então, agora, vou recomeçar do zero.
Eu, e este mundo sem nome.
Preciso achar aquele lado animal de novo
Mais uma entre tantas MARIAS
trás as marcas de luta na mão
guerreia nas trincheiras da vida
cultiva,
'alimentando a utopia
de democratizar e cultivar cidades'
edificando comunidades
Nossas vidas foram feitas de erros,
Nos escolhemos o caminho que seguimos até aqui,
Eu queria te reencontrar
Só pra dizer que tá tudo bem
Que eu cresci
E que agora sou mais mulher,
A muito tempo estava pronta pra dizer muitas coisas
E hoje tenho forças para guardar elas pra mim
Não sei se ainda pensa em mim
Mas ao contrário de você
Eu me pego pensando em você todos os dias
Não sei se é costume ou saudade
Mas sei que as vezes me faz chorar
Não me pergunte nada
Eu não vou saber responder
Você acabou sendo o fantasma
Que vai estar sempre aqui
Me assombrando
Não importa para onde fuja
Eu vou te ver no rosto ou no jeito das pessoas
Isso é bem louco
Por que sei que você tá com ela
Ela não é eu, mas te faz feliz como eu nunca fiz
Nos meus sonhos você vem me procurar
Diz que tá tudo bem
Me abraça e me beija
Diz que nada vai nos separar
Mas é só um sonho
Nada disso é real
Ei meu fantasma
Não demos certo
E a culpa é minha
Por querer de mais
Amar de mais
E não saber ser
Mas quer saber
Eramos muito imaturos
Eramos tão inseguros
E quando aprendemos
A ser adultos não estávamos perto um do outro
E quer saber ?
Foi bem melhor assim
Porque se um dia acontecer de você voltar a olhar pra mim
Vamos começar do zero e nada do que aconteceu vai mais existir
vai ser tudo a primeira vez
Primeiro olhar,
Primeiro encontro,
Primeiro beijo,
Primeiro amor...
POEMA SEM METÁFORAS
Eu primeiro fui criança
antes disso já nasci
não consigo me lembrar
só me lembro que cresci
que a vida era brincar
uma hora a eternidade
e a maior tristeza
era ter que entrar pra casa
o mundo uma brincadeira
o olhar de sinceridade.
Mas eis que surgiu a mentira
a gula e a vaidade
a bem da verdade já havia
só não sabia nomear
as crianças pouco a pouco
deixavam se abandonar
o quintal vazio e oco
e a maior tristeza
era ter que crescer também
achar na vida a rudeza,
as primeiras brigas de traição…
Era poquinha, mas já pude
entrever pela fechadura
os sentimentos mais rudes:
a solidão, o medo, amargura
quis fugir pro passado,
pro futuro, pra um lugar imaginário,
fugir de casa, de mim,
chorei, me bati,
com meus próprios punhos,
e ai, a maior tristeza
era não saber desintristecer…
Eu cresci. Fui adolescente.
Na verdade, já sentia um peso nos ombros,
não beijei, tive poucos amigos.
Esqueci de rimas e fui
rumando o desconhecido.
A maior tristeza, ai
era minha indiferença.
Queria sentir e não sentia,
era quase uma doença
sem cura que me atingia.
Quis fugir, quis morrer
planejei calculadamente
já náo tinha o que perder
tão perdida em mim somente
sem pra quê, sem por quê
toca meu peito e sente
não sabia mais bater…
Fui adulta. Não se engane
não deixei de sofrer
aprendi a enganar,
aprendi as frases feitas.
Poucos, raros amigos
o trabalho sobre a mesa
as folgas aos domingos…
não sei se era indiferença
não me lembro de pensar
de sentir o que sentia
só me lembro de me guiar
uma consciência quase vazia…
Uma casa escura e limpa.
Mas não posso afirmar
me ouve com atenção
quem sabe se não há
nessa casa um porão
abre a porta devagar
lá estão e estarão:
o brinquedo, a inocência,
o medo, a solidão,
a morte, a indiferença.
Se há, se houve, se haverá,
Estou suspenso
Suspenso por minha dor
Uma dor sem fim
que nem mesmo sei quando começou
Eu chorei por ajuda
Chorei em vão
ninguém escutou...
Era um caminho. Aberto. Vago. Alheio.
Pesava sobre meus ombros posses, abstrações.
Não há setas, bússolas, perdões.
Não há um destino, mas vários ou nenhum.
As pegadas dos últimos passos, eu vi adiante.
Que garantias isso me dá?
O que é o destino se não a morte?
Caminho em direção a ela?
E eu tentei ver nas réstias do horizonte onde dará.
Dará na última pegada, ao cair numa armadilha.
E o que será adiante se não um ponto de vista?
20 anos e os ombros pesados.
A dificuldade de se desvencilhar…
É preciso estar leve pra escalar montanhas.
Um dejá vu. Me pergunto se já estive nesse ponto
Ou se os pontos se repetem gradativamente.
Talvez a natureza não seja tão criativa.
Parece que o ar se torna cada vez mais rarefeito.
Ou eu me sufoco com meus próprios ombros.
Fui tirando pedaços da bolsa. Um apelido, uma mentira...
Alguns pedaços saíam com muita dificuldade,
um chiclete grudado aqui e ali.
No final… no final… estava leve?
Mas afinal alguma coisa permaneceu, aguada e inconsciente
e essa coisa afinal sou eu?
Havia um vazio pesado. Como o ar rarefeito.
Como a melancolia que inunda os domingos.
Um cemitério vazio encharcado de medo.
Afinal, quando acabara já estaria acabado?
O mais se temia já teria se adiantado?
Não sei o que eu era e o era um estado de mim.
Nem ao menos sei a diferença.
Sei que quando chegar a hora
a hora já terá passado.
Tão lógico e paradoxalmente.
Era um mar de rosas, violetas, jasmins.
Mergulhávamos sobre pétalas, o perfume do primeiro amor.
Mas a correnteza corre e todo o cheio se dissolve.
Deságuam as rosas sobre as cachoeiras.
Então sob as pétalas, no caule, os espinhos.
Os meus espinhos, os seus espinhos.
Qualquer aproximação brusca, machucávamos um o outro.
O espinho é a defesa da rosa, como o orgulho e vaidade na gente.
Espinhos sobre espinhos e todos já estavam feridos.
Feridos, sem lembrar bem do que houve, só o peso do ódio, do mal humor.
Tentamos nos aproximar pouco a pouco
Era quase um estudo anatômico.
Cutucávamos as cicatrizes. Doía.
Eu cutucava suas feridas ferozmente,
queria chegar à raiz, à verdadeira natureza de si.
Não podíamos remover o passado,
mas remoíamos paulatinamente.
Em meio de tantos, apenas mais um
Em meio de milhares, sou ninguém
Em meio de bilhões, uma estatística
Minha mãe estava certa
Sou especial pelo o que sou
Pelo o que mesmo?
Logo mais serei apenas menos um
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