Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto

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Telha de vidro

Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...

A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...

Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que - coitados - tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.

Que linda camarinha! Era tão feia!
- Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!

O deleite imaginado é muito maior que o gozado, embora nos verdadeiros gostos deva ser o contrário.

O que ganhamos em autoridade, perdemos em liberdade.

Os homens têm grandes pretensões e projectos pequenos.

A luxúria é como a avareza: quantos mais tesouros tem, mais sôfrega se torna.

A imaginação é o paraíso dos afortunados, e o inferno dos desgraçados.

Os ignorantes exageram sempre mais que os inteligentes.

A razão também tiraniza algumas vezes, como as paixões.

Na mocidade buscamos as companhias, na velhice evitamo-las: nesta idade conhecemos melhor os homens e as coisas.

Quem é capaz de suportar tudo pode atrever-se a tudo.

A imaginação exagera, a razão desconta, o juízo regula.

Os preguiçosos têm sempre vontade de fazer alguma coisa.

Há males na vida humana que são preservados de outros maiores, e muitas vezes ocasionam bens incalculáveis.

O interesse explica os fenômenos mais difíceis e complicados da vida social.

A mais sutil loucura é feita da mais sutil sensatez.

Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).

Não há livro tão mau que não tenha algo de bom.

Perdoamos tudo a nós próprios e nada aos outros.

Não falar para o seu século é falar com surdos.

Caso não ponha fim à guerra, esta não será uma vitória.

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