Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto
Eu escrevo com a intenção de alegrar um coração sem esperança de alterar nada de seu estado normal.
No fundo estou á desabrochar os sentimentos sólidos que ainda resta com infinidades que se faz sentido.
O orgulho se faz em desvantagem ao ser um erro grave para um coração sedento de paixão.
O tempo faz perder muito tempo, pois o destino não é querer o destino muda de direção com a força do amor.
Prenúncios esdrúxulos eu sinto no ar, pressinto - sem esse poder - que eu me metamorfosearei, e que amanhã ou daqui a pouco eu serei outro. Eu acordarei, e as remelas serão dum estado póstumo. Talvez o meu coração, o que sustenta sentimentos, posteriormente se congele, ou se queime. Posto que não sei o que acontecerá, as horas se tornam apriscos que cuido, alimentando, dando de mamar.
Quando eu termino o escrito: O poeta grita, o prosador o vê amadurecer e o filósofo entra numa escola cristã, numa igreja.
As montanhas existem no vale porque a pedra é resistente.
Então eu existo porque resisto aos reveses da vida.
A Lua está no céu e eu me lembro de tempos não tão distantes em que eramos felizes.
A Lua está no céu, mas dessa vez sem refletir sua face.
A noite está chegando e eu preciso dizer adeus.
Quando eu fico assim
Só dá sua imagem dentro de mim
Então eu penso em tudo que já fiz
E sinto que dificilmente terei você aqui
Quero saber o que lhe faz a cabeça
Ah se eu soubesse como fazer pra te deixar sem defesa
Se alguém me dissesse o que fazer
Para um dia conquistar ter você
Quero aprender a corrigir meus defeitos
Para loucamente a ti entregar um longo beijo
Você é tudo para mim
Não me deixas assim
Quero ter você aqui
Bem pertinho de mim
Quero nos seus braços me atirar
Loucamente te amar
Uma rosa no seu coração atirar
Um perfume junto a ti eu quero sentir
De o seu lado poder sorrir
Lançar-me nessa emoção assim
Alucinar-me nessa condição
Entregar-te todo esse amor
Colocar em tuas mãos uma flor
Perder-me nesse sentimento
Que para mim é mais que um tormento
Nos seus sonhos entrar
E para sempre poder te amar
Eu não vou mais dissertar
Pois pretendo agora te conquistar
Depoimentos eu vou escrever
Para ver se consigo te convencer
Que és mais que real esse meu amor por você
Eu recito meu verso em um instante que se faz solene, porem fugaz aos olhos de quem não se faz credo na esperança.
Não me faço triste nem tão pouco alegre vivo um poeta romântico com esperança nas palavras.
Atravessarei noites ao silêncio e esculpirei sua imagem em meus pensamentos para que meu querer renasça com intensa força.
Permaneço em estado conveniente em relação aos sentimentos sutis.
CONFIANÇA
antes de me perguntar a razão
eu preciso saber a porque da pergunta
o relacionamento é baseado em confiança
sem a base de tudo não existe nada
É como ter a sensação de que eu nunca mais serei feliz ..
que um medo absurdo toma conta de tudo que eu penso e vejo!
Sentimento de loucura, tudo tão vazio, tudo tão escuro ..
um sentimento de que não sei oque estou fazendo aqui ainda!
TINHA QUE SÊ ANSIM !
(poeta Cumpadi Caipirinha)
E agora?
Qui façu eu da minha vida sem ocê?
Custei tantu a aprendê a vivê só
Mais issu foi antis de ti conhecê
Pru quê ocê tinha que chegá
Meu coração caipira conquistá
Dispois du amô em mim prantá
Dizia me amá toda hora
Agora ocê diz que vai imbora
Se tem que ir... vai,
Mais vai devagarinhu
Pra eu me acustumá
A vivê aqui sozinho
Num vai de uma veiz
A dô vai sê maió
Vai di vagá, sem fazê baruiu
Pra num ispantá
Os pobri passarinhu
Eles tudo se acustumáru
A vê ocê mais iêu
A cuidá desse cantinhu
Que nu tempu nois se perdeu
Inté, intão, vai com Deus
Chegô o dia da dispidida
Vô mi iscondê lá nas campina
Pra num vê sua partida
Vô ficânu aqui
Comu passarinhu seim asa
Cuns bicu machucadu
E a vida seim graça
Mais num vô recramá
Tenho a companhia di Deus
Se ele mandô issu pra mim
É que tinha que sê ansim
CANDIDATA PRA CASÁ
(Tânia Mara Camargo)
Vóis suncê casa com eu?
Tenho dote de moça prendada,
Sei lavá, cozinhá, bordá,
Só num aprendi amá.
Debuio o mio, faço pamonha,
Curá e o cê precisa prová o
Meu mingá.
Sô assiada, limpinha mesmo,
As veiz cato carrapato pelas
Pernas, mais sô virge.
Sô muié da roça, pego na inxada,
Sei capiná, só num sei pegá lá.
Óia to precisando di marido,
To ficando veia,
A vizinhãça ta dizendu que vô
Ficá pra tia.
Casa com eu vá!
Cê vai sê o homem mai feliz da
Redondeza, osotro vão tê inveja.
Num precisa nem botá cabresto,
Sô potranca dereita,
Num sô dessas oferecida que usa
Saia no pescoço.
Óia moço, responde logo,
To loca pra casá
E já tenho Enxová.
(meu presente para o Poeta Caipirinha)
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Tânia Mara Camargo. 1997 – Livro – Vôo de Abiã Participação em Antologias Editora Scortecci 1997 – Volumes IV e V 1998 – Volume VI Antologias para Bienal 1998 – 15ª.Bienal do Livro/SP 2006 – 19ª.Bienal do Livro/SP 2006 – 2.Prêmio Ebrahim Ramadan Poesias Brasileiras
UM CAIPIRA SORTÊRO E SANFONÊRO
(poeta Caipirinha)
Sinhá, eu num sei falá
Num tive iscola pra estudá
Nem cunsigo cum as letra
Esparramá pra iscrevê
Coisas bunitas pra ôcê
Sô um home trabaiadô sem dinhêro
Minhas riqueza posso te falá
É o fole da minha sanfona, sinhá
Com ela posso inté cantá
Tenho também uma viola
Que tamém aprendi no oiá e escurtá
Cun eles posso inté tentá
Uma vida nova nois começá
Mais sinhá, num quero uma arventura
Só ficá cum as luz da lua
Nem se aproveitá das escuridão
Pra ficá brincano cum as mão
Quero se casá cum vois micê
E seu home sempre sê em toda hora
E nas estrada vamo a vida levano
Puxano o fole e chorano a viola
SONHEI COM A SINHÁ!
Pur mais que eu pense
Que sinta e que se fale
Tem sempri arguma coisa pra dizê
Pur mais que os mundu dê vortas
Rudiando o Sol, vem a danada da lua
Si mi enloquecê
Nas noiti passada
Ocê veio mi vê, sinhá
Nas noiti passada
Sonhei cum ocê, sinhá
Ó Lua luada
Nu céu istampada
Dê licença que queru durmí
É pruquê to torceno pra na madrugada
Ela se arresorve aparecê
Nas noiti passada
Ocê veio mi vê, sinhá
Nas noiti passada
Sonhei cum ocê, sinhá
Ó minha sinhá
Que promessas me dá
De quando aqui chegá
Me amá pra valê
Eu vô ti esperá
Mais agora vô se adeitá
E se aprepará
Que ocê vai novamenti aparecê
Nas noiti passada
Ocê veio mi vê, sinhá
Nas noiti passada
Sonhei cum ocê, sinhá
Inté! Sonhandu com ocê todo dia!
Joca, seu poeta caipirinha, babano de amô!
E de sodade!
SOZINHU I SEM CARINHU
Ficu aqui nu meu sertâo
Sozinhu i sem carinhu
I guanu a noiti veim
Eu chóru baxim
Soluçanu cum as solidão
A lua quânu si achêga
Derramânu sua luiz
Si dismancha tudinha
Ao vê minhas tristeza
Qui nas noite inté reluiz
To aqui sozinhu
Nessi mundão
Oianu ao longi essa imensidão
Ah! Solidão qui martrata
Tantu esse solitáru coração
Intão, sinhá Mariquinha
Óie pra essi seu Caipirinha
Que fica ancim tão sozinhu
Esperanu por essa doci minina
Vô ti mandá meu retrato
Pra se vê se tudo dá certo
I ocê intão se arresórve
Casá mais ieu di uma vêiz
Inté, intão!
E fique logo boazinha!
Mariquinha du coração!
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