Eu Deixo a Vida como Deixo o Tedio
Pelos braços da Baía do Babitonga
sempre me deixo levar,
Até a Ilha das Claras vou navegar
para que sabe te encontrar.
Pelas correntezas deixo
tudo para trás porque
só quero para nós mesmo
o quê realmente importa.
Num tempo onde a diversão
é testar o outro o quê sufoca
busco ser a silenciosa rebelião.
Por saber que o tempo corre
rápido em todas as direções,
preservo as melhores emoções.
Quando deixo de orar, significa que paro de falar com Deus, mas é certo que não terei a proteção dEle.
Quando tu chegares
Enxágue meu corpo com tuas ondas abrasivas
Que me deixo desmoronar salpicando no teu leito.
E com o amor forte de mulher me convidas,
A compor do tremor som satisfeito.
Depois encostas tua crista sobre mim e,
Se escutas, fertilizas o que já plantaste em meu peito.
Derrama os teus sonhos nos meus,
Enquanto descansamos sob silêncio perfeito.
UM CRISTO ALUMIADO -
Ao canto, na cómoda do meu quarto,
há um Cristo que deixo alumiado,
para que, de um braço a outro braço,
me deixe, no seu peito, bem guardado!
Rezo àqueles cravos da nossa salvação
às suas antiquíssimas gangrenas, com fervor,
àquela lança que lhe perfurou o coração:
- Salva-nos da "peste" pedimos-te óh Senhor!
(...) pendem silêncios da cruz ao canto do meu quarto
mas um agitado fernezim toma-me por dentro
e da sombra dessa cruz, não quero, não me aparto!
Óh Senhor! Vê ... a humanidade está vencida,
já não há o que pensar, acabou-se o tempo,
desce dessa cruz e dá-nos outra vida!
"E no fim de cada dia deixo meu barco navegar em águas tranquilas, pois sei que quem me protege não dorme, e ao menor sinal de tempestade e perigo, é a sua mão que encontrarei pra segurar a minha, pois foi com ele que aprendi,que a melhor oração é amar."
Abro a janela, deixo a luz chegar
E iluminar os pensamentos que aqui dentro há
Lavo as palavras, reflito com meu reflexo
Vou buscar um nexo e tem quente já
Alimento a mente, dou ração pra alma
Pacientemente dou razão pra calma
Rego as sementes, cuido bem do jardim
E cada flor ali presente é importante pra mim
Te empresto as margens do meu imprevisível amor ...
Deixo-te aconchegar em tudo que sonhei por nós...
Penso que te amar foi tudo que a vida me ensinou...
Vivo sem coragem de cortar as asas desse Amor... Sonhador...Do que me fiz e me ergui tentando compor
meu templo de paz...Você meu suspiro no vento ...
Prece oculta em meu ser ...Testemunha de delírios uivantes...
Toda crença em noites de luar...Escada construída
de desejo e paixão...Não nego a loucura que sinto
ao desejar seu beijo ...Nem que passo horas tentando disfarçar a plumagem que esse amor me vestiu...
Não desejo ao ultimo mortal amar e esperar o tempo de alguém...Buscando sempre no vazio do outro...
Tudo que aos poucos vamos perdendo pelo caminho...
O beijo que toca na alma
Nem sempre deixo ser tocada
Por medos que deixaram marcas
Um fardo que carrego dor
Então nem sei o que é amor
Mas sempre tem quem te toque
Às vezes por desejo
Às vezes nem goste
Mas poucos tocam com toque
Uns tocam com amor
Outros tocam por tocar
Alguns tocam com dor
Mas tem quem toca com o olhar
Há quem toca superficialmente
Há quem nem toca mas sente
Há quem toca profundamente
Há quem toca com a mente
Meu coração expeli medo
Minha alma sussurra desejo
Desejo de ser tocada
Como ninguém ousou tocar
Não quero toque com dedos
Mas toques de desejos
Ensaiados de beijos
Para em meu coração entrar
Arrancando essa fúria
Largar toda amargura
Amarrar toda ternura
E deixar o amor chegar
Chegar sem receio
Me abraçando com respeito
Então enlaço com beijo
Até em minha alma tocar
Me toque com doçura
Que eu me entrego com ternura
E serei ali sua
Até pra sempre em seus braços ficar
Estou bem, obrigado
Quem procura buscar ler o que escrevo
O que posto e deixo em transparência
Obrigado por sua consideração
Estou muito bem
E você tá bem?
Tenha calma
Consigo te ver ler
Ouvir teus pensamentos
Mesmo que você não saiba
Sei que agora vai respirar
Ofegante pausado de aspirar
Muito mais
Vai se questionar quem é louco agora
Terá certeza que não sou eu
Vai ter mais certeza que é você
De acordo com o que sabemos
Ambos somos passíveis de julgamento
E não só eu que escrevo entrelinhas meus pensamentos
Leia e aproveite
Afinal
Estamos vivendo e aprendendo
Não temos a verdade nem no livro mais antigo
Porque haveria eu de dizeres
AS PERIPÉCIAS DO FIRMINO
Por Nemilson Vieira (*)
O meu saudoso conterrâneo, o velho Firmino deixou o seu estado de origem, o Maranhão e saiu pelo mundo… Se pôs como pedra a rolar, rolar… Pelos caminhos da vida. Como a pedra que muito rola não cria lodo… Não quis o destino que fosse além de Campos Belos às suas peripécias. A sua trajetória de caminhante solitário encerrou-se por lá, num descanso eterno. Com a cidade viveu num estado de graça e amor permanente; à morte os separaram.
Bom camarada; extrovertido, sociável daqueles que sentimos bem estar ao seu lado. Um dos melhores contadores de causos que conheci. O seu jeito alegre de ser, a história que contava prendia à atenção das pessoas para ouvirem as suas narrativas orais.
Como bom maranhense amava de paixão as pescarias e os ensopados de peixes; numa ocasião nos contou sobre uma que participou com os amigos do lugar. Sobre brancas areias de um rio armariam as suas barracas, nas suas águas jogariam os seus anzóis, lançariam as suas redes. Cada integrante do grupo se ocuparia do que fosse necessário fazer naquele espaço.
Bebidas umas cachaças para animar o Firmino criou coragem para mergulhar no poço frio e profundo, à sua frente.
Gastou um tempo para voltar à superfície das águas. Os companheiros sabiam que ele demorava muito nos seus mergulhos.
Cultivava o hábito da captura dos peixes com as mãos introduzidas nas locas e fendas das rochas. Depois da demora ressurgiu, e voltou à praia sem nenhum peixe daquela vez. Prometeu à turma retornar às águas para buscar o prato do dia. Uma sucuri para quem animasse a comer. Pulou novamente no poço, desceu às suas profundezas.
Dessa vez demorou um pouco mais em retornar à superfície; talvez uns minutos. — Um só, submerso, já é uma eternidade.
Firmino estava grudado com as duas mãos no rabo da cobra à puxar-la para fora; a mesma inflava o corpo e se firmava nas laterais da toca, num descuido avançava para o seu interior. Naquela luta ferrenha dos dois pela sobrevivência… Firmino a venceu.
Na terra firme, ao batê-la sobre o solo por algumas vezes, a pobre da cobra desfaleceu. Foi uma farra daquelas dos colegas.Salivações de sobra só de pensarem em degustar uma iguaria daquela.
Ao iniciarem os preparos para o guisado, constataram que não se tratava de cobra-sucuri coisa alguma e sim, de uma cobra-jaracuçu que não crescia mais.
Dormiram com fome.
*Nemilson Vieira
Acadêmico Literário
F.L.
''Abro uma garrafa de vinho enquanto deixo a responsabilidade de lado,
não estou correto, nem quero parecer desonesto
apenas quero sentir algo descendo pela minha garganta, uma coisa diferente de toda esse rotina e desapego
não estou fugindo do mundo apenas tento silenciá-lo com meus goles.'' paulorockcesar
Leia esta carta:
Deixo agora uma pista
Palavras escritas na geladeira
Lá se tem um recado egoísta
Que indica meu jaleco de madeira
"Deus leva seus filhos. Beijos, te amo!"
Quero que depois de ter lido
Vá ao o lugar da saudade
Se estiver consentido
Saberei que seu amor é verdade
Saudade da mais sofrida
Visita da mais triste
Senti as mãos frias "morrida"
Deixa agora o último toque da vida.
Tenho aquela real convicção
que deixo fluir os meus desejos, meus delírios
minhas poesias acariciem tua mansidão
As linhas e curvas, cada detalhe teu
faz pulsar acelerado meu coração
Rimo em meus versos, nas poesias
cada detalhe teu, cada entalhe sedutor
minha sublime inspiração
és tu, Musa, Deusa a mais feminina
a mais eterna nos meus desejos
teu ser minha sublimação, escrevo sobre você
és, alimentas a libido, daqui até o infinito
Escreverei enquanto for permitido
com total e irrestrita emoção
(DiCello, 15/12/2019)
Deixo ao mundo a incubência de entender à si mesmo e de gritar ao vento
a sua ignorância, enquanto isso ,vou escrevendo com a alma e com a minha ignorância do viver, do amar, do pensar e do sonhar que o tempo me concede.
Quando vejo uma chance, não deixo ela passar pois se passar muito provavelmente não haverá outra para tentar, não desisto do que quero ou até de quem quero. Pois para quem desiste só se foi um esforço para dizer que tentou e se conformar com o fracasso.
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