Eu Deixo a Vida como Deixo o Tedio
Eu vejo ruas vazias iluminadas por uma luz alaranjada que rompe a névoa da madrugada. Semáforos tentando controlar um transito que não existe como nós, no controle ilusório da realidade. Janelas que mudam em tons variados de azul graças a uma televisão ligada para alguém que dorme no sofá.
Toda essa solidão, todo esse brilho para olhos fechados e essas famílias e esses gatos vadios, e não sabemos até quando vamos durar. O vento canalizado vindo do mar, cortando ruas como se o mundo estivesse respirando fundo. A realidade um jeito de ver e achar. O trivial sendo o palco que, de tão indispensável, nem consideramos não perceber.
Parece tudo tão momentâneo, tudo tão perecível. E nos confundimos, porque sabemos que a vida é curta demais para se preocupar, mas igualmente curta para que não nos preocupemos com o agora, que é o que nos é certo e palpável - enquanto equilibramos com cuidado um pilar de objetivos futuros.
Apesar de tudo, há eternidade em todos os lugares onde as solas de calçados já pisaram, naqueles pedaços de concreto e pedras portuguesas. A mesa de bar com amigos que já se mudaram - ou apenas mudaram - que já teve tantas marcas molhadas circulares de copos. Um grande e esperado (re)encontro. O momento em que aqueles dois se olharam nos olhos pela primeira vez e tudo mudou. A mulher de meia idade que passeia com seu poodle e pensa em seus filhos que, quadras atrás, vêem naquela prova de matemática o maior desafio de suas vidas.
Sombras de existências que se acumulam ao longo de décadas, e logo mais, séculos. Histórias que atravessaram o fim e o começo de milênios, romances que nunca aconteceram, desejos perdidos cravados em bancos de praça que, também, têm neles memorizados a impressão de um pedido atendido. Cadeiras de cinema que foram o cenário de momentos tão sublimes.
Todos vivemos e nos acabamos, nos abandonamos, mas a nossa eternidade está por aí, invisível, só podendo ser identificada por olhos acoplados a tantas memórias. Essa é uma madrugada de ruas cheias de histórias, e muitas ainda por contar. Se há certeza da morte, há que a vida é eterna e os momentos dela – e apenas dela - ecoam de existência em existência.
Olha,
às vezes creio que o horizonte deverá levar o seu nome...
porque todas as vezes que eu olho para ele...
penso em você!
...
Eu fui o único louco livre de hipocrisia que te falou: “Que neste mundo o que vale é o dinheiro”, em tão possua-o e terás tudo que o seu coração pedir.
você é covarde eu sou medroso, você tem medo eu tenho pavor, você se assusta facilmente eu vivo apavorado, você não me ama eu não amo ninguém, você Mente eu modifico a verdade, você é arrogante eu sou prepotente, Etc.... viu como passamos a vida falando do mau lavado.
Eu sempre errei, talvez esse seja meu maior erro, errar.
Por mais que eu só tente acertar.
No fundo só quero ser feliz sem se preocupar com meus erros, quero ser feliz pelas vezes que acertei um sorriso no rosto de alguém.
Antes eu tinha uma completa admiração por quem era cheio de certezas e levava embaixo do braço um manual pro sucesso na vida. Achava que se sentir perdido era terrível, angustiante e coisa de perdedores...e confesso que me doía um bocado sentir-me perdida e ter aquelas inúmeras crises existenciais... ( e ainda as tenho...). Hoje, as pessoas que mais admiro são as que se sentem ou já se sentiram perdidas. Quem se perde, é porque busca se encontrar. É porque busca respostas, pois se questiona. Aprendi vivendo, que cada calo que a gente tem nos pés, pelos tantos caminhos que a gente já andou, se transformam em experiências que nos constroem enquanto seres humanos. E sinceramente, eu não abriria mão de nenhum dos meus calos, olhando para todos eles, sorrio e choro por perceber que não mais me ferem, mas que me fazem ser quem eu sou, e me deixam cada vez mais próxima da vida... mais próxima de mim.
Os espiritas acreditam em outras vidas depois desta. Eu acredito em outras vidas nesta própria. A cada pagina virada uma nova vida recomeça!
"(...)Ai depois eu comecei a ter mais prazer pra cuidar do Vovô,quando eu fiquei com ele uma vez no hospital apareceu uma borboleta dentro do quarto, ele ficou apontando pra borboleta e me mostrando direto, ai ele tentava dormir,mas ficava impaciente olhando a borboleta voando pelo quarto do hospital, até que se levantou, eu perguntei pra onde ele ia, de repente ele SUBIU em cima do sofá, eu disse: "Vô cuidado, o senhor vai cair. O que é que o senhor quer? Abrir a janela? Eu abro,espere. " Mas ainda assim ele não desceu do sofá, e eu segurava ele com cuidado, até que eu pude entender quando vi ele pegar a borboleta com a mão,abriu a janela, e colocou a borboleta pra voar lá fora. Eu fiquei encantada! Vovô era incrivel nos menores atos dele.
Lembro que eu fazia de tudo pra agradar ele, chegava banana pra sobremesa ai ele disse que tinha abusado banana, eu lembrei que tinha levado umas laranjas, ofereci, ele olhou meio assim sem interesse, eu descasquei a laranja toda, tirei toda a pele branca e cortei em pedaços até encher toda a vasilha, ai eu disse pra ele comer comigo os gominhos de laranja cortado, ele comia feito uma criança, depois me olhou e perguntou se tinha mais... pra mim, não tinha nada que pagasse aquilo,a minha tamanha satisfação! Ai assim fui descobrindo como cuidar dele, como se cuida de criança mesmo! Um tempo que eu nunca vou esquecer! (...)"
Eu sou do tempo que carro de boi era algo para ir à porta para ver passar, criança dava a benção a pai e mãe, tendo professor como mestre, respeitando e amando, eu sou do tempo que brincar era algo muito bom e prazeroso, eu sou do tempo que quaresma era algo fino símbolo de luto e dor, eu sou do tempo que criança era simplesmente criança. Hoje não tem mais tempo nem de recordar o tempo que passou. Mas a certeza é que ele um dia passa e tudo fica apenas nas lembranças e nada muda, ele continua cumprindo o seu papel, percorrendo o curso da vida, onde todos ficam nas lembranças e o tempo continua a sua caminhada.
Eu sou da teoria que precisamos de alguém que já venha inteiro. Porque a pessoa que vem inteira sabe respeitar espaços, a pessoa que se sente completa aceita que você não é igual, e principalmente, a pessoa que aprendeu a totalidade sozinha sabe que dividir algo com você não implica em nenhuma perda para ela. Acredito que a troca no relacionamento só é completa quando cada um é inteiramente proprietário das suas ações. E que não é a metade da laranja que faz você ser completo, mas as lições que você aprende durante sua incompletude. Essas sim serão imprescindíveis e farão você dividir completamente tudo que existe dentro de você.
Ontem EU era um pequeno rebento, sem discernimento, preocupações e nada. Passou o tempo, vim crescendo carregado de pequenas aprendizagens ou ensinamentos, que agora se tornaram experiencias, que me fazem aguentar e superar Crises
Enquanto eu não fico famosa e o mundo não da logo, aquela volta, sigo eu dando as minhas voltas pelo mundo.
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