Esquina
"Quero tanto esbarrar com você em alguma esquina qualquer das milhares de ruas dessa cidade, te contar o que se passa e como as coisas podem ser. Mas me calo, enquanto o coração manda dizer que eu te amo. Seguro meu coração desesperado, dobro, guardo no bolso, e tento agir com a pouca sanidade que ainda me resta."
CASINHA DA ESQUINA
A casinha da esquina é florida,
há flores de todas as cores,
na casinha da esquina.
Naquela casinha da esquina,
mora toda alegria.
Pássaros cantam felizes
naquela casinha da esquina.
Tem na casinha da esquina,
silencio, graça e harmonia.
Tem paz na casinha da esquina.
Felicidade,
é na casinha da esquina,
porque quem me ama,
está na casinha da esquina.
É minha grande paixão
Que mora na casinha da esquina,
esperando pelo seu amor,
naquela casinha da esquina.
Goiânia
São os pés de Pequi
São os contos de esquina
São Os ipês as florir
Nossa bela menina!
E a cultura do Cine
E a riqueza do Ouro
E o parque dos jovens
De uma tarde tão brava
São os versos do Vento
O bosque em assembléia
O buriti verde em flor
É o amor em expansão
Céu Azul de cor rosa
Conversa afiada, um papo, uma prosa
De uma tarde calada
De um morro o alem da madrugada
São os versos de Hortêncio
São os cantos de orlando
Tanta coisa bonita
Coração do Brasil
Nossa bela menina
Que guarda tanta historia
Vai do choro a Viola
De uma vida em raiz.
Goiânia.
Eu iria à China por você. Então porque diabos você não dobra essa única esquina que separa nossas vidas e vem me ver? Estou cansada dos nossos mundos separados. Eu bem aqui, você bem ai e uma cordilheira inteira entre nós dois. A gente tá o tempo todo tão perto, mas pra cada metro de distância tem 100 quilômetros de motivos pra permanecermos afastados. Esse negócio de você ficar de um lado desejando que eu seja muito feliz com outra pessoa, e eu do outro, abrindo mão do nosso relacionamento pra não magoar ninguém... é muito lindo, pra um santo, um mártir, um masoquista ou qualquer coisa do tipo. Mas pra mim que sou humana, carne, osso e coração... não tá dando. Eu cansei dessa pose de certinha e conformada. Eu preciso dos nossos encontros escondidos, do namoro proibido, da voz baixinha no telefone. Eu preciso desse nosso mundo de coisas erradas que trouxeram pra minha vida a única coisa certa: o amor. Eu cansei de ficar em casa abafando o choro no travesseiro e também cansei de ir pra balada na tentativa de conhecer um cara que deixe de ser só um cara, mas nunca deixa porque nenhum nem sequer imita você. Eu cansei dessa paz que cheira a covardia, quero mesmo é ir à guerra por você. Nada de entregar e sair de mãos vazias, eu te dei meu ombro, meu colo, meu carinho, minha paciência e tou disposta a dar meu sangue e suor se for preciso. Eu vou ferir mais uma vez o meu orgulho e rezar pra que você faça o mesmo, porque eu tou me lixando pro meu ego. Orgulho nenhum dá beijo na boca, faz amor ou te cobre no frio. Eu não quero mais essa sensatez que me obriga a te cumprimentar com um bom dia quando eu tou morrendo de vontade de sentir a tua barba mal feita roçando no meu rosto em cima de uma cama qualquer. Eu não quero procurar novas opções, quando eu fechei a porta pra você eu abri todas as janelas, mas nenhum sol brilhou tanto quanto o seu olhar pousando no meu corpo e eu entendi que não importa quantas opções eu tenha ou quantas janelas eu abra, por nenhuma delas vai aparecer o teu cheiro, a tua voz, o teu toque. Eu não quero aceitar que aquele foi o último abraço, quero que me coloque entre os braços e me aperte, quero que jamais afrouxe, não permita mais que eu escape de você como a areia da praia escapa dos dedos. Eu não tou pedindo, tou implorando pra você cruzar a droga dessa esquina, porque eu estou a um passo de bater na sua porta e eu não quero fazer desse meu desespero um outro fim para nós, eu quero um recomeço, não vai ser a minha procura, nem a sua procura, nem a nossa procura...vai ser o nosso encontro, ou reencontro.
O encontro no perdido
Na esquina, dois lados da rua, dois destinos se perderam. Andar feminino, pés descalços, lágrimas no rosto. Olha o vulto masculino, sem destino, arcado, o frio do vento suprime suas dores. O asfalto devolve seus sonhos.
Olhos sábios de um cachorro
Entro no carro, saio da garagem, fecho o portão.
Paro na esquina olho para os lados, do lado esquerdo da rua dois olhos me observam.
Sim, o olhar de um cão.
Cachorro preto, com manchas acobreadas, da raça “salsichinha”.
Os olhos fixos em mim, serenos.
Olho novamente e percebo na cabeça pêlos brancos ao redor dos olhos e boca.
Aquele olhar sereno é de um cão que demonstra já ter vivido muito.
Impõe respeito, sabedoria.
Com o carro parado espero ele passar e novamente olha nos meus olhos como a me agradecer a gentileza.
Com a firmeza de quem já viveu muito, caminha a passos lentos,
Observador, pára, olha para os lados a observar se tudo está em ordem.
O movimento das pessoas na calçada, os carros a passar.
Segue calmamente e eu parada no carro a observá-lo,
Olha-me novamente,
Seus olhos nos meus refletem um velho cão sábio e cansado.
Um bom cão de rua.
Parece ser respeitado, nenhum outro cão o afronta ou perturba.
No dia seguinte, abro a janela do meu quarto, vejo o cão com o mesmo andar do dia anterior, parado na esquina, outro carro passa, ele olha, o carro passa e ele segue o seu destino.
Estavam os dois sentados no bar/restaurante da esquina. Lembrando os tempos em que costumavam dividir uma mesa de casal, tomar a bebida preferida dele e falar sobre como a vida estava boa. Agora? Ainda tomavam a mesma bebida, mas, eram unidos apenas pela lembrança do que um dia viveram.
- Desde que você se distanciou, minha “vida” ficou tão incompleta. Tão vazia. – ele inspirou devagar, como se quisesse recolher o máximo de ar possível. Palavras. Ele não era tão bom com elas. A garota sabia disso.
- Ah, vamos lá, pare com esse drama medíocre. Você pode viver sem mim. – ela disse em tom arrogante.
- Eu quis dizer que… Você é minha vida. Sempre foi. E bem… Você me deixou há algum tempo… As coisas têm sido difíceis. E se você não tiver intenção de voltar, apenas devolva meu coração.
Virei a Esquina.
Virei a Esquina.
Não tire seus olhos de mim até que eu vire a esquina;
Conte meus passos à medida que eles se distanciam dos seus;
Sinta meu perfume indo embora com minha alegria;
Observe o que você deixou escapar, não foi apenas EU!
Foi EU e mais um pouco de mim, foi tudo aquilo que cativou em dias;
Agora você esta vendo as costas, de quem só te queria te ver frente a frente;
Sem olhar para trás eu vou, se é esse o caminho, eu sigo em frente.
Pisar nas mesmas pedras que me trouxe você não é fácil;
Hoje faço o caminho avesso de tudo que eu conquistei;
Voltando percebo o quanto caminhei pra chegar até você;
No meio do caminho parei com uma vontade louca de voltar;
De jogar tudo pro alto, e correr em sua direção;
Mas pensei NÃO, talvez você não mereças tamanha dedicação.
Ufa! Virei à esquina!
O pior já passou, mas na certeza que ali bem atrás deixei o meu melhor;
Ali mesmo sentei, ali mesmo chorei na curva da esquina eu fiquei;
Lamentei, questionei ali parado falei:
O que sinto por você, nessa esquina deixarei.
Agente sempre espera que o outro tome “partido” nessa situação;
Mas como esperar algo de quem “partiu” seu coração?
Hoje todas as vezes que dobro uma esquina, seja do amor, seja ela da amizade
Percebo que deixei uma rua, mas logo avisto uma avenida cheia oportunidades;
E a ruas de buracos que andei só me causaram “calos de vida”
Virei essa pagina, virei à esquina.
Fuiiiiiii !!!
Talvez a gente na próxima esquina, mas talvez, não nos encontraremos jamais. Essa será uma das últimas cartas que irei te mandar. Guarde sem dor, sem desespero, sem medo a nossa história. Uma das últimas cartas, uma das últimas partículas de sofrimento. Preciso ir, já é tarde. Preciso ir, seguir em frente, ser feliz. Mas não esqueça, não se esqueça jamais dessas minhas palavras amargas e contraditórias. Não se esqueça que o amanhã será melhor.
O amor não se encontra em uma esquina
Amor nao vem rapidamente a você quando quiser
Se tiver que ser será, o destino já tem reservado
Quem nós merecemos e quem nos merece entao nao corra
Atrás de um alguém que nunca te amou se for
Para esse alguém te amar que te ame do jeito que você é.
Trajetória
Em uma esquina dessas da vida, deparei-me
Com a lembrança, o fato e o porvir sentados
Em um banco da praça dos acontecimentos.
A lembrança com seu saudosismo,
Dizia que se fosse o presente, viveria de outra forma,
Viveria sabiamente todas as oportunidades
Que lhe bateram à porta.
Viveria aquele grande amor que escorreu por
Entre os dedos do coração
Por se submeter
Às ordens adversas e interesses de outrem.
O fato, pensativo, dizia não conseguir
Desvencilhar de certos alvitres e correr
Para o abraço do futuro, admite ainda sofrer
Por aquele amor que lhe causou feridas
Por aquelas oportunidades que foram desperdiçadas.
O porvir, vendo a forte ligação entre o passado
E o presente interveio;
O que passou... Passou; nada se altera,
Não se pode sentir no presente algo já vivido, não é
Inteligente bitolar-se em um passado.
Faça desse passado um livro, e vez ou outra folheie
As páginas mais interessantes que te fizeram
Crescer.
Não permita que certos traumas te impeçam
De viver...
Não permita que coisas passadas interfiram
No seu dia,
Viva intensamente a sua presença a cada manhã
E também não se iluda com futuro
Não deposite todos os seus sonhos em longo prazo
Faça com que seus sonhos sejam diários
Não espere previsão à longa distancia.
A vida tem seu curso
E é urgente a necessidade de ser feliz, e o tempo minha gente?
O tempo não para.
Este pode ser o dia em que a lua ficara amarela, e nós estaremos na esquina esperando a luz passar.
Não se esqueça de escovar os dentes antes de dormir, e se cubra bem deixando aquela mania noturna de afastar o edredon com os pés.
Por ultimo, não se esqueça nunca de olhar as estrelas todas as noites como eu fazia, elas só brilham por você
e elo amor que você sente em observa-las.
A solidão adormece
corro à esquina
sento
é uma mesa pequena, vermelha
pulsa meu coração
abro uma garrafa
viajo por teus olhos
vejo uma lua minguante das noites árabes,
e sei,
o tão quanto deverei
e vou...
adormeçer ao seu encanto.
Você me dói dentro de cada garrafa, em cada gole, em cada esquina, em cada rombo. Te sinto nos fios de cabelo, nos póros, nos dedos, na ressaca e na dor. Diga que vai me salvar, diga que vem antes que eu me jogue da torre.