Espinho Rosas
E eu que achei que você era a minha flor, acabou se tornando o meu espinho. Machucou, cortou, dilacerou e deixou em meio a dor o meu pobre coração.
Abre espaço pro tempo, sem julgamentos no canal da moda, que o espinho é alegria, e, ninguém se incomoda, aparência é exigência subjetiva, ainda, então, docemente sejam os padrões, objetivos, definidos igualmente, sem o sufocar da expressão no elemento do gentilmente, já que beleza é sabedoria da mãe natureza, em constante edificação, se porventura a ti insistir a gula, é criança gerando em outra estação, prá surpresa de outra aglutinação em perfeição, ativada pela excelência da esctesiada sensação de motivação.
"Caminhando"
Os meus pés cansaram nesse caminho
Onde encontrei muito espinho
Mas a esperança batia forte
A esperança convenceu que teria sorte
Reparei que a cada passo
A linha de chegada parecia mais distante
Pensava: O que faço?
Decidi, deste caminho já é o bastante
Neste caminho nenhum respeito e consideração encontrei
Só desprezo, descaso, mentiras e enganação achei
Esse caminho já era
Será que outro caminho me espera?
Queria que a caminhada não tivesse sido em vão
Queria ter cruzado a linha de chegada, fazia questão
Desse caminho que muito gostava
Mas invisível neste caminho estava
A esperança engoli
Muitas coisas sofri
Outro caminho vou seguir
Outro caminho a ir
Vida que segue
Ferida para cicatrizar
Dor que não se mede
Bora para frente caminhar
O leite do amor
Me faz florir de felicidade
O botão desabrocha
Quando adquiro maturidade
Os espinhos me tocam
Quando minha pele arrepia com vontade
O sorriso me abre
Quando exalo o perfume da sensualidade
A beleza me cabe
Quando eu dispo minh'alma em liberdade
E a vergonha me cora
Quando eu sofro de saudade
E me secaram as lágrimas e as pétalas
Quando exalei a essência na puberdade
E me tornei um jardim exuberante
Quando me tornei mulher de verdade!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Abstrato.
Não se pode tocar.
O pranto de sangue.
A dor do espinho no coração.
Valores.
O que diz a canção.
Valores abstratos.
Aprender.
Não se cansar.
Perdoar.
Compadecer.
Compartilhar.
Doar.
O pranto volta a joar.
Porque o sangue bombeia pecado.
Examinar a intimidade é perigoso.
Não se tem mais inocência.
Criança fui.
Hoje imundo.
Covarde como o mundo do poder.
Se tem opção.
Porque corromper.
O medo.
A fraqueza.
A ambição.
O homem.
O ser mais perfeito.
Confronta com o contraditório.
O perdão irrisório.
Não, não.
Esse é o poder necessário.
Pois o capacitado ficou precário.
Hoje.
Nada mais importa.
Se não posso vencer a lama.
Vou tentar atravessar o drama.
Extremo.
Céu e inferno.
Se vou me queimar.
Apelo.
Pela súplica de fraqueza.
O gozo da eternidade.
Da outra vida.
Do novo céu.
Que ainda sangrando de dor.
Alimento.
A esperança.
Na terra.
Que ainda sou réu.
Tato.
Ato.
Fato.
Pensei.
Sonhei.
Tudo abstrato.
Giovane Silva Santos
Hoje eu sei...
A vida não são só flores
Nos ramos e galhos da vida existem folhas e noutros espinhos. As folhas caem e os espinhos machucam. A cada um cabe a decisão de varrer as folhas do chão, de arrancar os espinhos da pele ou simplesmente desistir das flores. Afinal, ainda há a opção das artificiais que nunca murcham.
Hoje eu sei...
Varrer folhas secas não é tarefa fácil, o vento nem sempre favorece; arrancar espinhos da pele, por vezes causa mais dor, mas o perfume que as flores exalam é qualquer coisa viciante para um bom apreciador de aromas, sejam eles suaves ou intensos
Hoje eu sei bem...
Que entre a suavidade e a intensidade, a vida nos desafia a fazer escolhas e escolhas nem sempre são fáceis.
Não se trata de ganhar ou perder, afinal em um ou em outro caso, sempre haverá o que perder... e o que ganhar!
Trata-se sim de entender que viver é uma arte indefinida. Aqui se canta e se baila, os ritmos são aleatórios. A nós cabe-nos a atenção, a coordenação, e a agilidade.
Aqui também se pintam quadros abstratos que nem sempre conseguimos interpreta-los. Cabe-nos aprecia-los!
O teatro e o cinema também fazem parte do show da vida, mas, nalgumas vezes, as cortinas se fecham sem grandes aplausos. Caberia-nos ensaiar melhor, se a vida permitisse ensaios. Mas ela não permite! Então, cabe-nos dar o melhor de nós e fazer nossa melhor atuação, hoje.
Hoje eu entendo...
Que entre dramas, romantismo, comédia e aventura o que a vida exige de cada um de nós é que dominemos a arte do malabarismo e que saibamos nos equilibrar nos pinos que ela nos impõe.
Desistir deixa de ser opção!
Porque a vida é tão astuta, tão caprichosa que ainda que percamos o equilíbrio, que deixemos as folhas secas pelo chão, que larguemos os espinhos pelo corpo e que decidamos não dançar ao ritmo de sua música ela continurá a ostentar as melhores flores pelo seu jardim e a espalhar pelo ar seu melhor aroma. A nós cabe-nos rendermo-nos aos caprichos da vida e Viver!
A rosa desferida
Olhamos uma rosa!
É linda, toda vermelha, viva,
vamos pegá-la e um espinho
nos crava no dedo.
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E as pessoas?
Cravam seus espinhos,
porém muito mais dolorido
do que os da rosa.
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Estes chegam ao coração e nos domina.
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Os espinhos da rosa
secam ao sabor do tempo,
já os espinhos humanos
continuam ao sabor da renúncia.
Vejo muito espinho no jardim aonde tanto cuidei, e me lembro que colhi muitos frutos no deserto que andei.
Uma semente chamada ingratidão.
Inverno eterno
Se me falta seu suave carinho,
terno como a rosa sem espinho,
me torno decerto incompleto,
e de angústia e solidão repleto.
Nestes tristes momentos etéreos
de solitários sentimentos férreos,
a mim infrinjo estranhos sofrimentos,
quais indiferentes rigorosos invernos.
Como se as estações de todos os anos,
em uma única estação de tristes enganos,
repetisse indefinidamente a solidão.
Não há céu, não há chão, tua mão...
teus carinhos que se vão, ficam somente,
saudades perdidas nesta emoção.