Espinho
Inalando seu cheiro
Expirando desejo
Corro pra vc
Corro de vc
Confusão letal
Espinho na cervical
Imóvel na sua
Me movo nas ruas
Noite a dentro e a lua
Sendo o centro
Em suas mãos me protejo
Seu beijo meu tormento
No seu abraço me esqueço
Quem eu sou ja não lembro
Só eu sei que o momento
É no silencio arredio
Desate o nó que nos uniu
Não te querer é um desafio
A rédia tem espinho.
É flor quando o roteiro está pronto.
Crescer, formar, multiplicar seja o material ou laços sanguíneos.
Tudo deve ser como, nasceu pra ser.
Nem esquerda, nem direita, você só poderá seguir essa trilha.
Caminho feito para você andar, não se desviar, nem questionar da batalha que você nasceu pra travar.
Ser você e tomar a rédia do seu cavalo ou deixar que outro cavalheiro
decida por onde você vai estar.
As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenininha
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina.
A gota d'água, um manso lago
O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar.
O bico de pão, o Corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados,
Ovelhinhas pelo monte.
"A mulher cresce entre aplausos e delicadezas —
tão cercada por flores que qualquer espinho a dilacera.
O homem, entre silêncios e socos —
tão acostumado a espinhos que uma única flor o desmonta.
Ela sangra quando é esquecida.
Ele renasce quando é lembrado."
— Purificação
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O Espinho que Sustenta o Luxo
William Contraponto
O lixo na cidade se acumula,
O luxo segue o mesmo caminho.
A bandeira de poucos trêmula,
Enquanto a maioria pisa espinho.
O grito da fome é contido,
abafado por telas brilhantes.
Um povo cansado e esquecido,
som perdido em ruas distantes.
As praças se tornam vitrines,
com passos de pressa e descaso.
Erguem-se muros e confins,
derruba-se o humano no atraso.
O poder se veste de ouro,
mas seus pés tropeçam na lama.
Promete futuro sonoro,
entrega cinza e mais trama.
Enquanto se erguem palácios,
ergue-se também a miséria.
Nos becos, os corpos cansados
carregam a dor que não cessa.
E o tempo que passa impassível
não limpa a ferida exposta.
A cidade, em ciclo terrível,
repete a mesma resposta.
Soneto da desilusão
A vida é o lento abrir da desilusão,
cada saber revela o espinho oculto;
a mente cresce, e com ela a aflição,
pois o véu cai, deixando só o vulto.
Não é que o tempo tenha se tornado
mais áspero, sombrio ou desumano,
é o olhar que, enfim, foi despertado,
e já não vive do consolo insano.
A consciência pesa, mas liberta,
ao sábio ensina a ter leveza e calma;
se tudo é sombra, a impermanência é certa.
O apego fere, o silêncio embala e acalma;
e no vazio, a verdade se desperta:
não há prisão maior que a própria alma.
Roberval Pedro Culpi
28/07/2025
Um espinho no pé só dói em você e ninguém vê, mas, a decisão de retirar o espinho e por fim ao seu sofrimento, somente cabe a você.
“O espinho na carne me ajuda a evitar o desejo perturbador da altivez que constantemente paira sobre o meu ego quando percebo que realizei algo de bom.
Ele é necessário, pois faz parte do que nos aproxima de Deus, e não do que nos afasta d’Ele.
O espinho revela o quanto sou necessitado da dependência de Jesus e me conduz a abandonar qualquer ideia de autossuficiência.
Portanto, não deve ser removido, mas aceito, para que “o poder de Deus se aperfeiçoe na fraqueza” (2 Coríntios 12:9). A graça d’Ele nos basta.
Em resumo, não peça a Deus que tire o seu espinho na carne, mas que este se torne fonte de motivação, dependência e esperança — conduzindo-o a uma vida de profundo relacionamento com Ele”.
(2 Coríntios 12:1-10, NVI)
Por Charles Ferreira Brasil de Oliveira
SONETO DO RISO HUMANO
A angústia Sartriana, tristeza do primata
espinho que maltrata a alma com terror
quicá fosse alegria, espasmos de amor
o riso é inumano, ilusão da vida ingrata.
Da vida idealizada, da paz tão almejada
De medos, incertezas, daquilo que queremos
de tudo que sonhamos, até do que vivemos
o riso é um disfarce, uma máscara condenada.
A nos questionar se somos gente ou animal
o riso humano revela o que tentamos esconder
práticas inconfessáveis, ora de bem ora de mal.
Onde mora a dor, o choro espera o riso
tudo o que fazemos, queremos um motivo
o homem sonha a vida, a morte o paraíso.
Evan do Carmo 07/04/2018
Beijo sem amor é como espinho...
Com o tempo, isso vai sangrando o caminho...
Abraço sem carinho é um tapa desfarçado...
Com o tempo, isso arde o caminho a ser traçado...
Troca-se a verdade pela falsidade...
Na frente... Face a face...
Flor é flor, espinho é espinho, os dois juntos se chamam vida, se encontrando no cobiçado jardim do néctar da paz."
A dor, mas intensa que Jesus teve que suportar na cruz do calvário, não foi à coroa de espinho, não foi os pregos em suas mãos e pês e muito menos a da lança perfurando uns do lado de sua costela. Com certeza a dor mas terrível que Jesus experimentou como homem, foi o peso dos pecados do mundo inteiro que ele atraiu para si, para que hoje fossemos livres. Mas, o mais impressionante é que apesar de tudo isso muitos ainda insistem em viver de baixo do julgo da religiosidade.
Podemos nos machucar
no espinho da dor ...
Mas sempre encontraremos no caminho
alguém que nos afague com uma flor .
Podemos presenciar de perto um amor se distanciando...
Mas sempre veremos uma andorinha sozinha no céu voando.
Podemos abrir os olhos e só enxergar a cor da desilusão ...
Mas sempre um silêncio aquecerá o vazio do nosso coração .
Podemos nossa alma no cansaço da vida ferir ...
Mas sempre uma nova aurora há de esperança nos luzir.
Podemos na dificuldade o pão na mesa ter que regrar ...
Mas as nossas mãos sempre estarão dispostas a trabalhar .
Podemos nas noites sem luar sentir tormento ...
Mas pela fresta da janela há de adentrar um suave vento .
Podemos todo dia uma luta ter que travar ...
Mas sempre teremos um céu anil a nos acompanhar .
Podemos no mar da saudade ter que mergulhar ...
Mas sempre existirá um cais de calmaria a nos esperar .
Podemos sofrer, chorar, nos ferir , doer , amargar ...
Mas jamais ...
Jamais estaremos sozinhos !
Porque onde quer que a gente vá. ...
Sempre existirá um Deus generoso a nos acompanhar.
Gratidão é a palavra certa para representar tudo o que sou, pois onde eu encontrei espinho dele fiz brotar a flor.
Quando eu não quero querer. O querer se torna um mero acaso, apenas um espinho que precisa ser removido.
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