Escritor
"Desde de criança ser apenas um herói não bastava, eu queria ser vários.
Creio que foi por isso que me tornei escritor."
Às vezes, sacrificar um sonho, é a única forma de conseguir levantar da cama pela manhã. E às vezes, preservar um sonho, também.
Hoje eu acordei pensei vou viajar
Chegar em um mundo descente
Chegar em algum lugar,
Onde eu possa ser eu mesmo,
Onde vou abrir minha mente ,
Onde a Arte faz parte da parte
Que falta na gente...
Espero que não pense que sou um monstro por escolher minha vida, ao menos uma vez. Foi preciso deixar meu sonho e meu amor morrerem para que eu percebesse que ainda estava viva. Só sei que não posso continuar naquela personagem, aquela versão mal-acabada de mim, um zumbi que se perdeu. Tudo o que preciso é de uma chance de sair desse beco no qual me encontro. Entenda, há coisas que, depois que descobrimos, nunca mais nos deixam voltar atrás. Não é como se você pudesse esquecer aquilo o que aprendeu.
Santuário Teu
Perambulando cordial impertinência,
Vagando rumo à religiosidade,
Fulminado pela vã clarividência,
Templo de heresias frívolas e infiéis.
Nessa nossa sonhadora inocência,
Ignoramos romantismo, iluminismo e breu,
Escuridões ingênuas, raciocínio infantil,
Absolutismo nosso em santuário teu.
Vinde a mim motivação findável,
Não se encerre garoada de chuviscos,
Seja audacioso quando ácido banhar-te,
Em riscos permanentes seremos menos cruéis.
Dê trela e torne-os teus atrelados,
Os outros tantos hão de enternecer,
A única disposição incurável,
É a trouxa infalível da transformação.
Nessa nossa sonhadora inocência,
Ignoramos romantismo, iluminismo e breu,
Penumbras bucólicas, raciocínio infantil,
Absolutismo nosso em santuário teu.
Perambulando cordial impertinência,
Vagando rumo à religiosidade,
Fulminado pela vã clarividência,
Templo de heresias frívolas e infiéis.
Nessa nossa sonhadora inocência,
Ignoramos romantismo, iluminismo e breu,
Escuridões ingênuas, raciocínio infantil,
Absolutismo nosso em santuário teu.
Vinde a mim motivação findável,
Não se encerre garoada de chuviscos,
Seja audacioso quando ácido banhar-te,
Em riscos permanentes seremos menos cruéis.
Dê trela e torne-os teus atrelados,
Os outros tantos hão de enternecer,
A única disposição incurável,
É a trouxa infalível da transformação.
Pra quem visualiza a mensagem e não responde, eu não desejo mal. Só desejo que uma abelha acerte bem no meio do seu olho. Mas na parceria tá?
Prezada Lívia
Nem sempre você conhece,
A pessoa que amará para sempre.
Vez por outra isso acontece
E nos damos conta que o definitivo,
Se transforma inapelavelmente.
Derramaram sobre nós
Responsabilidades intransferíveis,
Que jamais reivindicamos.
Deslocando-se suavemente,
Abastecida de parcimônia,
Timidamente determinada,
Convictamente relutante.
Nossos rótulos rudimentares, arcaicos,
Protegem-nos deste relevo futurista,
Onde as tendências fracassaram suntuosamente.
No consciente coletivo,
Caminha o acomodado consumista,
Monstruoso decrépito egoísta,
Enclausurado pelo protótipo cosmopolita.
Retrógrados, ultrapassados,
Sobrevivendo da armadura autista,
O severo retrocesso anacrônico,
No espírito fraterno do anarquista.
Seres rebeldes de uma causa delirante,
Na proa atracada descarregando enlaces,
Amotinados na embarcação extravagante,
Ancorei a inspiração nas maçãs de tua face.
Prezada Lívia, venho por meio deste
Enfado, dizer-lhe o quão frutífero
Tem sido, nosso vínculo antiquado.
Nem sempre você conhece,
A pessoa que amará para sempre.
Vez por outra isso acontece
E nos damos conta que o definitivo,
Se transforma inapelavelmente.
