Escritor
Eu só quero poder acreditar em Deus, cara.
Do meu jeito, à minha maneira e com um objetivo real e prático. Sem nenhum religioso fanático, me dizendo o que eu não posso fazer. Sem nenhum cientista lunático, me dizendo o que eu devo fazer.
Para que escrever? Não levo junto comigo até o final. Não sei, mas e por que não escrever? Escritos são eternos. (12/01/2018)
Tudo nesta vida escapa de nossas mãos, a vida é efêmera, os momentos são fugazes. Nada se leva, até mesmos as frases e as palavras já não são mais minhas. Então por que escrever se nem elas me pertencem? Elas ficam aqui de presente, por fim, ao mesmo tempo são eternas. Mas entanto por que não escrever? Se elas surgem, tratarei de escrever!
As palavras são minhas armas, com elas ataco o opoente.
As letras são minhas amigas, desabafo através delas.
A poesia é meu espelho, reflete minha alma.
Os textos são minha voz, meu grito e meu apelo.
Sou amante da arte de escrever, gosto de me expressar.
Sou poeta? Escritor? Sei lá!
Sou apenas um alguém, que descobriu como juntar as letras, criar palavras, fazer uma frase, transmitir emoções, ideias e paixão.
Sou um pensador com uma caneta, letras e emoções.
No início, desejamos mudar o mundo. Então o tempo passa e com ele, se vão as esperanças, ideologias, sonhos e utopias. Enfim, você compreende, que a questão nunca foi mudar o mundo e sim, sobreviver a ele.
Estradas
(Victor Bhering Drummond)
A dica é Simples assim: seja dono dos seus caminhos, estradas, veredas, alamedas, avenidas.
Não espere que o outro abra as portas, porteiras ou limpe a estrada pra você passar. Toque você mesmo a companhia, se apresente, pule os obstáculos ou continue mesmo assim, ainda que haja pedras, parafraseando o outro Drummond.
Eventualmente você irá desbravar tudo. Em outros momentos, a estrada estará pronta pra você. Que caminhará muitas vezes sozinho. Em outras, encontrará quem te estenda a mão ou lhe fará uma deliciosa companhia.
Mas mesmo quando sentir que está peregrinando em uma jornada solo, lembre-se: em algum lugar do Universo, tem Alguém Poderoso cuidando para que ao final da trilha haja um rio caudaloso de vida esperando-te pra você se refrescar!
(Av. Corrientes, Buenos Aires - lá no fundo, o Obelisco. Atrás dele, toda a região dos importantes teatros da cidade. Do lado em que estou, belos prédios Art-Noveau e todo o charme do microcentro)
Só resta tempo para viver...
Ao mesmo tempo, pelo que se vive e se escreve. (E por o que se vive se escreve).
(08/02/2018)
De tanto respirar diferentes formas de arte, estranho seria se eu não me aventurasse por essa jornada.
Invada minhas ruas
(Victor Bhering Drummond)
Cruze todas as minha ruas
Tropece em meus cruzamentos
Feche minhas avenidas, artérias
Vielas e becos pra você passar
Interrompa o guarda da esquina
Avance os sinais
Devore minha faixas de pedestre
Piche as paredes das minhas fantasias
Mas simplesmente não deixe o fluxo parar
Ele corre solto de dentro de mim pra você
E volta como uma enxurrada caudalosa
Pra mim, de dias ardentes e tempestuosos
De verão e paixão.
DEMOCRACIA
A democracia, tão exaltada por tantos, parece trazer seu significado muito bem modelado...
Democracia é safar-se das responsabilidades adquiridas através das ações?
Democracia é ter direito a dilapidar o patrimônio público e não responder por isso, perante a lei e a sociedade?
Democracia é o impedir do ir e vir de uma população para seus mais diversos afazeres?
Democracia é uma sociedade inteira pagar pelo capricho de pessoas que não tiveram seu desejo satisfeito?
Democracia é ser roubado e, ainda, permitir que o ladrão da sua dignidade transite livremente pela sociedade como qualquer cidadão honesto?
Democracia é deixar que o mau governo leve um país à bancarrota sem nada se fazer?
Democracia é deixar se governar por indivíduos que apresentam a face da verdadeira capacidade ou seja, ingrupir toda a sociedade?
Democracia é permitir que o criminoso concorra a pleito eleitoral?
Democracia é deixar uns tantos destruir um Pais, a pátria de outros tantos?
Democracia é deixar um governo tirar de seu povo, o pouco que ele tem, para dar a outro povo?
Democracia é deixar o próprio País passar por dificuldades enquanto seu dinheiro vai cobrir as dificuldades de outros Países?
Democracia é deixar bandidos no comando do País?
Democracia é desrespeitar, ameaçar e desafiar a justiça?
Democracia é violar os direitos e a dignidade de uma gente?
Democracia é saber-se errado e mesmo assim manter postura desregulada do que seria o bem de uma gente?
Democracia é fazer políticos como patrão acima do real patrão que é o povo?
Não existe democracia, quando tudo acontece e o responsável se passa por inocente. Só isso já faz da democracia uma mentira.
...
A democracia, tão exaltada por tantos, parece trazer seu significado muito bem modelado pelos interesses ou pensamentos próprios.
Crítica teatral para peça “Las Heridas del viento”
(Víctor Bhering Drummond -Buenos Aires, 08.04.2018)
Fui convidado (ou presenteado) pelo grande e sensível ator Miguel Jórdan para a estreia de sua peça “Las heridas del viento” no @teatrobuenosaires
Dirigida por Gastón Marioni e protagonizada por Miguel e seu ótimo parceiro de cena, Mariano Fernández, a obra do autor espanhol Juan Carlos Rubio é um grande questionamento sobre as crenças que temos sobre o amor.
E leva este poderoso sentimento à um lugar vazio do espaço. À uma página em branco. Onde fisica e emocionalmente os personagens de Miguel e Mariano se lançam ao completo desconhecido. E nestas páginas em branco, as sensações e projeções do amor podem ser escritas e interpretadas de acordo com o desejo do coração de cada um.
“Las heridas del viento” é uma comédia dramática em que se questiona o que é o amor e como ele ecoa para cada ser. Os caminhos de personagens que nunca se encontraram se cruzam quando o pai de David (Mariano) morre e este, incumbido de repartir os bens, encontra tórridas cartas de amor que seu pai recebia de outro homem (papel de Miguel).
Nessa longa e dolorosa estrada, os personagens apresentam de maneira brilhante e orgânica (a leveza, segurança e poesia de Miguel são emocionantes - tanto é que levou o prêmio Estrella del Mar por sua interpretação na estreia em Mar del Plata. - e a convicção de Mariano em defender o filho cheio de dúvidas e amargores existenciais flui com muita naturalidade) a necessidade de entender quem é o falecido pai-amante, a reavaliação do que é o amor, o perdão e a revisão dos conceitos sobre solidão, paixão, entrega, paciência e como curar com valentia, coragem e claro, sofrimento, as feridas deixadas por ecos de amores silenciados.
(Domingos a las 19 horas | $ 300.- Promoción: 2 localidades x $ 400.-
Rodríguez Peña 411 - CABA / 5218-5238)
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Estamos para o futuro como os símios estiveram para a transição
com os primitivos neandertais, evoluindo, iniciando os primeiros avanços,
serão necessários dezenas de milhares de anos para o homem dominar o tempo,
os elementos, o mundo em sua grandeza microscópica e macroscópica
e compreender sobre a manipulação das leis da física a favor do universo.
"Em volta da mesa estava ele, aguardando que os convidados chegassem. Aos poucos foram chegando; assentou-se o amor, arrastou suavemente a cadeira, a elegância. A leve (e forte) luz acendeu o candelabro para o jantar. E a harmonia reinou absoluta na cabeceira. Todos os convivas se olharam e se amaram, como se fosse a primeira vez." (Convidados - Victor Bhering Drummond)
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Translações
Dentre trezentos e sessenta e tantos dias,
Que compõem os anos,
Foi este que escolhemos,
Foi neste que estreamos,
Juntos.
Entre presentes e vestimentas finas,
Roupas íntimas e trajes estranhos,
Nos trajamos na nudez,
Viemos da raiz aos ramos,
Juntos.
Hedonista convicto,
Extremista libertário,
Pretendente insensato,
Contra-o-verso persistente.
Trezentos e sessenta e tantos dias,
Uma volta completa, nossa intersecção.
Ângulos retos, agudos, completos,
Juntos e obtusos, radianos ou não.
Um aspirante a aprendiz,
Vitorioso em fracassos,
Submetido a tuas normas,
De anormais embaraços.
Recolhendo estilhaços,
Contorcionista teu,
Teu trapezista hilário,
Teu tristonho palhaço.
Na linha horizontal
somos pontos de fuga,
Irradiamos proporções em plena vertical,
Desequilíbrio, assimetria e relatividade,
Nossa constituição é desproporcional.
Contorcionista teu,
Recolhendo estilhaços,
Teu trapezista hilário,
Teu tristonho palhaço.
Na linha horizontal
somos pontos de fuga,
Nossa constituição é desproporcional.
Abrimos mão do consenso
Sobre a resposta correta,
Trezentos e sessenta e tantos dias
Ou uma volta completa.
