Escritor

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Muitos livros devem o seu sucesso à afinidade entre a mediocridade das ideias do escritor e as do público.

Um escritor é alguém congenitamente incapaz de dizer a verdade. Por isso, o que ele escreve chama-se ficção.

Há quem creia ser um grande escritor porque todos o lêem; e há quem creia ser um grande escritor porque ninguém o lê.

Se um jovem escritor conseguisse abster-se de escrever, não deveria hesitar em o fazer.

O escritor precisa de quase tanta coragem como o guerreiro; um não deve preocupar-se mais com os jornalistas do que o outro com o hospital.

O escritor quer escrever a sua mentira e escreve a sua verdade.

O grande escritor não precisa ser nem muito inteligente nem muito culto. A inteligência e a cultura são contudo indispensáveis nos escritores menores.

Todo o escritor que é original é diferente. Mas nem todo o que é diferente é original. A originalidade vem de dentro para fora. A diferença é ao contrário. A diferença vê-se, a originalidade sente-se. Assim, uma é fácil e a outra é difícil.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

O homem não pode trair o escritor, mas o escritor deve sempre trair o homem. Quando assume a condição de escritor, ele deve ficar acima do homem.

Um escritor não lê os seus colegas: vigia-os.

Só se pode julgar um escritor depois de terem morrido todos os críticos da sua época.

Um escritor chega à velhice quando suspeita que o artigo que está a escrever já tinha sido escrito por ele no passado.

Quando um escritor se transforma num clássico, já não há necessidade de lê-lo: basta citá-lo.

Cada escritor tem os leitores que merece.

O maior livro de um escritor é, em geral, o primeiro que tenha escrito.

Se um escritor quisesse demonstrar que a liberdade não lhe é necessária, pareceria um peixe querendo convencer-nos de que a água não lhe é útil.

O dinheiro não traz felicidade — para quem não sabe o que fazer com ele.

Machado de Assis

Nota: Autoria não confirmada.

Escrever e ler são formas de fazer amor. O escritor não escreve com intenções didático-pedagógicas. Ele escreve para produzir prazer. Para fazer amor. Escrever e ler são formas de fazer amor. É por isso que os amores pobres em literatura ou são de vida curta ou são de vida longa e tediosa.

No meu trabalho, como escritor, eu só fotografo, em palavras, o que vejo. […] Meus dias, meus anos, minha vida viu altos e baixos, luzes e trevas. Se eu escrevesse só e continuamente da “luz” e nunca mencionasse o outro, então como artista eu seria um mentiroso.

Acho que o escritor deve escrever para a alegria do leitor.