Escritor
"Não faça sua luz brilhar em cima das limitações dos outros. Um dia ela se apagará e os limitados nem perceberão"
Avô Avelino
(Uma homenagem ao Seo Avelino, um avozinho charmoso)
Eu estou fascinado
Encantado eu estou
Eu estou encantado
Com o homem que é meu avô
É um velhinho charmoso
Arrumadinho e cheiroso
Gosta muito de TV e adora ouvir um rádio
Não dispensa um chocolate e devora pão com ovo
Eu estou fascinado
Encantado eu estou
Eu estou encantado
Com o homem que é meu avô
Ele ama minha avó
Para ele, ela é tudo
Mesmo depois que ela partiu
Sempre e sempre a amou
Eu estou fascinado
Encantado eu estou
Eu estou encantado
Com o homem que é meu avô
Trabalhou a vida toda
Ele sempre trabalhou
Educou todos os filhos
Com suor e muito amor
Eu estou fascinado
Encantado eu estou
Eu estou encantado
Com o homem que é meu avô
- Ele é o pai do meu pai
- E da minha mãe também
- Quero ele só prá mim
- Não dou ele prá ninguém
Eu estou fascinado...
Meu amigo Raucci: uma lição de vida.
Este artigo é dedicado, com todo carinho, a um grande amigo que nos deixou há 14 anos, Dr. José Armando Raucci, e à sua família, Cleide, Ana Cláudia, Paulo e Rogério, e aos netos. Ele foi um dos maiores administradores que o Brasil já conheceu, hoje algo tão difícil em nosso país. Daí a razão desta merecida homenagem.
Uma lição de vida!
Cada um de nós tem um amigo, ou uma amiga, que faz uma grande diferença, em algum momento de nossas vidas, ou durante toda nossa existência.
Eu, quando jovem, prestei concurso público e fui trabalhar na CEF - Caixa Econômica Federal, em São Paulo.
Com aquele espírito de conquista, de descoberta, de idealismo, que norteia a vida de todo jovem, principalmente daqueles que vivem no interior e vão para a capital, entrei de corpo e alma no trabalho.
Era uma época bonita na CEF, nós estávamos na década de 70, com o Brasil em pleno desenvolvimento. O próprio País se descobrindo e construindo seu futuro, como nós, jovens idealistas, construíamos o nosso.
Na educação, nas artes, na indústria, na política, na tecnologia, havia um espírito de esperança, de certeza de um futuro melhor.
- Só mais tarde descobri que, na realidade, via fora o futuro que desejava para mim.
As portas estavam abertas para o crescimento profissional, dentro da CEF, para todos aqueles que, como eu, preocuparam-se em investir em cursos, palestras e seminários dos mais diversos tipos.
Foi nessa época que tive a felicidade, e a honra, de conhecer o Raucci, um dos seres humanos mais incríveis que alguém pode ter como amigo e um dos maiores administradores que este País já teve.
Eu, aos 23 anos, um subgerente idealista, com visão local, querendo reformar o mundo. Ele, um diretor operacional com a visão do todo, e cuidando do "local".
Antes que o conhecesse pessoalmente, sem que eu soubesse, ele me “adotou” como um filho ou irmão mais novo , cuidava de meus passos, guiava meus caminhos e protegia meu futuro profissional.
Quando à beira dos "abismos da vida", lá estava ele estendendo a mão, me aconselhando, me ensinando a navegar, como se fora um professor que cuida do aluno do primeiro ano escolar, me orientando e me mostrando o norte.
Como jovem Gerente de Agência e Instrutor de Gerentes, costumava contestar as decisões da administração superior, que me parecessem injustas para com os clientes (mais uma vez olhando o local!).
Ele, em uma sexta feira à tarde, chamou-me à sua sala e, gentilmente, mostrou-me o "geral".
Disse-me, com toda paciência, de forma didática até, que precisávamos construir a casa tijolo por tijolo, e muitas vezes refazer paredes, para que a construção ficasse sólida: "O bom pescador é paciente e não faz barulho".
- Melhor, doce amigo Raucci, é o pescador que preserva e respeita os peixes menores! Você sempre foi mestre nisso.
Em pouco tempo, levou-me para uma chefia de divisão na Gerência de Administração e Recursos Humanos, a sua Gerência Operacional, na Avenida Paulista onde, por seis anos, vivi em um paraíso de realizações, sendo orientado por um dos maiores Administradores que o Brasil já conheceu, Dr. José Armando Raucci.
A grandeza do filho, do irmão, do esposo, do pai, do tio e do amigo; A visão de futuro, a produtividade, a lealdade, a bondade e a generosidade deste homem, dignificaram e dignificam a Raça Humana.
São, e o serão, pela eternidade, um pleito diário de gratidão à criação divina e à beleza do Reino de Deus.
Em um dia de fevereiro, hoje distante em minha lembrança, e presente em todos os meus dias, estive com o Raucci, no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
Fui convidado a auxiliar na sua movimentação na cama para que recebesse os medicamentos do dia e, para isso, tive que abraça-lo carinhosamente.
Lá fora a tarde se acabava e caia a noite, o sol ia se despedindo de mais um dia, de mais uma jornada. Já sem poder falar, meu querido amigo, de tantos anos, pegou em minha mão com carinho, de forma característica, e despediu-se de mim.
No dia 02 de março, uma quinta-feira, despediu-se de todos nós.
O país, naquele dia, perdeu um de seus grandes homens, ouso dizer um de seus maiores homens, e Deus recebeu um de seus maiores e mais queridos filhos.
Por favor, meu amigo Raucci, onde quer que esteja, seja lá a missão que esteja desempenhando agora, continue olhando por nós.
Está, e sempre estará em nossas orações, e em nossos corações.
Dia do Psicólogo, dia da compreensão
Claudias, Alines, Ritas, Karinas, Vivianes
Deborahs, Rosas, Brancas, Marias
Paulos, Pedros, Joãos, Antonios
Saulos, Andrés, Norbertos, Mauros
Alciones, Neides, Rosálias, Marcelas
Letícias, Susannes, Carolinas, Suelys
Robertos, Aparecidos, Renatos, Torquatos
Evandros, Silvios, Adrianos, Josés...
Por trás de tantos nomes, e de todos os nomes, tanto amor
Por trás de tantos outros que não cabem neste espaço
Dedicação e oração, oração com devoção
Devoção com compreensão, do outro e de si mesmo
Compreensão do humano e do divino, que habita o humano
Compreensão de como somos, todos, e de como podemos ser
Com a ajuda de pessoas que dedicam a vida à ajuda
À ajuda ao semelhante, a um semelhante melhor
Que nasce e renasce a cada dia, a cada encontro
Compreendendo o espelho que somos nós
E nos ajudando a compreender como se espelhar no bem
E como compreender o bem dentro de nós mesmos
Projetando, assim, o bem à nossa volta
Fazendo, assim, nascer e renascer um novo dia
A cada encontro, a cada dia, e em todos os dias
Nos encantando a alma, nos dignificando a vida
Nos mostrando, com doçura, a alegria de se viver
o bom viver.
Observando essa monstruosa cachoeira de palavras tão seguidamente solicitadas e produzidas, confesso que elas significam para mim uma vida perdida. Possibilidades vagamente vislumbradas que nunca se realizaram. Uma luz que lampeja para logo desaparecer. Alguma coisa vagamente apreendida, com uma música distante ou um perfume indefinível; alguma coisa cheia de encantamento e promessas de êxtase. Muito, muito distante no entanto próxima; no extremo limite do tempo e do espaço, no entanto na palma da minha mão. EM qualquer caso, tanto perdida na mais remota distância como ao meu alcance - inatingível. Nenhuma luz duradoura que a de um fósforo aceso numa caverna escura. Nenhum êxtase a experimentar - somente uma porta que se fecha, e o eco de passos cada vez mais fracos descendo uma escada de pedra.
A jovem que concede ao namorado a exigida prova de amor, poder tirar nota Dez na hora do exame e ver-se abandonada com um complicado ZERO, depois!
Que bom seria se: onde se lê “ao lado de um homem bem-sucedido, há sempre uma mulher bonita”, pudesse ser lido “ao lado de um senhor afortunado, há sempre uma parceira benemérita”!
A civilização não é apenas da cidade, como também a selvageria não é só do mato. Existem bípedes hostis transitando pelas ruas e quadrúpedes amistosos caminhando pelos pastos!
Eremita é também quem, no meio de tudo, vive próximo só de si mesmo e longe... muito longe de servir às boas causas!
Vagabundo é quem se acomoda, deixando que suas curáveis infecções demoníacas, se transformem numa diabólica enfermidade eterna!
“Meus textos não são como se fala para todos da sala ouvirem. As vezes são tímidos, silenciosos, mas doloridos”
“Quando escrevo, preciso enfrentar com antecipação as emboscadas dos(as) leitores(as), mas não se trata de paranoia”
