Escritor
Assim como o homem não é o mesmo ao entrar no rio pela segunda vez, o escritor também muda junto de seus pensamentos. Ao reler opiniões de anos passados, percebo a transformação em minha visão, a evolução da minha percepção. Como as águas do rio, meu crescimento é contínuo, nunca se detém.
O fotógrafo e o escritor são dois protagonistas ocultos da história do mundo... Um registra através de imagens e o outro descreve os detalhes da história.
TODO ESCRITOR É POETA?
Todo escritor é poeta?
Todo poeta é escritor!
A sua poesia é honesta
Perante olhos do leitor...
Em toda noite tem festa?
Nem todo dia faz calor!
Quanto de tempo resta?
A visitar-me, meu amor...
Se o céu é uma linha reta...
Ele tem a cor que o dou
Nasce lá uma rosa ereta
E nasce todo tipo de flor...
Há no universo, uma fresta...
E ninguém por lá passou
É onde o verso atravessa
É onde o poeta tem louvor...
(TODO ESCRITOR É POETA? - Edilon Moreira, Novembro/2019)
Lidar com algumas pessoas é como ler um livro que o escritor se perdeu em seus capítulos por falta de entusiasmo. Cujo final do conto não foi o esperado. No primeiro momento o leitor ficou impressionado pela beleza da capa, mas o conteúdo foi uma grande decepção.
"A vida é como um filme, e nós, os seres humanos, somos os atores. Deus é o escritor e diretor, e a cada cena, a cada nova vida, aperfeiçoamos nossos conhecimentos e colecionamos novos dons."
Cícero Geimerson é escritor e estudante de Direito.
Autor das obras Não Durma, Acorde e O CEO e a Babá, escreve para tocar onde a fala não alcança — entre o medo, o amor e a consciência.
Suas histórias misturam realidade e imaginação, sempre com um toque de crítica e sentimento.
Transforma o que sente em frases, e o que observa em histórias.
Não escreve para agradar — escreve para despertar.
Vejo o escritor como um semeador,
plantando ideias no vasto labor.
No solo da existência, fértil e profundo,
crescem os frutos do entendimento fecundo.
Livro: O Respiro da Inspiração
[Enquanto houvesse algo
que nunca fosse inventado]
sou um escritor
extremamente
preguiçoso.
não quero saber
nada sobre literatura,
não me interessam
os autores,
não quero saber
nada sobre poesia.
nunca termino
um livro,
nunca penso
sobre escrever,
exceto,
quando estou escrevendo.
quando escrevo,
sou a pessoa
mais determinada
que já conheci
e já conheci
muita gente determinada.
quando escrevo,
me torno a sinergia gritante,
ecoando incessante,
a concentração das forças
que convergem,
divergem e dissipam.
me torno
a manifestação avassaladora,
da poderosa máquina
neurobiológica.
a sensualidade manifesta,
materializada sinapticamente,
no acasalamento dos neurônios.
18/11/23
NA QUINTA ESTAÇÃO...
Livro: NÃO HÁ ARCO-IRIS NO MEU PORÃO.
Autor: Escritor:Marcelo Caetano Monteiro .
A chuva não caía — ela tocava.
E cada gota era uma nota.
Cada nota, um passo de Camille no silêncio do mundo.
A música não vinha de fora: ela nascia da própria água que se desfazia no ar, tocando vidraças com um compasso que parecia ensaiado por um maestro ausente. Mas eu sabia — era ela.
A chuva era a música.
Não se podia distinguir quando o som virava líquido ou quando o líquido virava lembrança.
A canção se dissolvia em gotas finas e melancólicas, e cada uma delas trazia uma sílaba do teu nome, Camille, como se o céu sussurrasse teu rastro.
E eu, ali, imóvel, encharcado de ti.
Tudo vibrava em uma mesma frequência: os pingos, as cordas invisíveis do violino que eu jamais vira, a harmonia do teu perfume — absinto e jasmim — que emergia do asfalto molhado como se a cidade também te procurasse.
Não era nostalgia.
Era possessão.
Aquela música que chovia estava viva, e era tua.
E pela primeira vez compreendi o que é uma presença não ser corpórea, mas sonora. Camille não veio. Camille aconteceu.
Como se a tua existência tivesse sido reduzida a uma partitura de água, tocada pelas nuvens, naquela quinta estação onde só nós dois existimos — tu, dispersa em som e chuva... eu, diluído em espera.
E toda vez que chove assim, ainda que ninguém perceba, a mesma melodia volta.
A mesma. Sempre a mesma.
Como se a quinta estação não tivesse acabado —
ou como se eu nunca tivesse saído dela.
Recolhimento de Camille
Então ela surgiu.
Não com passos. Não com palavras.
Mas com um sorriso.
Um sorriso em delírio, feito de algo que o mundo desaprendeu:
viver sem saber que se vive.
Ser por inteiro sem a obsessão de se compreender.
Camille, ali, diante de mim — e ainda assim inatingível — era o retrato vivo daquilo que a humanidade perdeu quando começou a pensar demais.
Ela sorria como se o sorriso não lhe fosse emprestado pela razão.
Sorria porque o coração dela não sabia fazer outra coisa senão dançar com a música invisível da existência.
E era ali, na chuva já quase cessa, que eu compreendia:
Camille não se dava conta de que vivia.
E por isso vivia mais do que qualquer outro ser.
Se existiam partituras, haviam sido abandonadas.
Porque a melodia dela era espontânea.
Porque a música que ela era dispensava pauta, regência ou intenção.
Camille era um som antes de ser um nome.
Era um momento antes de ser uma história.
E talvez seja por isso que nenhum sofrimento a tocava como a nós.
Porque só sofre profundamente quem se vê como personagem.
E Camille...
Camille era o próprio enredo sem precisar de roteiro.
Observei-a por um longo instante —
recolhi sua imagem não com os olhos,
mas com o que resta de fé em mim no que ainda é sagrado.
Naquela quinta estação, eu soube:
todo ser humano deveria ser assim.
Sentir o silêncio significa ouvir um pranto sentido, mas não derramado, de um escritor que foi morto pelas palavras falseadas.
O levar dos minutos arrasta a realidade e ao atravessar o silêncio de uma ponte de névoa eu me transformei em neblina.
O vazio diz para a esperança desistir porque nada tem sentido. A esperança afirma que ela é palavra e concreto, indestrutível e incorruptível.
Vida e morte se encontram no mesmo instante e o que é eterno morre e renasce no mesmo insight das palavras não ditas, mas sonhadas.
Existidor – mistura de existir e dor.
Exemplo: Ela existidou até o último instante.
A alma é para o tempo assim como o corpo está para morte. A alma se esvai com o tempo, assim como o corpo se esvai para a morte.
Um estado pusilânime se apossou dos convidados em coro lastimável entremeado de dor e silêncio.
No seu quarto silencioso a dor apareceu como um fantasma e ela em meio à sua solidão desértica derramou seu pranto fúnebre.
Daria voz à melancoalegria, mistura de melancolia e alegria. Seria uma alegria triste, como o sorriso da Mona Lisa.
Ser humano é dançar com as estrelas no espaço cósmico.
Definição de Inspiração Bíblica:
“Inspiração é a revelação de Deus comunicada por meio de escritores humanos que usaram suas próprias mentes, suas próprias palavras, suas experiências e vocabulário; porém, Deus, de forma soberana, organizou suas vidas, pensamentos e escolhas de tal maneira que as palavras que eles livremente escreveram eram exatamente aquelas que Ele, desde a eternidade, determinara para comunicar Suas verdades.”
25 de Julho
*Aniversário da #ABL-Dia Nacional do Escritor*
Ode ao Escritor
Abençoada é a mão do escritor
que faz da palavra
um lume na escuridão
que costura silêncio e sonho
em versos de redenção...
É ele quem dá voz
ao que o mundo cala
quem ouve o sussurro
do tempo
e escreve com a alma
aberta, ferida
e farta de sentir...
Do caos
ele tece sentido
do amor
faz abrigo
do medo
um poema
do instante
eternidade...
Semeia letras no papel
como quem planta futuro
cada frase
um sopro de mundo
a germinar consciências...
Escritor
guardião da memória
alquimista do verbo
voz dos que
não puderam falar...
Neste dia
reverencio tua coragem
teu ofício sagrado
de transformar
dor em beleza
e silêncio
em liberdade...
Parabéns e Gratidão!
✍©️ @MiriamDaCosta
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