Escrevo o que Sinto
Sinto uma necessidade extrema de estar sempre a criar algo.
Executo-as com paixão, todas ao mesmo tempo.
Mas não me apego a absolutamente nada do que eu crio.
Sequer tenho um livro meu. Sequer guardo fotografias,
diplomas, resultados, honrarias.
A única coisa que me interessa é criar.
= Este é o meu sentido da vida. ;D
Eu sinto falta de ligar o celular e ter uma mensagem sua dizendo que vai dar tudo certo. E sorrir mesmo estando numa fila gigantesca para o táxi. Não tem poesia nem palavra difícil e nem construção sofisticada. O amor é simples como sorrir numa droga de fila. E não se sentir mais sozinho e nem esperando e nem desesperado e nem morrendo e nem com tanto medo.”
"Eu tenho medo da força absurda que eu sinto sem você, de como eu tenho muito mais certeza de mim sem você, de como eu posso ser até mais feliz sem você."
Às vezes é difícil esquecer:
"Sinto muito, ela não mora mais aqui"
Mas então, por que eu finjo
Que acredito no que invento?
Nada disso aconteceu assim
Não foi desse jeito
Ninguém sofreu
É só você que me provoca essa saudade vazia
Tentando pintar essas flores com o nome
De "amor-perfeito"
E "não-te-esqueças-de-mim"
Já que tenho de salvar o dia de amanhã, já que tenho que ter uma forma porque não sinto força de ficar desorganizada, já que fatalmente precisarei enquadrar a monstruosa carne infinita e cortá-la em pedaços assimiláveis pelo tamanho de minha boca e pelo tamanho da visão de meus olhos, já que fatalmente sucumbirei à necessidade de forma que vem de meu pavor de ficar delimitada – então que pelo menos eu tenha a coragem de deixar que essa forma se forme sozinha como uma crosta que por si mesma endurece, a nebulosa de fogo que se esfria em terra. E que eu tenha a grande coragem de resistir à tentação de inventar uma forma.
Então sinto falta. Aí vou na esquina e cato o primeiro que passar. Quanto custa? Vamos lá, qualquer um.
Me dá notícias. Se encontrar um daqueles telefones, ligo qualquer noite (...). Sinto saudade, ando meio só. Um beijo, cem beijos.
Sabe o que eu sinto? Tem duas coisas me puxando, dois tipos de vida — e eu não quero nenhum deles. Quero um terceiro, o meu.
Sinto que este é um período de luta depois do qual tudo deve abrir, ficar mais fácil, menos batalhado. Quero que daqui pra frente a vida seja hoje. A vida não é adiável.
De vez em quando me sinto um pouco sozinho, porque as minhas estorelhas amorosas continuam não dando certo nunca, mas logo passa. Tenho paciência e confio que Jesuzinho um dia e de repente me mande uma pessoa divina-maravilhosa. Ou não: mas de qualquer forma tenho a minha tarefa.
Estou absolutamente cansado de literatura; só a mudez me faz companhia. Se ainda escrevo é porque nada mais tenho a fazer no mundo enquanto espero a morte. A procura da palavra no escuro. O pequeno sucesso me invade e me põe no olho da rua. Eu queria chafurdar no lodo, minha necessidade de baixeza eu mal controlo, a necessidade da orgia e do pior gozo absoluto. O pecado me atrai, o que é proibido me fascina.
Com certeza eu nunca vou me esquecer de você. Umas das coisas que existem nesse mundo que mais me fazem lembrar de você é o pôr do sol. Aquele tom alaranjado é o meu Rivotril. É a coisa mais linda olhar o pôr do sol indo em bora e sentir dentro do peito quem ama.
O porta-retrato, a decoração
Pedaços de uma história, emendo tudo
Então relembro o passado achando sua face
Pedindo pro futuro que tudo passe
Simplesmente estou louco,mesmo quando estou só eu a vejo
,quando escrevo digito seu nome quando sorriu escuto sua voz .Por que? Por que eu não pedi isso , mais eu sinto sinto somente ela,apenas ela
ESCREVO
Escrevo quando sinto, mesmo quando nem ao menos sei o que escrevo
Mas sinto e isso me consome
Tenho que escrever quando o desejo me vem
Porque em outra hora não o encontro
E o sentimento do que escrever já passou
E daí a ideia já se dissipou
E talvez ela tenha corrido e encontrado uma outra mente
E mãos que estejam disponíveis para ela.
E assim, sabendo disso, quando ela me vem, eu encosto um outro afazer
Para escutar o que ela tem a me dizer
Porque é importante e preciso compartilhar com alguém
Que de repente queira consumi-la. E ao ser consumida não cessa ali
Porque se incorpora nesse outro alguém que a ela juntará uma outra palavra
E assim o fluxo da escrita passará e passará e viajará de leitor para escritor
E de escritor para leitor, quando ela cessa em um instante para um e nasce para outro,
É hora de pausar a escrita, até uma nova visita.
É INS/EXpiração ,
dialogismo.
