Escrevo
CANETA
Rayme Vasconcellos Soares
Trabalho calada, escrevo segredos
Entre dedos de formas diversas
Concluo contratos ou mesmo distratos
E sou companheira de muitos poetas
Palavras belíssimas e até desacatos
Histórias, estórias, raríssimos fatos
Erros absurdos, absurdos relatos
Canções geniais, históricos tratos
Cartas românticas, não ligo semânticas
Bilhetes, sem nada de estéticos
Poemas sinceros no voar do ônibus
Conselhos patéticos, recados sintéticos
Trabalho calada, mas, muito, eu sei
Às vezes jogada, nunca reclamei
Mas inútil e borrada, largada fiquei
Quando uma papelada inutilizei
Trabalho calada, escrevo segredos
Entre dedos de forma diversas
Trabalho calada, descrevo segredos
Ah, se eu falasse! Talvez morresse cedo.
Escrevo poesias. Escrevo algumas linhas. Quando vejo o papel, eu reparo que na verdade é um espelho. Nele encontro tudo: menos a minha face.
Escrevo estas lamuriosas linhas
Na esperança de nunca ter que lê-las
Ou entrega-las a ti.
Sinto minha alma fatigada em esperar de ti
Alguma reciprocidade em relação ao que sinto.
Vejo-me como um miserável mendicante
A suplicar por um pouco de carinho de ti.
Essa fadiga me gangrena a alma,
Destruindo-me pouco a pouco,
Bem lenta e dolorosamente.
Meus olhos se iludem,
Mas meu coração vê que minha morte é inevitável
Com o partir de nossas almas.
Como gêmeos siameses que fomos durante anos,
Nessa cisão um terá de ser sacrificado.
E serei eu.
Pois não poderei sobreviver fora de ti
Ou com você fora de mim.
Quero muito estar errado.
E espero em Deus que isso nunca venha nos suceder.
Foi pelo temor desse dia chegar
Que me mantive sempre inalcançável
Ou inatingível todos esses anos.
E agora que aprendi a ser tudo o que queria de mim,
O resultado final é o fim.
Onde foi que nos perdemos?
Em que parte do caminho seguimos por lados opostos?
E como pudemos prosseguir por tão longo tempo
Na ilusão de estarmos ainda caminhando juntos?
Meus olhos se abriram
E vejo que tua imagem a meu lado é só uma miragem desesperada
De quem não aceita admitir que esta só.
O sonho acabou?
Para onde iremos?
Reúno os fios de orgulho e de amor próprio
Que ainda me restam escondidos e esquecidos
Em um canto qualquer de minha alma e deixo-te.
Sim me vou embora.
Sei que morrerei sem ti,
Mas tenho esperança de que um dia
Eu possa renascer em um amor talvez não igual ao teu,
Mas apenas o suficiente para me trazer de volta a vida,
E me fazer novamente sonhar com um amor
Igualmente correspondido e devotado.
Peço-te que ao menos me deixe ficar com as crianças.
Pois seria menos penosos para mim,
Tê-las como parte de você que um dia me pertenceu por completo (?).
Finado...Fabricio
Meu coração é o papel em que eu escrevo incansávelmente quando sinto. Dentro dele: a vida, as pessoas, sentimentos e o mundo. A saudade é a minha maior inspiração, sou altamente nostálgica, sensível e intensa. Meu negócio é sentir, enquanto bater esse coração aqui, sentir e escrever.
E quando parar de bater: não dobre, não rasgue, não jogue o meu papel fora. Eternize em você.
O Motivo
Já faz tempo que eu não escrevo como antigamente, esse antigamente q nem faz tanto tempo assim, mas q passou e eu esqueci com o tempo as coisas q me faziam escrever, sobre as coisas da minha vida, da minha alma, do meu coração, mas agora eu resolvi voltar, pra escrever meus motivos.
Eu tinha diversos motivos pra escrever, mas alguns eu realmente não lembro, os bons motivos são fáceis de lembrar, amigos, momentos felizes, histórias da infância, presentes, família e amor, principal motivo. Mas os ruins eu não me lembro, são poucos, eu garanto, e não moram na minha mente, nem no meu coração.
Há um motivo ruim que sempre me fez escrever, pensar e falar, esse eu não tenho como esquecer, vive comigo como uma pessoa, como a minha sombra, me acompanha sempre em todos os lugares, me faz pensar antes de agir e falar, me segura nos momentos de ansiedade e bloqueia gestos e palavras em momentos de felicidade, é um sentimento que me rege sempre, me preparando para o pior, ou pelomenos evitando que eu erre ou sofra, mas muitas vezes esse mesmo sentimento me faz sofrer, exatamente por não me deixar viver, bater a cabeça, errar, fazer besteiras sem pensar, como qualquer ser humano.
Sei desde quando esse sentimento mora aqui e nem faz tanto tempo assim, aprendi a viver com ele, deixei que tomasse conta de mim, guiando meus sentimentos, gestos, palavras e até minhas lágrimas que quando teimam em cair pelo meu rosto me levam para um quarto escuro e solitário, onde acontece a maior briga entre minha razão e meu coração, quando um já não compreende a existência do outro, assim esse motivo ruim que me faz escrever hoje vai levando minha vida pra um caminho diferente de tudo que um dia eu sonhei ser e ter. E eu não deveria dar tanto valor pra algo que não me faz tão bem assim, escrevendo linhas e mais linhas sobre ele, sobre o que é e o que faz comigo, mas foi a forma que encontrei de contar sobre algo que surge em minha mente todos os dias que acordo, permanece comigo e a noite dorme ao meu lado.
E todo esse tempo, anos e anos, tentando entender os motivos dos meus caminhos, eu só aprendi a ter Medo, assim mesmo, com letra maiuscula, como um nome próprio, de gente, simplesmente pq é isso que ele é hoje, esse Medo é alguem que dorme, acorda e vive comigo todos os dias, sem nem ter pedido licença pra entrar na minha vida, tomou conta e me submete a obedecê-lo sempre, em qualquer que seja o momento.
Não tenho vergonha de falar que tenho Medo, faço calculos para não errar, se algo me faz sentir incapaz ou perceber que não convem, esse mesmo Medo me faz parar, desistir, não tentar, melhor assim sem tentativas, sem sofrimentos.
Dentro de todo esse Medo há aquele motivo que fez isso nascer em mim, há um momento que funcionou como o estopin para que isso fosse criado, há uma história, uma lembrança que foi alimentada e assim cheguei aqui, e precisei mudar pra usar esse Medo a meu favor, tornei-me fria, menos sorridente, mais cautelosa, um pouco depremida, um tanto quanto distante do mundo que me cercava, hoje eu busco um lugar só meu pra viver e desabafar esse meu Medo entre quatro paredes de um quarto ou um céu enluarado que escuta minhas confissões sem julgar nem questionar.
Esse motivo é o oposto do Medo, o contrário de tudo que possa torna-se ruim, o amor fez nascer esse Medo, amor de uma vida sem conciência, vivida plenamente sem medos, sem invasões, um amor que nasceu pra felicidade e morreu para a magoa, tudo em um só coração, com o tempo e a distância que tomei das coisas o Medo foi encontrando o seu lugar, a cada lágrima que caia, um espaço abria e assim o Medo entrava, saia um pouquinho de amor e entrava um pouquinho de Medo. Passaram-se os anos e o que deveria ser uma fase, tornou-se permanente.
Mora em mim esse Medo, não há como deleta-lo, pois as lembranças existem e fariam o Medo voltar toda vez que uma lágrima insistisse em escorrer pelo meu rosto, mas como tudo que fazemos e plantamos nessa vida, com o tempo as coisas amenizam e tornam-se comuns, o cotidiano e o comodismo caminham juntos e novas lembranças são criadas todos os dias, preparar o coração é simples, dificil é convencer a razão de que tudo muda todos os dias, que renascemos a cada 24horas com uma nova oportunidade pra vencer esse Medo.
Tenho o Medo da vida, de viver e sofrer, por isso prefiro evitar alterações, permaneço no presente, lembrando do passado e esperando o futuro...
Escrevo o que sinto num momento de plena
Comunhão e intimidade com o CRIADOR...
Ele me inspira e me faz transformar
Em versos a minha emoção do nosso momento!
Autoria: Leila dos Reis
Quando a alma entristece, eu escrevo. Fica mais fácil contar para o papel os meus lamentos. Ele lê paciente, não dá palpite. Uma ótima válvula de escape. Um ótimo ouvinte. Pena que não me consola. Há se papel abraçasse!...
"Viver tudo aquilo que escrevo, além de utópico, seria ignorante e pretensioso. Penso porém que, com metade daquilo que acredito, já teria concretizado minha emancipação humana, se fosse mais além poderia ser canonizado".
Eu escrevo poesia e fantasio e dou vida a sonhos
Eu só falo e escrevo da maneira mais real possível sou transparente, e isto assusta.
Você vai saber o que eu escrevo e vai saber quem sou?:
Faz pouquíssimo tempo que eu escrevo.
escrever não é propriamente um sofrimento,mas uma obrigação.
A Literatura me sustenta no meu pensamento, e me livra-me dos pensamentos ruins.
Só atinjo minha verdadeira capacidade de ser um poeta.
O que eu busco escrevendo é saber quem sou.
Quero dar o melhor de mim, ir ao extremo de mim mesmo. esse é o meu objetivo na literatura e na vida.
Eu sou uma pessoa que gosta de estudar, e ajudar os próximos os meus amigos e as pessoas que me rodeiam. são como minha família também por que eu convivo com eles todos os dias da minha vida quase sempre.
Quando eu estou longe dos meus amigos e amigas eu fico pensando o que eu devo fazer para poder vê-los.
Eu fico muito triste quando não vejo os meus melhores amigos.
Talvez as coisas que eu escrevo seja ilusão de alguém que te amou, que transforma toda nossa história em glamour.
Talvez tu tenhas só me usado mesmo, talvez eu fosse aquela menina que tu sabias que terias em mãos.
Mas a minha incerteza fica naquilo que fazias, algumas ações tuas eram mais que palavras.
Manipulador? talvez.
Talvez, talvez, talvez.
Poder Te Amar
Isso qu eu escrevo agora são palavras improvisadas,
são versos inversos e insanas toadas
são juras sinceras e suplicas inebriadas
são palavras de amor que escrevo e mais nada.
É minha alma pulsante que agora sinto morrer
e se meus olhos não sentem em teus olhos o mesmo querer
e se a penumbra ofusca o semblante do teu ser
acho que não mais vale a pena viver...
E se morrer é dificil, viver é presciso mas sem você é impossivel
e se lutar não consigo não vai demorar muito pra eu me entregar,
e te dizer que meu mundo resume-se todo em poder te amar
e que você é meu tudo, minha deusa, meu mundo,minha agua, meu ar..
sem você sou metade, sou ruina da saudade que habita meu lar
sou fumaça, e fogo que a agua da chuva vem apagar
sou um copo vazio ou apenas um rio que nunca encontrará o mar
sem você sou um nada, sou um trecho de estrada onde ninguem quer passar...
E o silencio da morte que paira ao norte eu sinto chegar,
me dizendo de longe, corre e se esconde, mas não quero escapar
e o brilho em teus olhos que outrora me ofuscava eu quero avistar
e dizer que te amo no ontem, no hoje, e sempre vou te amar...............
autor: Cleiton Souza
Preciso escrever toda informação que absorvo. Quando não escrevo, lentamente vou esquecendo do que sei. Na verdade, eu penso que esqueço, mas ta tudo aqui, quieto, esperando a hora de ser exprimido.
Ou eu escrevo poemas uma madrugada inteira sem parar, bebendo uma vodka, ou escrevo meu testamento tomando um copo de veneno.
VIDA
Faz tempo que não escrevo nesse diário
Já é hora de deixa-lo de lado
Comecei a escrever quando achava que algo ia acontecer
Nada aconteceu
E o diário perdeu o seu significado
Hoje no colégio fiquei nervosa e senti tontura
meus amigos pediram para me acompanhar até em casa
passei na farmácia e comprei um analgésico
Estou grávida vou ter um filho
Em dias incertos tive relações
Talvez seja um filho o que falta em minha vida...
Acontecer ou não acontecer
Ele insiste em telefonar
mas eu nunca mais atendi o telefone
Mando dizer que não estou
Tinha necessidade dele mas agora
A intimidade esta quebrada
não o amo
Inclusive a esse filho que esta nascendo em mim
Pela primeira vez na minha vida
tenho que tomar uma decisão
que ninguém mais pode tomar em meu lugar
Logo mais eu destruo esse diário
Não precisarei mais dele
E talvez...
