Escrever Livros
📖 Prefácio do Livro
Eu nunca quis escrever um livro.
Essas páginas surgiram porque eu não tinha mais onde gritar.
Enquanto uns escrevem pra vender sonhos, eu escrevo pra não enlouquecer.
Cada crônica, cada verso, cada frase cuspida aqui, foi arrancada no tapa pela vida.
Não espere encontrar heróis nessas linhas.
Eu não sou um deles.
Sou só mais um filho da favela, que aprendeu cedo que abraços apertados escondem punhais,
e que o amor, quando não mata, vicia.
Esse livro não é pra quem quer se sentir bem.
É pra quem tem coragem de encarar a própria hipocrisia no espelho.
Se você chegou até aqui, bem-vindo ao caos.
Não prometo redenção, mas te garanto que a verdade aqui não tem maquiagem.
Assinado,
Valter Martins / Santo da Favela
Bom dia, meu amor! Eu só queria dizer que amo escrever com você cada letra, cada frase e cada página da história das nossas vidas. Esse nosso livro pode ser cheio de altos e baixos, mas existe amor em cada capítulo.
Adorava se perder entre as páginas do livro. Em dias em que a realidade parecia pesada demais para suportar, as histórias eram sua salvação.
Sabia que um livro não era só um livro. Tudo tinha um significado. Havia uma teia invisível que conectava as palavras. Era como magia.
Desenhe a arte que quer ver, comece o negócio que quer gerir, toque a música que quer ouvir, escreva os livros que quer ler, crie os produtos que quer usar – faça o trabalho que você quer ver pronto.
Não escrevo a lápis para não poder apagar o que foi escrito. Nada deve ser omitido.
Sabes, o que aprendi, com a tua ausência? Que ninguém morre, por sofrer, por amor. Pelo menos, não, no sentido literal, da palavra.
Li, algures, que “as pessoas preferem apegar-se às memórias porque, por muito que as pessoas mudem, as memórias não mudam”. Acredito, que seja verdade. As memórias, são algo a que nos apegamos. Simplesmente, porque, quando, são boas e importantes para nós, não nos queremos desapegar delas. É normal. Contamos com elas, porque, sabemos bem como são.
Mas, é necessário, muito tempo, para limpar feridas. Para elas sararem, e apenas, serem cicatrizes que passam despercebidas.
Desapegar, mostra que conseguimos ser bem mais fortes, do que antes. E conseguimos, efetivamente. Ninguém morre por se desapegar. Ninguém sofre uma vida inteira por desapego. Sofre-se, por se querer continuar, no meio dos medos. É, por isso, que se sofre. Pela incerteza do que acontece depois. Pelo medo do vazio. Porque o desapego, é simplesmente, uma mudança em nós.
Há sempre uma música. Aquela, que define um casal. Aquela, com que cada casal, se identifica. Aquela, que cada casal, tem orgulho de dizer que é a sua música.
Nós nunca tivemos a dita música… não porque, não quiséssemos ou que não encontrássemos… Simplesmente, não tivemos, porque eu nunca me consegui decidir nem encontrar apenas a dita música para nós.
Sempre considerei que éramos, e que somos ainda (mesmo que afastados), um conjunto de várias músicas, de diferentes estilos, diferentes cantores, ou seja, uma miscelânea.
Nem todos os casais têm A TAL música… Nós, temos uma banda sonora inteira, só nossa…
Era, impossível, conseguir escolher, apenas, uma.
Bolas, raio de fotografia, tão perfeita. Bolas, o nosso olhar ser mesmo nosso, e não para a máquina.
Sim... é possível amar de novo, conhecer alguém, deixá-lo entrar, deixá-lo pertencer e deixar-me pertencer.
Um dia gostava de ir falar com a tua ausência. Bater à porta, e dizer, minha amiga, temos muito que conversar.
Podias, ter partido, de uma forma mais simples, sabias? Partido, sem nunca, ter entrado na minha vida.
Não vou morrer por te amar. Pelo menos, não, no real sentido da palavra. Mas, vou-me arrastando e sentido a dor, que o nosso não reconhecimento me causa. Repito, não vou morrer por amor. Mas, vou sentido o desgosto, e esse tipo de morte é mais ingrata.
