Escravidão
Tema: Formas de combater o trabalho análogo à escravidão.
A Constituição Federal de 1988, norma de maior hierarquia jurídica brasileira, assegura a todos o direito à vida, liberdade, igualdade, segurança e à propriedade. No entanto, ainda há muito a ser feito para combater o trabalho análogo à escravidão e a desigualdade social. Dessa forma, é necessário que os parlamentares fomentem a ideia de criar leis rígidas e projetos a fim de inibir a segregação racial, religiosa e cultural.
A propósito, segundo pesquisas realizadas pela Agência do Brasil em 2023, o país resgatou cerca de 3.151 trabalhadores em condições análogas à escravidão. É notório que os órgãos fiscalizadores deixam a desejar no sentido de fiscalizar, principalmente nos campos onde se cultiva café, cana-de-açúcar e outros plantios, nos quais o índice de segregados é maior. Portanto, é imprescindível que os órgãos fiscalizadores contratem mais pessoas qualificadas, pois não se pode permitir que as pessoas desrespeitem o direito alheio, o qual todos, sem exceção, detêm.
Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul e ativista político considerado um ícone da paz, dizia: "Para ser livre não é apenas se livrar das correntes, mas viver de uma forma que respeite e aumente a liberdade dos outros". Ele foi um dos responsáveis por acabar de vez com o apartheid do século XX na África do Sul. Além disso, afirmava que "a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo".
Urge, portanto, que os legisladores desta nação busquem mecanismos para criarem projetos educacionais, religiosos e sociais. É necessário fortalecer as leis, tornando-as mais rígidas, e elaborar projetos educacionais e sociais para mitigar a separação por raça, religião e cultura. Todos, desde a infância até os mais experientes, devem se conscientizar de que não há distinção alguma entre os seres humanos, garantindo a todos a igualdade.
Assunção
O amor é o pior tipo de escravidão. Quem ama não é livre, pois depende do outro para ser completo. Não pode haver felicidade na incompletude. Um sentimento "inocente" e puro pode tornar-se no maior de todos os tormentos se não tiver correspondência ou houver a impossibilidade de se concretizar.
O sistema corrompe a escravidão vem de nos mesmos por acharmos que só na selva existe a lei da sobrevivencia .
Não luto para libertar um povo que ama a escravidão com a vida
Mas lutarei para manter a minha liberdade porque vivendo ou morrendo serei livre do mesmo modo.
Rastejando em decomposição, essa é a condição
Vai sangrando, nessa escravidão a tua mente é a prisão
- Drama da Realidade
ATENÇÃO PLENA OU MINDFULNESS COMO LIBERTADORA DA ESCRAVIDÃO DO PECADO NO HOMEM
Para que a Atenção Plena ou Mindfulness funcione não só como Calmante Natural mas também como Libertadora da escravidão do pecado ou dos apegos, deve ser realizada pela Alma como uma importante etapa secundária da Investigação de si mesma para a visão ou percepção de si mesma como uma entidade distinta do Espírito, da Consciência, da Mente e do Corpo no Organismo em que se encontra.
A escravidão nunca deixou de existir.
A diferença entre ontem e hoje é meramente semântica.
30/08/2024
Se amas a liberdade, porque se acomodou com a escravidão?
Antes de libertar, já fostes liberto?
Se não enxerga mais o que é ser livre, como poderá guiar alguém?
Antes do grito de independência,
ouça os oprimidos...
e o silêncio de seus gemidos!
A vida dos negros no Brasil após a abolição da escravidão em 1888 foi extremamente desafiadora. Embora a Lei Áurea tenha libertado formalmente os escravizados, ela não proporcionou nenhum tipo de suporte ou reparação, deixando milhões de pessoas em uma situação de vulnerabilidade social e econômica. Aqui estão alguns pontos sobre como era a vida dos negros no Brasil nesse período:
Condições de Vida
Falta de Assistência: Após a abolição, não houve políticas públicas para integrar os negros libertos à sociedade. Eles não receberam terras, indenizações ou qualquer tipo de suporte financeiro.
Trabalho: Muitos ex-escravos tiveram que continuar trabalhando nas mesmas fazendas onde eram escravos, mas agora recebendo salários miseráveis. Outros migraram para as cidades em busca de trabalho, enfrentando discriminação e sendo frequentemente forçados a aceitar empregos de baixa remuneração e condições precárias.
Habitação: A maioria dos negros libertos vivia em condições de pobreza extrema. Nas cidades, eles formaram comunidades em áreas marginalizadas, muitas vezes em favelas
Discriminação e Racismo
Racismo Institucional: O racismo continuava profundamente enraizado na sociedade brasileira, dificultando ainda mais a integração dos negros libertos. Eles enfrentavam discriminação em todas as esferas da vida, desde o emprego até a educação e habitação.
Legislação Prejudicial: Algumas leis e práticas discriminatórias continuaram a marginalizar a população negra, como a proibição de práticas culturais africanas e a repressão violenta de qualquer forma de resistência.
Cultura e Resistência
Cultura Afro-Brasileira: Apesar das adversidades, os negros no Brasil mantiveram e adaptaram suas tradições culturais, religiosas e musicais. Essas expressões culturais, como o samba, a capoeira e as religiões afro-brasileiras (como o candomblé e a umbanda), tornaram-se importantes formas de resistência e identidade.
Movimentos Sociais: Gradualmente, começaram a surgir movimentos sociais e organizações que lutavam por direitos civis e pela melhoria das condições de vida dos negros, embora o progresso fosse lento e difícil.
Educação e Saúde
Acesso Limitado: A maioria dos negros libertos teve pouco ou nenhum acesso à educação formal, o que limitava suas oportunidades de ascensão social e econômica.
Saúde: As condições de saúde também eram precárias, com acesso limitado a serviços médicos e altas taxas de mortalidade infantil e doenças
A abolição da escravidão no Brasil
foi um marco importante, mas a falta de políticas de inclusão e reparação deixou um legado de desigualdade e discriminação que ainda persiste até os dias de hoje.
Onde encontro o meu mundo?
A escravidão foi um sistema cruel que visava explorar e tirar proveito dos africanos.
A cor da pele não determina a bondade ou maldade de uma pessoa.
Todos os seres humanos, independentemente da sua cor de pele, têm igual valor e merecem respeito.
O racismo é um problema grave que se baseia em conceitos falsos de superioridade e inferioridade baseados na cor da pele.
É essencial desafiar e combater o racismo e promover a igualdade e a inclusão de todas as raças.
As pessoas devem ser valorizadas pelo seu caráter, talento e contribuições para a sociedade, não pela sua cor de pele.
Deus não faz acepção de pessoas com base na cor da pele e todos foram criados à Sua imagem.
Cada indivíduo, independente da sua origem étnica, tem talentos e dons únicos que podem enriquecer o mundo.
É fundamental trabalhar juntos para construir um mundo mais justo, igualitário e inclusivo, onde a diversidade seja valorizada.
O conhecimento te liberta da escravidão; porém, quando você se contenta com migalhas, se torna escravo.
TODAS AS FORMAS DA ESCRAVIDÃO
.
.
Desde que somos país, já estava aqui este povo,
contraparte de sua carne, de sua alma e seus valores.
O último deles aqui chegou – proibido, em contrabando.
As correntes – do mar e ferro – trouxeram-no quase ao fim
da forma antiga da escravidão.
.
Talvez fosse mulher, talvez homem...
Vou supor seu retrato: porém, jamais revelado;
vou pensar o seu corpo: ferido-acorrentado.
Para nome, darei Maria,
para não dizer que é João.
.
Vocês queriam canções: doce-brancas como açúcar...
Mas, do oceano que lambe as praias, eu só quero falar destas gentes:
dos males que lhes fizeram, do pouco que lhes demos, do tanto
que lhes devemos
(vou me ater, no entanto, a Maria – aos seus filhos e pentanetos
Vou lhes seguir cada passo, geração a geração).
.
Deste povo, “Todas e Todos”,
todos nós temos um pouco.
Levante a primeira gota quem souber ou achar que não,
e depois disso se cale, ou se vá para a Grande Casa,
se não se sentir como irmão.
.
Primeiro nasceu Pedro, já depois da Abolição.
Filho enfim liberto de Maria, quase ficou famoso
por ser primo do já célebre Operário em Construção.
Mas não encontrou trabalho,
e, por isso, roubou um pão.
.
Foi linchado em via pública
por gente de bom coração,
e isso na mesma época, em que num país mais ao norte
– entoando canções patriotas – matava-se à contramão.
.
Pedro, coitado, nascera
na Era dos Linchamentos.
Já longe, entregue ao rio dos tempos,
ia-se a Era Primeira – a da velha Escravidão.
Ao norte, matava-se à farta – aqui, por um pouco de pão.
.
Mas então nasceu Jorge – de uma nova geração.
Chamaram-lhe para uma guerra, para defender o país
dos tais fascistas que nos queriam impor outra escravidão.
Como neto tão direto de Maria, não lhe deram qualquer patente,
mas lhe atribuíram missão: deveria buscar minas (quando fosse a folga
de ser bucha de canhão).
.
Em um passo em falso, pisou na morte!
Não teve sequer a sorte – o bravo soldado forte –
de merecer uma Missa Breve, ou de ganhar um monumento
(“É um pracinha desconhecido, de fato, mas não é da cor que queremos;
o mármore que temos é branco, passemos a honra ao próximo:
eis aqui a solução”).
.
Iam-se os tempos da Escravidão,
fora-se a Era dos Linchamentos,
acabara (de acabar) a Idade da Desrazão.
Abria-se novo momento: A Era-Segregação!
.
Datam de então as Favelas
tão próprias para todos; mas especialmente talhadas
para os bisnetos de Maria.
E ali, no calor de um dia,
nascia o nosso João:
finalmente um João!
.
Pouco sabemos dele
por falta de documentos.
Dizem que morreu das meninges
no mais duro chumbo dos anos tristes,
na época em que a doença – proibida nos jornais –
aceitava a segregação.
.
Só sabemos que foi pai
do Trineto herdeiro de Maria.
Este, por falta de qualquer emprego,
e por vergonha de pedir esmola,
tornou-se um bom ladrão.
.
Roubava dos ricos para dar a pobres,
ainda que nem precisasse tanto:
seu destino já fora traçado,
indiferente à profissão,
nesta Era da Prisão.
.
Também ele deixou filho
– o brilhante e sábio Tetraneto de Maria –.
A vida deste bateu na trave: quase recebeu a cota!
Mas então soube que já chegava
a Era da Assombração.
.
[BARROS, José D'Assunção. publicado na revista Ensaios, 2024].
Vivemos na escravidão - daquilo que somos, do que nos disseram que somos, e do que acreditamos que somos. Somos, em um número tão diverso, mas nos consumimos na tentativa de ser um só. Queremos andar em linha reta, mas esquecemos que o terreno onde pisamos, por vezes, é arenoso, movediço. A gente cai, e quando cai, investe mais tempo cobrando a conta da gente, tentando entender como caímos, mas pouco queremos saber do que está por trás do que nos levou ao solo. Há momentos em que encontrar o chão, quando numa queda, é forma de acalentar as dores de quem parece andar demais, sem pausa. Há quedas que são descanso. Não tente entender tudo. Não busque respostas para todas as coisas. Atente-se às perguntas. Tem mais nas entrelinhas do que não se sabe do que naquilo que se supõe saber...
Na abolição da escravidão, encontramos a redenção da humanidade, onde a liberdade se torna a essência da dignidade e o respeito pela vida humana floresce em cada coração.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp