Escassez de Agua
O tempo é como o peixe fisgado fora da água que ao tentarmos tirá-lo do anzol desliza que nem quiabo para o fundo do poço.
Vivendo num iceberg
Sobre uma ilha flutuante de gelo eu vi a profundidade da água no seu escurecer,
navegando lentamente e silenciosamente tentei plantar mais não vi nada crescer,
surfando ondas involuntariamente o bloco de gelo foi levado pra longe em alto mar,
a distancia da terra firme, o desastre do vazio para quem antes pisava em solo fértil, transformou uma corrente ancorada no mar profundo em uma triste passagem sem volta até o fim do mundo.
Já andei com o vento;
Já deslizei com a água;
Já bailei com o fogo;
Já comunguei com a terra;
Autrora éramos unidos, sem palavras, mas com a linguagem do universo nos comunicávamos;
Com um breve sorriso, um leve gesto ou simplesmente o ato de se entregar a eles para que me carregassem.
Andava com o vento e não me cansava, pois ele me empurrava solidário e amigo;
Deslizava com a água, sem temê-la, pois ela não me faria mal;
Bailava com o fogo e ele somente me aquecia, acariciando meu ser com suas chamas;
Comungava com a terra que, generosamente criava caminhos para que eu por ela trilhasse;
Hoje não mais; pois imerso dentro de meu ser já não mais respondo a eles, quando tento me entregar não mais ando despreocupadamente com o vento, pois agora ele me gela o corpo,
Na água me afogo, pois nela não mais deslizo;
O fogo me queima e suas labaredas lambem meu ser com sua fúria;
Da terra já não mais comungo; estou sem trilhas; sem caminhos abertos.
Preso em mim ajo como um adversário de meus antes amigos; ainda hoje me chamam; pois sábios eles são; relutante, continuo estático. Até quando conseguirei ouvir os seus clamores, pois sei que, quando não mais os ouvir será tarde para me libertar de mim.
Que o vento leve, que a água lave, que a mente se expanda, que os olhos consigam enxergar além do véu da matéria e que o coração, só saiba reconhecer e repassar o que for Amor !!
Mar... meu Mar
A água deixa o sal na pele
Se você vem me molhar
A areia se entranha no cabelo...
As conchas murmuram em minhas mãos ...
Terei sempre um pouco de Mar em mim
Impossível sair dele assim, sem nada
Pessoas são assim:
Sem te exigir nada te botam na gaiola e te dão um puleiro, água e comida.
Já outros irão te ensinar a voar, caçar e localizar água de qualidade, com todo seu sacrifício e no final irão te entregar a liberdade...
Será que eu posso pegar um biscoito?
Será que eu posso beber água?
Será que eu posso amar a vizinha?
Será que eu posso…
botar as mãos no coração
e sentir o infinito?
Será que eu posso me sentir satisfeito?
Será que eu posso evitar o vazio?
É preciso sonhar o tempo inteiro?
É preciso dormir na solidão?
É preciso amar superficialmente?
É preciso engolir plástico todos os dias?
É preciso jantar todos os dias?
E dormir de barriga cheia?
É preciso eu ser assim e não ser aquilo?
Ser mais ou ser menos?
É preciso dar uma performance?
Usar uma máscara?
Dançar até os meus joelhos falharem,
até os meus pés tremerem?
É preciso ser isso?
E eu preciso ser isso?
É preciso ser feliz e não ser triste?
Será que eu posso ao menos amar?
Será que eu posso ao menos deixar de ser isso?
Será que eu posso escrever um poema?
Mas…
no fim,
a pergunta mais urgente:
Será que eu posso ou não pegar um biscoito?
E é assim que eu vou seguir:
Sozinho, na escuridão da noite, por entre os becos molhados com a água da chuva… Eu sou tão azarado que, não tenho NADA, e o pouco que eu tenho eu estou afastando de mim com as idiotices que eu faço, é questão de tempo para eu ver todos que me rodeiam, que fazem parte de mim partirem sem eu poder fazer nada, porque o que não era pra ter feito eu ja fiz, não dá mais para voltar atrás, o jeito é eu sentar e aceitar que cada dia que passa é um que eu vou perdendo, que a cada hora é um pouco de alguém que eu estou afastando.
Só peço desculpas por eu ser esse idiota descabeçado, que age sem pensar, que não consegue fazer nada de certo.Sou só mais um erro, esperando para ser apagado e corrigido, eu esquecido de vez …
E enquanto a água do chuveiro caia, eu examinava cada linha entre os azulejos do banheiro, pensando em como me mataria, me destruiria, e acabaria comigo de todas as formas, fazer a sua vontade. Eu me conheço bem, e como conheço. Sei que eu aceitar ir a essa festa, me renderia mais do que algumas lágrimas ou músicas tristes sozinho no meu quarto. Eu me lembro de como é ficar mal, eu me sinto como se nunca fosse ter um fim. Mas parece que não tem saída sabe, você tem argumentos, e não posso ir contra eles, mas ir a uma festa na piscina quando você não gosta do seu corpo, e saber que todos os garotos dos quais você tem ciúmes,estarão lá, exibindo seu maravilhoso corpo enquanto ele se diverte na piscina com eles, e você passa seu tempo enchendo a cara do lado de fora, se machucando a cada vez que você olha na direção deles. Eu já fui um masoquista sentimental, e sei que arriscaria ir antigamente, mas agora eu sei do quão longe eu posso ir, e sei de todas as besteiras posso fazer quando estou triste, e não quero correr esse risco. Mas você não consegue entender não é? Você não consegue me entender, não é?!
Talvez devesse ser assim, raso, límpido e intenso como o leito de um rio. Porque turvar a água com uma pedrada não significa que ela ficará tão escura que não se possa nela banhar.
(Trecho de O jornalista tardio - Doracino Naves)
Você me dá água na boca... Mexe com a minha libido e me deixa louco de prazer sem nada poder fazer;
Fico inquieto esperando a chance de sentir os teus lábios aos meus...
Canção sem seu nome
EU VI VOCÊ ATRAVESSAR A RUA
MOLHANDO A SOMBRA NA ÁGUA
EU VI VOCÊ PARAR A LAGOA PARADA
VOCÊ ATRAVESSOU A RUA
NA DIREÇÃO OPOSTA
PISANDO NAS POÇAS, PISANDO NA LUA
E A POESIA REFLETIDA ALI ME DEU AS COSTAS
E PRA QUE PALAVRAS
SE EU NÃO SEI USÁ-LAS?
CADÊ PALAVRA QUE TRAGA VOCÊ
DAQUELA CALÇADA?
VOCÊ ATRAVESSOU A RUA
NA DIREÇÃO CONTRÁRIA
E A POESIA QUE MEU OLHO MOLHAVA ALI
QUEM SABE NÃO ME CAIBA
QUEM SABE SEJA SUA
ALI, ATRAVESSANDO A CHUVA
E TODA A LAGOA PARADA
VOCÊ NA DIREÇÃO ERRADA
E EU NA SUA
Na dúvida deixamos a pessoa certa, como água escorrer
A busca por perfeição sem perceber maltratamos mais um ser
Dentre querer e poder sabemos;ambos somos que podemos ser
Amar!Amei!Porque parei e lembrei ?
Choro no pampa
Na vastidão dos pampas, onde o céu abraça a terra,
Eu vi a água subir, tragédia que desespera.
Rio Grande em pranto, suas lágrimas a correr,
Levando casas, sonhos, num lamento sem poder.
Chora o gaúcho, de bombacha e alma lavada,
Pela perda dos seus, pela lida inundada.
No galpão submerso, a tristeza era senhora,
E as fotos dos antigos, agora só na memória.
Sem teto, sem abrigo, sob o manto estrelado,
O peito da gauchada, de saudade foi cravado.
Perdido o que se tinha, construído com suor,
Restou só a esperança, e o peito cheio de dor.
Mas veio a solidariedade, de todos os cantos, a brilhar,
Brasileiros de mãos dadas, prontos para ajudar.
Do Oiapoque ao Chuí, um só coração pulsante,
Na tragédia das enchentes, somos todos irmãos, adiante.
E assim sigo campeiro, com o pala a me cobrir,
Na certeza que o Rio Grande, há de novamente florir.
Com a força do meu povo, e a ajuda nacional,
Reconstruiremos tudo, num esforço sem igual.
Esta poesia reflete a resiliência e a união do povo gaúcho e de todos os brasileiros
diante das adversidades, mantendo viva a esperança de que unidos venceremos todas as adversidades.
Roberval Culpi
08/05/2024
Sou forte
Sou forte, mais que a rocha que a água desgasta,
mais que o ferro que o fogo consome,
mais que o fogo que a água apaga.
Mas dentro de mim existe um peso,
um silêncio que muitos não entendem,
chamam de frescura aquilo que é dor.
Eu só quero a calma na alma,
o sossego de viver em paz,
sem precisar provar minha força ao mundo.
— Aden Brito
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