Era

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- É verdade!
- O que? - ela me perguntou sorrindo.
Nossa, como o sorriso dela era lindo! E eu disse:
- Quer dizer, talvez mentira. - disse, meio que fechando os olhos, fazendo um charminho para ela.
E ela perguntou:
- Do que você está falando?
E eu disse:
- Se a Patrícia em algum momento chegou para você e disse que eu gostava de você... - parei e respirei fundo. - É mentira, eu não só gosto de você, eu sou louco por você!
E eu estava gaguejando para boné! E eu continuei:
- Você é linda demais!
E ela disse:
- Por que demorou tanto?
Ela abriu um imenso sorriso! Era um sonho! Era como se eu quisesse cantar a música do U2: “Beautiful Day...” E eu lembro como se fosse ontem, eu fiz o movimento para a beijar e ela me disse:
- Você pensa que é assim é? Por que eu deveria te beijar?
Eu quase cantei para ela a música da Marisa Monte: “Beija eu, beija eu me beija”... Estou brincando! Acho que ficaria mais meigo se tocasse Kiss Me (música da banda Sixpence None The Richer). Mas eu respondi:
- Por que? Por que ninguém sente por você o que eu sinto!
E ela respondeu:
- O que você sente por mim?
- Eu sinto que um sorriso pode mover montanhas, eu sinto que vale a pena gaguejar se for para olhar o seu rosto... Eu sinto carinho pela sua doçura, eu sinto arrepios com a sua proximidade, eu...
Até que ela me beijou!


Trecho do capítulo 4 do rascunho do livro Garotos Também Amam. Max narrando para Carlos o diálogo que teve com Flávia antes do primeiro beijo deles.

Adicionado em 21/07/2009 por Ernesto Martins Faria

Chorar por ti perder. Eu sempre achei que chorar por um amor perdido era um absurdo, até provar na pele esse absurdo.

Não era mais ele: ela amava alguém que não existia mais, objetivamente. Existia somente dentro dela.

O que se abatera sobre ela não era um fardo, mas a insustentável leveza do ser.

Milan Kundera
A insustentável leveza do ser. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

E até agora eu jurei pra mim mesma
Que eu era feliz com a solidão
Porque nada disso nunca valeu o risco
Mas você é a única exceção!

A verdadeira violência, a violência que percebi que era indesculpável, é a violência que fazemos com nós mesmos, quando temos medo de ser quem realmente somos.

C. S. Lewis era protestante e Tolkien era católico. As diferenças não impediram ambos de serem grandes amigos. Isso é nobreza de espírito.

Algumas dicas para cultivar a amizade: ouvir com interesse sincero, se sacrificar pelos amigos, ser paciente com os defeitos alheios, corrigir sempre com docilidade e ajudar na busca pelo bem (respeitando a liberdade).

Aquele momento era tão perfeito, tão certo que não havia dúvidas.

Quase

Um pouco mais de sol - eu era brasa.
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
[...]

Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...

Mário de Sá-Carneiro

Nota: Trecho do poema "Quase" de Mário de Sá-Carneiro

Eu disse que você era especial, não única.

E quando alguém te ignorar no Whatsapp, simplesmente não ligue, lembre-se: você já era ignorado antes, apenas não sabia disso.

"Eu desaprovo o que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-lo", era a sua atitude agora.

Evelyn Beatrice Hall
The Friends of Voltaire. Londres: Smith, 1906

Nota: Trecho da biografia que a autora escreveu sobre Voltaire, referindo-se à atitude deste, fazendo uma paráfrase de um trecho de "Essay on Tolerance" de Voltaire.

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Aprendi desde cedo que fazer higiene mental era não fazer nada por aqueles que despencam no abismo. Se despencou, paciência, a gente olha assim com o rabo do olho e segue em frente. Imaginava uma cratera negra dentro da qual os pecadores mergulhavam sem socorro. Contudo, não conseguia visualizar os corpos lá no fundo e isso me apaziguava. E quem sabe um ou outro podia se salvar no último instante, agarrado a uma pedra, a um arbusto?... Bois e homens podiam ser salvos porque o milagre fazia parte da higiene mental. Bastava merecer esse milagre.

Lygia Fagundes Telles
Os contos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

Nota: Trecho do conto O espartilho.

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Nunca pensei que eu poderia estar bem, até que você chegou e mudou a minha vida. O que era nublado agora está claro, você é a luz que eu precisava

E sempre funcionou bem assim; era só começar a gostar de alguém que eu dava um jeito de ir embora. Mas com você não deu, só consegui ficar.

Perdi tudo aquilo que eu achava que era bom.
Perdi amigos, perdi dinheiro, perdi pais, perdi irmãos, minhas coisas...
Perdi meus avós, que tanto brincaram comigo na infância.
Perdi aquela tia que fazia a diferença e aquele primo que era sempre meu inimigo número 1.
Perdi tudo o que eu achava que daria certo.
Perdi aquele amor avassalador, perdi o meu trabalho, minha casa, minha paz.
Perdi tudo aquilo que cumpunha a saudade.
Perdi tudo o que era importante e material...
Só não perdi minha vida.
Enquanto vivo, confio.

Quando eu era pequeno, toda a realidade era uma ficção, por isso queria ser fotógrafo. Quando cresci, tornei-me escritor, porque na Fotografia tinha realidade demais pro meu gosto.

Estrelas-do-mar

Era uma vez um escritor que morava em uma tranquila praia, junto de uma colônia de pescadores. Todas as manhãs ele caminhava à beira do mar para se inspirar e à tarde ficava em casa escrevendo. Certo dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.

– Por que está fazendo isso? – perguntou o escritor.

– Você não vê? – explicou o jovem. – A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na areia.

O escritor espantou-se.

– Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Que diferença faz? Você joga umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai perecer de qualquer forma.

O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e olhou para o escritor.

– Para essa aqui eu fiz a diferença.

Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, sequer dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano.

Sejamos, portanto, mais um dos que querem fazer do mundo um lugar melhor.

Sejamos a diferença!

Desconhecido

Nota: Adaptação da história "The Star Thrower", do antropólogo e escritor norte-americano Loren Eiseley, publicada em 1969.

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Quando eu era apenas um garotinho,
minha mãe costumava me dizer umas loucuras
Ela falava que meu pai era um cara mau,
ela me falava que ele me odiava.
Mas então fiquei um pouco mais velho e percebi
que ela que era a louca.
Mas não tinha nada que eu podia fazer ou dizer para tentar mudá-la,
porque esse é apenas o jeito que ela era.

Seu drama não era o drama do peso, mas da leveza. O que se abatera sobre ela não era um fardo, mas a insustentável leveza do ser.

Milan Kundera
A insustentável leveza do ser. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

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