Era
Um dia você perceberá que quem te ignorou e você tanto se importou, na verdade, não era a alma gêmea da sua vida. Um dia você descobrirá que para ser feliz com uma pessoa, é preciso, acima de tudo, não precisar dela. Um dia você entenderá que a pergunta “há vidas sem valor” nunca fez tanto sentido antes. Um dia você olhará para o espelho e se perguntará o que aconteceu - odiando a si mesmo. Um dia você saberá que o entendimento sufoca e a vida se vai. Enfim… Um dia você aprenderá a renascer com a respiração tortuosa do tempo.
Às vezes me lembro de quem partiu. Um, dois. Silenciosos, sem dizer adeus algum. Essa era a triste verdade, todos viraram pó na memória. Mas por fim, eu não saberia dizer se eles me procuraram, sentiram minha falta ou fingiram não precisar. Essas três verdades absolutas não explicavam grandes coisas. Aliás, não explicavam absolutamente nada. E eu? Eu tentando entender de tudo, sabendo de menos.
Você não concorda, se o problema era tamanho ou condição física, era melhor não tê-los colocado à prova?
Eu também era exclusiva guardiã do seu vazio, e aquilo me deixava confortada. Não por ter a influência de machucá-lo caso dirigíssemos para fora da estrada da intensa paixão, mas sim, por saber que um vazio completava o outro.
Uma pessoa havia me dito que sentir ódio era a maneira mais eficaz para preencher um coração que lamenta por um amor
Ele era uma parte importante da minha vida, e mesmo que o futuro o afastasse de mim, ele sempre seria o meu primeiro e autêntico amor, o carregaria em minha mente por todos os dias que estariam por vim, e a noite meus pensamentos seriam interrompidos por lembranças jamais extintas do meu consciente, elas iriam me fazer companhia em épocas difíceis.
Estar morta por dentro era péssimo, os fantasmas dele sempre me acompanhariam, eu tinha certeza daquilo.
Era como se em todo jardim bom e escasso, que os relacionamentos produziam, eu fosse a flor que, com o passar do tempo, tornou-se a contaminação de todo um pomar. Mas era algo que necessitava de uma visão em diversos ângulos, afinal eu era a sua contaminação e ele era a minha, completávamos-nos até na dor.
Porque choras?
A vida não é tão triste assim...
Teu sorriso era pra ser
Como as gotas de suor,
Que brilha o corpo
Antes de tocar o jardim.
eu quero que se lembre
do sorriso que se fez fácil
pois era você ali
era o presente
era o que eu queria
o que eu sentia
nada mais importava
eu quero que saiba
aquele sorriso era pra você
o amor também
"Não era um casal qualquer, era simplesmente o casal bem visto e aceito por todos que o cercavam. O Carinho, amor e amizade contagiavam a todos; afinal, era bonito de se ver, pois o brilho em seus olhos era sinônimo de amor verdadeiro. Vê-los felizes de certa forma os faziam bem, era perfeito o que um sentia pelo outro; mas, desde que você partiu as saidinhas nos finais de semana nunca mais foram às mesmas, o amor que ali tinha de sobra, hoje falta, as lagrimas de alegria, hoje já não são mais, o riso no rosto, saí timidamente. A princesa ficou sem o seu príncipe, deixando todos órfãos de sua simpática e contagiante alegria. A alegria e o amor que tanto foi espalhado por onde passaram, hoje só são recordações; a troca de olhares, declarações de amor, mensagens no celular, estão gravadas na memória. Como algo tão bonito e prazeroso chegou ao fim, deixando a pobre moça desconsolada e sem entender, o que será de sua vida sem o homem que proporcionava as melhores noites de amor e melhores momentos de sua vida, com os teus encantos? A princesa agora vai acordar toda manhã e se deparar com a sua ausência, será órfã dos teus beijos e carinhos, vai ter que seguir a vida, desfazer os planos que já tinha planejado. Enfim vai recomeçar, mas de uma coisa ela jamais vai desfazer; o amor que ela sentiu por este homem, em nenhum momento será esquecido, pois, ela ainda o ama e o tem como seu eterno namorado..."
Texto dedicado a Marcos Gabriel & Juliana Souza
Deus
de vez em quando
tudo que eu queria
era estar contigo
um pouco
Deus
Meu melhor amigo
Reconheço estar
errado, muito errado
"de vez em quando"
não passa de um engano
um grande engodo
Deus
Faça o que quiser comigo
Se for a Sua vontade
Me submeto de bom grado
não ligo
Deus
Agora eu compreendo
Que na verdade
Minha vontade
é de estar Contigo
o tempo todo
SALGADO MAR
Era um pensamento
Uma doce carícia
Era um doce sentir
Um beijo já dado
Mas com sentimento
Tornou-se silêncio
Dado a paixão
Ao nosso amor
Como o mar
Que bate na costa
Com as ondas
Ardentemente
De tantos beijos
De salgado mar
Com toques calmos
Dados na nossa alma.
Aquele dia minhas pernas tremeram, sua cor era vermelha, as luzes machucavam meus olhos os bichos subiam em mim. E eu não sei ao certo porque passou tão de pressa.
Era uma vez
SOLIDÃO
Viajante da noite
Por entre os desertos.
Peregrina entre o caos
pairando entre os ares.
Mandíbula que crava na pele
do homem em exílio.
Desarraiga no toque de seus lábios,
desnorteia no balanço de seus cabelos negros
e cria a hipnose em sua mirada.
Agita o caldeirão da desilusão
e joga com os varões em represália.
Afronta a alegria e a simpatia
enunciando a sua era.
Caminha por entre os poços do desengano
e naufraga os navios dos sonhos.
Petrifica o núcleo dos seres
fomentando a alma narcótica.
Era uma vez Solidão,
moça indesejada,
porém ensinou a alguns homens
que veio a esse mundo a passeio
mas deixa sua bagagem
pois volta a qualquer segundo.
Pois é feita do SOLO em que habitam
das IDAS que fazem
e dos cumprimentos que não DÃO.
"Sozinha, indo eu dou a todo ser
o ermo da minha presença."
Prazer,
Solidão.
Senhora Noturna, Senhor Diurno
A senhora chegou primeiro a cidade,
era mais antiga na existência.
No baile do Gênesis
era a única de vestido negro e comprido.
Ela dominou toda a festa com elegância
e governou a vida onde habitava
até a chegada de um diferente senhor.
Lhe parecia tão fabuloso e estranho
encontrar alguém tão diferente dela.
O senhor esbanjava simpatia e leveza,
trazia um toque luminoso
que envolvia os habitantes da cidade
em seu encanto.
Em vestes amarelas distribuía
calor por entre todos.
E a senhora apenas observava tudo
atenta e temorosa
pelo momento em que tivesse
de conhecer tal senhor.
O tal a avista em deslumbre
a lhe observar e segue em sua direção.
Ao tocar as mãos,
ambos estremecem
e por segundos,
esquecem das diferenças
que aparentam entre si
e conectam-se em profundidade.
E percebem que aquele encontro
realmente foi marcado pelo Criador
e resolvem se casar.
Senhora Noite emocionada,
derrama lágrimas azul marinho
ao contemplar o Senhor Dia
em meio a seu sorriso dourado,
ajoelhado a lhe entregar a aliança
inquebrável do tempo,
que ambos nesse momento simbolizariam.
E dessa união nasceram as horas
e esses tiveram filhos:
as estações.
E a cidade Terra começava
a ser desenhada para a chegada do homem.
E até então,
os Senhores do tempo
abraçam a cidade
e fazem ciranda ao seu redor
dizendo que os opostos
não só se atraem
mas se complementam.
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