Era

Nosso inicio foi encantador
Tão iluminado
Dialogo era inspirador
E o olhar apaixonado

Minha rotina te afastou de mim
E o mundo então experimentei
Como nos filmes outras histórias vivi
Igual você bem eu sei

Se à mim vai se entregar
Ou se render ao orgulho
Será ainda eu te faço chorar?
Ou só te fiz até julho?

Admita, sem a mim a seu lado
Lhe falta luz todo dia
O sentimento bom é eternizado
E em nós tem moradia

Seis meses não vão apagar
Os nossos anos de amor
Tampouco inviabilizar
Nosso futuro sonhador
Se eu ainda sinto a tua presença
E a chama não se apagou
Decreto a seguinte sentença:
Nosso sonho voltou

Se mais tarde irá me procurar
Ou aguardar meu retorno
Será que um sinal vai me mandar?
Ou nosso sonho tá morto?

Admito sem você ao meu lado
Eu já não vejo saída
Não é possível lhe ver só no passado
Não houve despedida

Seis meses não vão apagar
Os nossos anos de amor
Tampouco inviabilizar
Nosso futuro sonhador
Se eu ainda sinto a tua presença
E a chama não se apagou
Decreto a seguinte sentença:
Nosso sonho o voltou

Ele era tão feio...

Mas tão feio...

Que era um assinte...

Em concurso de feiúra...

Ganhava de prato cheio...



De olhos esbugalhados...

Sampaco...

Narigudo...adunco...orelhudo...



Seu gogó imenso...

Muito pronunciado...

Parecia um marreco engasgado...

Rosto chupado..

Sem carne... só osso...

Labios finos...

Distorcidos....



Muito magro e bem alto...

Braços alongados...

Pernas muito finas...

Um espantalho...



De chinelos notei seus pés...

Pisando torto, desengonçado...

Tinha unha encravada...

Um joanete ao lado...



O joelho enrugado...

Igual cara de velho...

Coxa dura e seca...

Um boneco...



Muito mal vestido...

Debaixo da chuva impiedosa...

Em nada se importava...

Com a rua caudalosa...



Mas tinha um traço peculiar...

Que a tudo isso escondia...

Um brilho no olhar...

Em sorriso lindo que abria...



Então tudo transformava...

Um encantamento surgia...

Atrás da feiúra aparente...

Beleza verdadeira escondia...



Tudo que era fora de proporção...

Fazia sentido...

Se o sorriso era lindo...



Era nato e magnífico...

Naquele vulto distorcido...

A feiúra se transformar...

De um sapo errante...

Príncipe virar...



E com tal afinco sorria...

Que ao seu redor tudo mudava...

De tarde chuvosa...

Linda noite prometia...



Descobri assim...

Que na rua não devo mais sair...

Toda vez que isso faço...

Para comer pastel ou outro salgado...

Perto da maria-fumaça...

Sempre tem um babado...



Sandro Paschoal Nogueira

Eu era primavera e ninguém conseguia ver minhas flores apenas os espinhos.

Eu era primavera, mas ninguém conseguiu acompanhar o meu florescer .

SONHO DESEJADO

Hoje eu sonhei com você, Quando acordei percebi que o sonho era apenas a extensão de um desejo Lindo.

Acordei pensando em você mais uma vez!
Me disseram que era passageiro coisas da adolescência.
E se não for?
Há saudade, ciúmes, coração ferido e desejo do toque, do gosto, do sorrido bobo... E se também não for amor? Se fosse não terimos desistido.
Eu queria que ficasse, mas o vi partir.

"Amei-te logo que soube o que era o amor.
Ouvia teus conselhos, eternos, sem saber o que significava a eternidade.
Fineza tua!...
Tudo era mais intenso quando olhavas.
Olhavas sem avaliar. Olhavas com respeito e solenidade.
Enchias de sorrisos corações doentes e esfaimados".

Quem a observava ao longe se admirava da força que via, sem saber que na verdade não era força, era falta de opção.

Era uma vez uma Planta.
Tão bonita quanto Narciso,
Tão perigosa quanto o sol de Ícaro.

A Planta brotou em uma madrugada de segunda,
Formosa, serena, vaidosa.
Seus caules curiosos sonhavam em tocar as águas do Rio em Camboja. Mas, como chegar tão longe sendo apenas uma...
Planta.

Simples!

Ela era perigosa.
Arrumou as malas, pentou as folhas, arrancou o caule da terra desde o âmago
Para ser....
Formosa, serena, vaidosa
Em Camboja
Onde sabia que além de tudo séria...
Feliz.

Quando se gosta de verdade, sente-se ciúmes, e o que era pra ser bom acaba se tornando uma prisão.

Decidi não mais permanecer onde não tinha mais espaço para mim, num ambiente onde eu era apenas tolerado ao invés de amado. Preferi me retirar e não apenas ocupar um espaço, um lugar em que antes era prazeroso estar, onde a minha presença era valorizada, mas que hoje só traz incertezas e desilusão. Resolvi abandonar tudo o que tira a minha saúde mental e a minha paz de espírito, pois ambas são mais importantes para mim. Partirei sem mágoas e sem ressentimentos. Escolhi guardar as boas lembranças no coração e levar comigo somente os bons momentos.

Hoje eu me lembrei de você, mas talvez não era em você que eu queria pensar, mas lembrei do dia em caminhávamos em direção do futuro e só queríamos conversar sobre o que estávamos vivendo e como era bom entender o multiverso já que tínhamos esses vários acessos além do espaço do tempo e vivendo cada momento, nos perderam no tempo quando vários assuntos do futuro tomaram os nossos pensamentos.

Discorríamos sobre os seres, a vida, vidas passadas, o multiverso, o amor, a luz, a humanidade, a vida em outras realidades, a união interplanetária entre universos, a falta de compreensão e sobre a nossa sorte de sermos apenas um acaso de sorte nessa dimensão. Percebemos que a nossa sociedade iria precisar de pelo menos mais uns séculos para compreensão de alguns assuntos avançados que na lógica poucos tinham compreensão.

Entende minhas metáforas?

03 de janeiro de 2019.

Se voltarmos atrás no tempo, a criança que você era estaria feliz com o você de hoje?

Sortudo era o homem de lata, pois não precisava de um coração para se manter vivo.

Eis Amor...


Quase fui amada pela mulher que sou
Mas a ideia dele era outra, me usar
Para outra esquecer... e mudei o ânimo
E fiz dos verbos e rimas, serenas razões
Dando voz às sãs e boas amigas palavras
Quiçá, as mais próximas que se possam ter
Assim, loteei meu coração, desarmei minh’alma
Bem à beira de um cais, mar sem tormentas
Nele fiz morada das iguais e abandonadas
Juntas, vivemos a terna e finita eternidade
Acendi fogueiras, qual calor, pouco a pouco
Derreteram imensas e vagantes geleiras
Que oprimiam as paixões mais verdadeiras

"Se Jesus Cristo é de Deus o seu único filho, Adão, então, era adotado ou não foi reconhecido?..."

Percebi que o desejo de ser como outras pessoas era a fonte de todas as minhas críticas em relação a elas

Antes de sofrer pelo sentimento. Reflita se era amor de verdade ou carência afetiva.

O orgulho é imaginário, e, o porque de estar acima dos outros, era uma farsa, pra impedir o sabor, isso é uma necessidade, do pra que é de fato o saber dos desgostos.

É da gratidão que nasce toda e qualquer movimentação, se o mover existiu por outra razão, era porque estavas a beira de antigos precipícios, pois não.