Era
Quando Aristóteles dizia que a forma superior de vida é a forma contemplativa, era isto o que ele queria dizer. É entender o que está acontecendo. Se ao invés de procurar entender, busca-se apenas defender-se da situação, procurando o prazer e evitando a dor, faz-se exatamente o que um bichinho faz.
Novembros Perdidos
Era uma tarde de chuva na primavera
Recolhi os teus calçados na beira de fora em nossa casa de madeira
Limpei-me a calça suja de algumas poeiras da varanda
Onde ficávamos em duas cadeiras observando as estações
O teu semblante nunca iria imaginar-me um preço para trocá-lo
Você colocava um vestido verde retro com pétalas de rosas
Permitia decair sobre as curvas de seu pescoço um perfume manso
Fazia-me sentir em nuvens emolduradas por Deus
Sonhava todos os dias em percorrer o mesmo caminho ao teu lado
Teus olhos esmeraldas balanceava o palpitar de meu íntimo
Fazendo navegar-me por águas cristalinas e intensas
Desejo acobertar-me o passado em que lhe perdi
Sobre memórias de um ano tão distante e próximo de meu peito
Por onde circunstâncias da vida um anjo decidiu apartar-te de mim
Chuviscou-se carregadas nuvens em nosso lar de Novembros
Profundo sempre será o dia em que lembrar-me-ei de ti
Teu olhar esverdeado namorando meus lábios
Perdido em seus mares cristalinos e turbulentos.
Amar-se e aceitar-se não significa mudar a opinião, que antes era negativa, sobre alguns fatores pessoais. Mas sim identificar e reconhecer questões que são desagradáveis a si mesmo, e que são possíveis de serem mudadas através de trabalho e dedicação para o cuidado próprio, o bem querer pessoal. Aceitar uma miséria particular é proclamar-se indolente.
Nunca me apaixonei pelo que era belo
Mas sim pelo que era puro
Nunca me arrependi de ter amado
Acredito que eu talvez seja maduro/maturo
O suficiente pra perceber
Que tudo que mais quero na minha vida
É ter todos os "vocês"
Não como amantes, nem desprovidos de amor
Quero amar todos sem ter dor bem depois
e bem antes
Antes mesmo de nos termos como amigos
Já desejava que vivessem a vida
A vida toda comigo...
Aos 18 anos, escutei na terapia que o segredo era EU ME AMAR. Bati a cabeça por mais de 10 anos indo para o caminho contrário... Há pouco tempo, tenho praticado esse exercício e te confesso de coração aberto: ah! Como sou mais feliz, como sou mais completa...
Me apaixonei por ti, mas aí, eu lhe conheci, e logo passou. Infelizmente, a personalidade não era tão bela quanto a aparência...
Você Só Será Feliz a Partir Do Momento Que Perceber Que o Que Pensava Ser Amor, Era Apenas Ilusão e o Que Pensava Ser Ilusão, Era Na Verdade Um Amor Verdadeiro
Eu te amei (ou ainda o amo), já não sei mais de nada. O meu amor era puro e verdadeiro, escondi esse sentimento o tanto que eu pude, mas aprendi que só quando eu me permiti sentir esse sentimento, eu me libertei. Todos me diziam que não valia a pena, que tu não era pra mim, e eu mesma sabia disso, mas apesar do meu jeito meio marrenta e pé no chão, eu tenho uma guria guardada dentro de mim que adoraria viver um romance clichê, que ama aqueles filmes onde o garoto "despreza" a menina no começo e no final acaba se apaixonando pelo jeito dela. Eu te contei os meus sentimentos e tu me disse que não gostava de mim, cara, naquele dia eu fiquei péssima, minha vontade foi de nunca mais te olhar, porém eu fui amadurecendo, e hoje eu te agradeço por isso, porque em um mundo onde brincar com os sentimentos das pessoas está tão natural, tu se comportou como um verdadeiro homem e eu meio que te admiro por isso. Pensei que afastada de você, os sentimentos iriam desaparecer, e de fato isso quase aconteceu, passei dias sem pensar em você, até apaguei seu numero, só que quando eu te olhei de novo, todo aquele sentimento veio a tona, e eu fiquei com raiva de mim mesma por me achar tão besta ao ponto de ainda ter esse sentimento tão forte dentro de mim, parte de mim quer te esquecer de vez, já a outra parte ora pra que Deus mude os teus sentimentos por mim, e que tu veja em mim a pessoa para todo o resto da tua vida.
O tombo era inevitável para um iniciante, mas isso nunca me intimidou. Pelo contrário, os desafios mexem comigo.
Toda era tem sua loucura peculiar; algum plano, projeto ou fantasia em que se mergulha, estimulada pelo amor ao lucro, pela necessidade de emoção ou pela força da imitação.
Se tudo isso falhar, ela ainda assim possui uma loucura, a que é incitada por causas politicas ou religiosas, ou por ambas combinadas.
Charles Mackay em Ilusões extraordinárias do povo e as loucura das multidões 1841 d.c
Este sou eu. E eu sou uma pessoa melhor do que era antes. Não por causa dos livros, mas porque os livros me ajudaram a enxergar as coisas de uma forma diferente.
Estava sentindo muita dor e, segundo o médico, o laudo era saudade. Está mais do que comprovado: eu não consigo viver sem você!
MARCOS PARADOXAIS DE UMA NOVA ERA
Beijos metálicos e abraços midiáticos de TVs,
Celulares membros humanóides e amores virtuais
Olhos cansados, telas trincadas, nas busca do tudo e do nada
Chips viciantes, ópios modernos, e inteligências artificiais
Paradoxos dessas uniões paralelas que coexistem com o amor
As veias informáticas encurtam distâncias e ampliam informações,
Mas alargam a solidão e tristeza no final do navegar
As mãos da quântica impõem a pressa pelos elevadores e metrôs
Paranormais no fanal da metafísica desafiam o transcendental
Laboratórios vendem embriões e superam mulheres nas gestações
Sociedade de consumo com vitrine de felicidade à prestação
Propaganda intensa, crédito fácil, massificação garantida
Bens inúteis, ressacas de dívidas e terrorismo de carnês
Inúmeros veículos, imóveis fáceis, produtos descartáveis
Trânsito violento que mata e leva a lugar nenhum
Crianças de ruas, filho da Pátria sem fundos
Concretos e engenharias reinventam a paisagem
A foice e o machado futuristas projetam sombras
Impedem o sol, ocultam nuvens e escondem estrelas
A fotossíntese das árvores virou tese de livros no museu
Que servem só pra quem não sabe ler
O ciclo de aves, animais e plantas são manipulados
Hormônios e herbicidas dobram lucros da carne e vegetais
Dinheiro inútil com herança maldita do câncer
Matar nunca foi bom, mas a inversão da nova lei ensina
Que ceifar o homem dói menos que matar bichos
Dólar e euro ditam as regras de bolsas e economias
Religiosos alienados matam mais que guerras e epidemias
A grita da fauna e flora não sensibilizam a fumaça do progresso
Usinas nucleares rompem o átomo e radioativam a vida
A ciência avança, mas antes atropela a ética e a moral
Tanta pressa para tudo se transformar sem deixar sabor
Para que não reste história, para não se saber do passado,
Para não se perceber o hoje e não imaginar o amanhã.
Entre a pressa e o estresse, fico com o suave balé das árvores
Quanto mais paradoxal, mais pedaços se unificam em Deus
(Zilô Aires, 27.03.18)
Ela era a confusão que eu estava fugindo, mas que atravessou o meu caminho torto, e agora tô preso nessa equação escorpiana.
Subi na cama e virei-me para olhá-lo, avermelhado e magnifico à luz do pôr do sol. Era belamente esculpido, como uma estátua grega, o nariz longo e reto, as maçãs do rosto proeminentes como um perfil em uma moeda romana. A boca larga, macia, fixara-se num sorriso sonhador e os olhos rasgados exibiam um olhar distante.
A libélula no âmbar
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