Era
Pobre só era pra ter nascido com dois dentes, um pra abrir garrafa e outro pra doêr a noite todinha.
Agora...
O agora é o momento mais instantâneo da vida
Pois cada momento que há pouco era futuro
E neste momento vivido é agora
E o agora de antes se chama passado.
Agora...
O breve momento de decisão
Na linha tênue entre o que foi e o que será
A hora certa dos ponteiros
O instante perfeito de transcender o presente
E isto não é o futuro!
É a iminência da vida.
A vida dividida pelo tempo é igual a uma unidade de momento: O AGORA!
Quebrar fórmulas perfeitas
Achar as arestas dos círculos
O infinito passa duas vezes pelo mesmo ponto
E esse ponto é Agora!
Nunca doeu tanto , quanto aquela vez que eu soube que tudo era ilusão e que eu era pra você , apenas um brinquedo para as horas de tédio , enquanto pra mim você era mais que a própria vida.
Che era apenas um revolucionário, mas terminou como herói. Nunca pare de lutar pela igualdade social, só porque há pessoas ambiciosas em seu caminho.
Eu sondava em mim,
as vezes que você passava,
e desarrumava meus sentimentos.
Era rua sem saída,
seus olhos e minha vida.
Havia uma árvore naquela rua branca de ladrilhos avermelhados. Ela era bem alta, vigorosa e tinha umas florzinhas brancas, menores que flores de laranjeiras, bem menores. Elas tinham um cheiro forte, porém adocicado. Tão doce que causava tontura se você inalasse seu cheiro bem de perto. Não importava. Ela tinha cheiro de infância, lembranças da adolescência. Ela era pura saudade.
Eu cheguei ao cúmulo de achar que essa máscara era impecavelmente forte e real. Enganei-me.
A fortaleza que eu demorei meses pra contruir foi derrubada no segundo em que você sorriu pra mim. Tudo fez sentido naquele exato segundo. Percebi que não havia o “nós”, e que, por mais perfeito que fosse seu olhar, não era como eu desejei. Faltava saudade, malícia; faltava um plural naquilo.
Mas eu fui até forte, acredita? Contive-me e não derramei nenhuma lágrima. Aliás, não derramei nenhuma lágrima que você pudesse ver.
Eu estava gritando desesperado por algo que meu lado racional sabia não ser possível no momento: nós, juntos, de novo.
Como eu pude ser tão egoísta
E não ver o que realmente era real.
O que de mim para existir não dependia,
Mas eu para existir era dela dependente natural.
Como puder calar na hora do grito,
Se o silêncio foi pior que a negação.
Não tive coragem de dizer o que deveria ter dito,
E agora tudo que eu falo é em vão.
Como eu pude perder os meus dias,
Em busca de uma vida que não vivi,
E quanto mais eu buscava saída,
Deveras, as vezes eu só me perdi.
Doravante não negocio mais meus sonhos,
Por prazer tão pueril e mitigado,
Pois na efemeridade de uns lábios risonhos,
Habita um veneno disfarçado.
E quando nada encontrei em minha volta,
Me fechei num casulo para me transformou a tristeza,
Aquilo que era amargura, desgosto e revolta,
De repente rompeu e brotou a frieza.
Na minha solidão eu vivo com aquilo,
Que macula minha alma e meu coração,
De não ter sequer permitido,
Viver uma grande paixão.
Eu Não Queria
Eu não queria ter de dizer adeus
Mas você sabe que esta era minha única saída
A moeda estava na sua mão
Mas você não quis jogá-la
Então eu tive de fazer por nós
Eu não queria ter de dizer adeus
Isso é muito doloroso
Me desculpe...
Mas não posso imaginar outra segurando sua mão
Estar no seu colo como um dia eu estive
Esta era minha única saída
Eu não queria ter de dizer adeus
Mas a moeda não foi jogada
Então eu tive de fazer por nós
Olhar pra trás e ver você desaparecendo
Dilacera minha alma
Minhas lagrimas são de sangue
Eu não queria ter de dizer adeus
Queria apenas segurar na sua mão pra sempre
E ficar nos seus olhos eternamente
Me desculpe...
Mas não posso imaginar outra segurando sua mão
Estar no seu colo como um dia eu estive
Esta era minha única saída
A moeda estava na sua mão
Mas você não quis jogá-la
Então eu tive de fazer por nós
Me desculpe...
Eu não queria ter de dizer adeus.
Ao sestear, lacrei os olhos e pensei forte, que tudo era aprendizado, fase ruim e esvoaçaria tão logo eu despertasse. E simplismente, aconteceu.
Era uma vez um anjinho muito distraido
chamado Amorel que recebeu uma incumbência
de Deus:
- Amorel, acabo de inventar os humanos, eles,
estão classificados, como homem e mulher,
cada um tem seu o seu par e já estão todos
alinhados de par em par.Pegue esta bandeja de
humanos e levem para que eles habitem a Terra.
Amorel ficou contente, pois há muito tempo o
Senhor não o chamava para tão nobre trabalho.
O Anjinho pegou a bandeja e ao virar uma esquina
lá no céu, trombou com uma Anjinha chamada
Amanda.A bandeja voou longe e todos os casais
de humanos se misturaram. Amorel e Amanda
ficaram desesperados e foram contar ao Senhor
Deus o ocorrido e o Senhor falou:
- Vocês derrubaram, vocês juntarão!
Porém, parece que Deus se esqueceu que os
Anjinhos eram distraidos. E é por isso que a
cada dia os casais se juntam e se separaram
mais.Os dois Anjinhos trabalham incessantemente
para os casais originais se encontrem; o trabalho
é muito difícil, tanto é, que por muitas vezes eles
juntam os casais errados, pois os humanos espalhados
ficam inquietos e cobram o serviço dos anjinhos o
tempo todo.
Quando os humanos se mostram muito desesperados,
os anjinhos unem dois desesperados, mas logo depois
percebem o engano e os separam, e por muitas vezes
esta ação é brusca, pois não se tem tempo a perder.
Recebi um bilhete dos dois Anjinhos agora e vou mandar
o recado a vocês:
- "Se você é humano, queremos pedir desculpas pela
nossa distração, pois errar não é só humamo.!...Estamos
trabalhando com empenho, porém sempre contando com
a ajuda de vocês.Não se desesperem, mas tabem não se
isolem, tentem mostrar, realmente, quem é cada um de
vocês, pois a medida que cada um mostrar o que é de
verdade, vai tornar o nosso trabalho mais facil.Aproveitamos
a oportunidade, para nos desculpar pelas separações
abruptas, sabemos que elas geram muito transtorno, mas
se nós o separamos de alguem é porque em algum canto
vimos alguem bem mais parecido e por isso precisamos
isola-los para facilitar o encontro. Fiquem com Deus!"
O vento que soprava parou
O amor que grande era, agora acabou
Você já não mais me importa
Vá-se embora por aquela porta
A cada dia que passava, dizia pra mim mesmo que era um dia especial, cada dia, hora e minuto que passo ao seu lado se torna mais especial ainda!
Te amo Stefani
Noite Passada
Um profundo sono na noite passada não pude ter!
Era uma preocupação que hoje demanhã não deu pra esconder!
Alguma coisa não estava deixando eu me concentrar no sono!
Nauséas, tonturas era apenas um pequeno transtorno!
Uma sensação de ter alguem ali te vigiando!
Acordava assustado e tudo tava rodando!
Era uma noite muito quente, mesmo que pra eu não pareça!
Estava suando frio com edredon tampado até a cabeça!
Tremia como se tivesse com frio!
Tudo por culpa de brigas, eu ainda quis ser o gentil!
Sentia um vazio aqui dentro de mim!
Como se o meu coração já não estivesse mais ali!
Enquanto estava aqui sozinho passando mal!
Estavas em outro lugar, se divertindo e tal!
Teve um momento que acordei e o lado esquerdo tava dormente!
Ia morre feliz, por tudo que aconteceu com a gente!
Estou me sentindo desconcentrado cm um vazio na mente!
"Deus criou todas as coisas e vendo que era perfeito,
deu olhos a alma humana , para que pausasse o tempo
e captasse a magia... E chamou isso de Fotografia."
O plano não era esse. O plano era que o encanto permanecesse. O plano era se encantar sempre. O plano era não ter partidas. O plano era não precisar de mudar, o plano era não cansar, o plano era que permanecesse sempre assim.
O plano não era te perder. Não era ter saudades insuportáveis. Não era te deixar nem te dar o último abraço.
Com o umbigo e tudo que vem depois do perigo, com o bonsai, haicais, jardim de inverno, girassóis, e rascunhos guardados na gaveta do criado mudo ao lado da cama, eu fico, mais uma vez, esperando que você volte, como voltou naqueles quinze minutos.
Tudo bem... Eu fico, a gente fica. A gente continua preferindo as filosofias, as tardes de encanto, as noites de inverno, as manhãs de chá quente.
É como uma rosa. Existia somente o botão, escondido num canto, até ser tocado pelo vento e iluminado pelo sol. Iludida por todo o encanto, se abre e desabrocha numa das coisas mais belas que existe, num dos maiores significados do amor, da paixão, da vida. E, sem demora, morre. Levando consigo toda a beleza, toda a luz, todo o significado.
O mar estava lindo, tudo com cara de inverno.
E no espelho, o pior e o melhor de mim. Eles já não ficam mais guardados, escondidos em algum canto aqui dentro. Mas ficam expostos, sem vergonha de mostrar exatamente o que são, o que sempre quiseram.
Você bateu aqui na porta e eu deixei você entrar, só entre com cuidado, olhando onde pisa, não toque nos quadros, nem abra as caixas do canto da sala; sente-se sem desarrumar as almofadas - elas estão pela ordem das cores. Deixe a música tocar e não abra a janela.
E se eu não sentar ao teu lado, me deixe quieta. Não faça perguntas. Não invente histórias. Não pergunte se estou bem... Também não pergunte qual a fase da lua nem se o sol saiu hoje, faz uma semana que não saio de casa.
Essa semana não estava nos planos. Nem esse ano, nem ano passado, nem ano retrasado.
Nada disso estava nos planos. E por não estar, eu me perdi, e agora vivo procurando motivos para tocar piano como antes, quando eu atraia os pássaros com os sons que eu tocava, sem partitura... Só deixando que os dedos tocassem o que saía da alma.
Queimei os rascunhos da gaveta... Não os quero mais. Eram pensamentos aleatórios, impulsões. As malditas impulsões que sempre me fizeram agir de maneira errônea, sem razão.
Talvez eu mande aquelas cartas que escrevi e termine o livro que comecei.
Talvez... Quem sabe.
A vontade aqui mesmo é de estar longe, de respirar um ar mais puro, sem esse sufoco de superar expectativas. Olhar tudo do meu jeito, sem seguir regras, sem deixar que manipulem, que suponham.
Simplesmente... Respirar um pouco mais além, sentir o ar entrando e oxigenando.
Quem sabe, depois eu penso um pouco em tudo.
Não vale à pena nada disso, nenhuma tortura, nenhuma culpa.
O que vale realmente é a vida que está sendo vivida e que, a propósito, é uma só.
Fica aí com tudo que é contrário ao que eu tenho aqui... Né, não?
UM DIA
Um dia disseram-me que era impossível tocar o brilho do sol.
Um dia tentaram fazer-me acreditar que o amanha é impossível... E que é ainda mais impossível tentar modificá-lo.
Um dia me disseram que as flores são mortais e que poesias nada mais são do que apenas e somente simples palavras.
Um dia disseram-me que os sonhos são para fracos... E buscá-los é uma mera e irrefutável ilusão.
Um dia falaram-me que a amizade é algo torpe e vago... E que amigos não são nada.
Um dia me disseram que não existe romantismo... Que o amor é inexistente, que sensibilidade é sinônimo de fraqueza e que é impossível viver.
Um dia... Em cada uma dessas palavras acreditei.
No entanto... Um dia conheci alguém que mostrou-me a realidade: me mostrou que posso tocar não só as estrelas, mas, toda a constelação.
Mostrou-me que o hoje é o reflexo do amanha, que ontem é passado e que o hoje deve ser vivido com toda a intensidade.
Mostrou-me que os sonhos movem o homem e que tentar realizá-los é o que move a vida.
Mostrou-me que as primaveras são imortais; que as flores nunca morrem e que sempre existem através e dentro das poesias.
Mostrou-me que amigos são anjos que nos levantam quando nossas asas esquecem como voar, que são uma segunda família e que temos o dever de guardá-los e preservá-los.
Mostrou-me que o romantismo jamais deixa de existir... Porque o amor existe em cada gota de orvalho, em cada toque da natureza e em cada coração que vive.
Mostrou-me que a sensibilidade é sinônimo de força e que viver é a mais bela de todas as dádivas.
Um dia... Você mostrou-me tudo isso... As estrelas, o brilho do sol, o amanha, as flores, as poesias, os sonhos, o amor. Então a partir desse dia, percebi que a vida é a coisa mais bela que existe e que tudo é possível quando se quer algo.
E hoje AGRADEÇO:
Por você ter entrado em minha vida.
Por se fazer brilho em cada estrela
Raio em cada sol
Realidade em cada sonho
E primavera em cada flor.
Sem razão para explicar.
Sempre foi minha vida, era completamente o ar que eu respirava, era o homem certo que apareceu na hora certa. Nunca soube dizer se era realmente o grande amor da minha vida, só sei dizer que ficou em um dos melhores anos dela. Eu sei, eu era inocente e acabei me envolvendo demais com esse sentimento, mas ele quase não cabia dentro de mim. Eu tinha que desabafar, tinha que te contar o que eu sentia. Mas nada é como queremos, nada tem um sentido exato, e o meu amor por você nunca teve uma explicação realmente tolerável.
