Epigrafes sobre Arte Medieval
Para meu conceito não existe o novo na arte. Existem sim novas maneiras de ver o que em submersão, submissão, coexistia, fazia parte mas não era notado como valor e referencia, que de repente por uma nova leitura emerge.
A boa arte nada tem haver com o pano pintado e o arame contorcido. Mas os valores altos nada tem haver com a qualidade, são movimentos autônomos do mercado de arte, segue e acredita quem quer.
Cabe a arte contemporânea e a tecnológica alcançar novos admiradores com interlocuções de todos os sentidos e os museus se adequarem.
Cabe a curadoria de arte, ir além do universo privado e particular do artista e sua obra e encontrar uma nova conexão com o olhar publico inclusivo de todos os espectadores. Com isto provocar novos diálogos entre a obra, o tema, o tempo e o espaço.
A arte não é refém de governos e nem dos poderosos. Muito pelo contrario vive por criatividade em liberdade contra tudo que é imposto e não existe.
Por mais que não pareça a arte indigenista nativa e a arte popular cabocla é o que há de mais valioso na cultura artística brasileira.
Toda obra de arte de qualidade uma vez gerada, aguarda eternamente encontrar especificamente seu verdadeiro dono.
O mercado de arte universal tem o péssimo habito de super valorizar, divagar sobre a grande importância e valor das criações geniais do artista morto.
Quem é de Marte é de Marte mas quem é de Arte vive generosamente fazendo arte sem parar em todo o lugar.
O Brasil do seculo XXI, índio-descendente ainda pouco se reconhece como resistência, arte e cultura.
A arte e a cultura brasileira de raiz ainda pouco compreendida nas praticas e institucionalmente por tantos classicismos. Deveríamos ser menos greco-romana e oriental e muito mais xavante, macuxi, tupi, ianomami, pataxó e carajás.
Sou carioca e reconheço que a muito da arte se faz aqui mas a cultura brasileira em todo seu esplendor, só mesmo em São Paulo. A arte e cultura de todo o Brasil levada a serio com toda a dignidade que merece.
