Epígrafe Morte
Nada acaba. Tudo é eterno, ainda que mude de forma, de jeito, de clima, de tempo. A morte é apenas uma passagem para uma nova sorte.
Morte, há quem te suporte?
Morte, quem é tão forte?
Morte, em cena...
no palco da vida encena...
um corte!
Morte, o fim
pra você, pra mim.
Não sei lidar com a vida, como não sei lidar com a morte...talvez por isso, alguns dias esteja viva com a sensação de que já morri...
Se para ter direitos é preciso ser idoso...prefiro não ter direito algum,
e se a morte é um eterno descanso, prefiro viver exausto!
Se a morte reclamar a minha existência, doarei toda a história da minha vida para que Tu, completes a Tua.
O termo “descanse em paz” usado muitas vezes após a morte de alguém, não muda o destino de alguém que não viveu pelos princípios bíblicos!
Os infelizes e inconsequentes se alegram com o morte de outrem. Os felizes e sensatos se consternam e se compadecem pela perda, é uma atitude grata do coração. Os inconsequentes terão um merecido fim.
“É compreensível chorar após a morte de um ente querido, seja familiar ou pessoa próxima, mesmo que ele seja cristão, embora eu não veja tanta lógica nesse choro. Afinal, não viemos para sermos eternos neste mundo; convenhamos, este mundo não seria um bom lar.”
Se um problema aparecer, vamos tentar procurar uma solução. Só não há solução para a morte.
Respiro e mato.
Isto é barulhento, me deixa preocupada, escuto até mesmo o som da morte, eu respiro a morte.
Apenas no sono, apenas lá não destruo nada, isto não é um sonho? Não ferir nada.
Lamentamos a morte de alguém, principalmente quando bate o remorso, mas não valorizamos os vivos. Um adeus fúnebre, faz doer a alma, porque lembramos que o nosso orgulho de nada serve.
Negando eu a morte, e desacreditando-a com todo o fervor, seria então possível viver eternamente? Ou a descrença, por mais vívida e, em sua subjetividade, até coerente, será sempre vencida pela imutabilidade da verdade que a realidade impõe?
