Enquanto o Sol Brilhar
Sensação térmica (calor no cerrado)
O cerrado está com palpitação ardente
Enquanto o sol avança com seu calor
Embalado na sede que arde na gente
Trazendo o desânimo com árido rigor
Sem nuvem o sertão é abafadamente
Fundando na mente acalorado rubor
Inflamando o horizonte, vorazmente
Dando a cada canto calmoso fulgor
Sensação térmica com cálida oratória
Dá piedade, dá alívio, nesta trajetória
Dá refrigério, conforto, harmonização
Porque chegamos no limite, no limiar
Ah calor! Fervente, tenha compaixão!
Porque és suor no verso a transpirar.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 março, 2024, 13’37” – Araguari, MG
O sol se despede
Para aqueles dias pálidos
Enquanto estrelas vagam na tristeza
O amanhecer chega e se vai
E deixou suas almas sozinhas
Homens, com medo em seus olhos
Foram vencidos pela escuridão
- The Silent Winter
Você é Sol, eu sou Lua
Você é Sol, luz constante,
Brilha forte, radiante,
Enquanto eu, em fases, me perco,
Ora cheia, ora minguante.
Você ilumina sem cessar,
Eu me escondo, volto a brilhar,
Cada um com seu tempo e jeito,
Mas juntos, a se completar.
Seu calor é firme, seguro,
Meu brilho é sutil, obscuro.
E, mesmo distintos, eu sei,
Somos parte de um mesmo curso.
SimoneCruvinel
O tomate murcha no silêncio do tempo, enquanto o sol se esconde atrás das montanhas que não precisamos mais escalar.
Eu falei de você para Deus hoje!
Enquanto o sol nascia no horizonte, os pássaros saíam de suas casas, cantavam músicas e faziam a festa em meio ao céu, senti que Deus tinha me dado um bom dia o tanto quanto inacreditável e perfeito.
Em meio ao caminho do trabalho, observei todos os detalhes em minha volta, pela primeira vez, é sempre mais incrível quando é a primeira vez, ver e ter sensações que nunca tenha tido antes, senti a presença de Deus naquele momento, vi coisas que nunca parei para ver antes, as cores, criaturas e todos os formatos, o quão belo é a criação de Deus.
Senti no mesmo instante uma saudade imensurável por ela, do seu toque, do seu cheiro, da sua voz, do seu sorriso, do seu olhar...
E naquele momento eu falei de você para Deus, em detalhes descrevi os meus sonhos, como um amigo falando para outro amigo, assim veio um filme em minha cabeça.
Desde o primeiro dia que eu a conheci meu mundo mudou completamente, pois ela se tornou meu mundo, e as coisas iam acontecendo como em um filme, nossa conexão e amor transcendiam nossos corações, uma conversa profunda entre olhares que nenhuma palavra precisava ser dita, nossas orações ditas em voz alta de mãos dadas e com o coração em Cristo nos fortalecia ainda mais.
E então o filme continuava, ao momento em que fazíamos planos, nossos filhos, nosso casamento, nossa lua de mel e nossas metas. Desde a cor do vestido até o nome dos nossos filhos, do lugar em que iríamos morar até a cor dos nossos carros, e então Deus ia me mostrando, como em um filme.
Ao momento em que chegou no enredo do filme, eu chorei.
Faltando poucos dias para o casamento, falei sobre ela para Deus e senti uma saudade imensurável por ela, sai do meu serviço e as cores do céu estavam em tons diferentes e as estrelas começavam a aparecer, a lua cheia mostrava os detalhes de Deus em tudo.
Chegando ao dia do casamento, falei sobre ela para Deus, logo senti uma saudade imensurável por ela, então chegando ao lugar onde haviam várias cadeiras e um gramado verde com flores e decorações de panos brancos, vi o toque de Deus sobre todas as orações pedidas, estive no altar enquanto todos conversavam entre si, os nossos pais reunidos e mais ansiosos.
A música começou a tocar, ela começou a entrar, vestida como um anjo do senhor, cuidada em todos os mínimos detalhes, com seu brilho que só ela tem, com seus cabelos pretos e longos e o sorriso que refletiam brilho como um diamante, não contive a emoção, nesse momento falei sobre ela pra Deus e ele me mostrou o amor dele sobre nossas vidas e o sua benção em todos os detalhes.
Os pássaros cantavam e o filme continuava enquanto o sol adormecia
Na nossa primeira viagem juntos, fomos até o lugar mais frio que podíamos ir, nossa lua de mel, escolhemos o melhor lugar, tivemos o nosso momento juntos enfim, nesse momento falei sobre ela pra Deus e ele me mostrou a mulher mais bela desse universo enquanto meus olhos brilhavam e admirava cada detalhe sobre ela, senti o toque de Deus em todos os detalhes e o quão pura e perfeita é sua criação, ao vê-la, eu pude contemplar a obra mais perfeita de Deus.
Em um lugar distante de onde moravamos, fizemos nossas vidas, novamente me peguei falando sobre ela para Deus e ele me mostrou um lugar Diferente e acolhedor, com um clima agradável, onde teríamos nosso recomeço juntos, nesse momento senti o projeto de Deus nas nossas vidas.
Em um momento, eu cheguei em nossa casa e ouvi passos de uma criança alegre e feliz correndo e gritando meu nome, era a Helena, uma menina meiga e doce, dizendo o quanto sentia saudade de mim e pulou em meu colo e me abraçou, logo em seguida minha esposa correu até a mim e me abraçou também, nesse momento eu falei sobre elas para Deus e ele me mostrou o amor verdadeiro, percebi o quanto ele nos amava.
Os dias foram passando e enquanto eu dirigia para ver meu time de futebol jogar, Thiago e Abraão gritavam e cantavam de alegria e Helena sem entender nada, entrou no clima também, enquanto minha esposa sorria e participava. Nesse momento falei sobre tudo para Deus e ele me mostrou que os planos dele é perfeito.
Assim que o filme se encerrava, Falei sobre ela pra Deus e em todas as vezes e fases, o seu nome era dito e em todas vezes Deus me mostrava sobre ela para mim.
O infinito é incalculável, o meu amor por ela é inimaginável, o que sinto por ela não existe matemática, não existe texto, poesia ou qualquer expressão de entendimento, ela não entende, ninguém entende, somente Deus, ainda irei queimar de amor por ela como no primeiro dia que a conheci até o meu último suspiro.
E eu falarei sobre ela para Deus todos os dias da minha vida.
Eu nunca tive mãe.
Você deixaria o Sol ser meu por enquanto?
E o oceano, pode ser meu filho? Sou muito boa em cuidar das coisas, apesar da minha criação.
Em realejo o sol nunca deixa de ser azul, há sempre uma canção que faz ninar as crianças enquanto vagam com seus unicórnios. Como é possível sabe-lo? Os gatos cantam e os pássaros desfilam sobre a relva que cresce linda. De repente num interlúdio de pássaros vi uma clareira de formigas dançando de mãos dadas, era sobre a chuva daquelas esquinas esquecidas e entre pássaros e formigas que cantavam, as anêmonas esverdeadas dançavam canções de sereias do mar que já molhadas estavam.
Enquanto houver aqueles que se arrebatam vendo o mesmo astro da aurora no Sol que se põe, o mundo está salvo.
No céu profundo, a lua brilha,
Com seu manto de prata a reluzir,
Enquanto o sol, em sua maravilha,
Acorda o mundo, pronto a aquecer.
Você é a lua, tão serena e bela,
Que ilumina as noites com seu suave olhar.
Eu sou o sol, com minha luz amarela,
Que busca seu brilho para sempre amar.
Juntos dançamos em um eterno ballet,
Em ciclos de amor que nunca se vão.
Quando o dia chega, você se despede,
Mas no meu coração, você é canção.
Às vezes distantes em suas jornadas,
Mas sempre ligados por um fio invisível.
Nosso amor é uma história encantada,
Uma sinfonia que nunca é esquecível.
E mesmo quando as sombras se aproximam,
E os desafios parecem nos separar,
Eu sou o sol que sempre ilumina,
E você é a lua que vem me guiar.
Assim seguimos, lado a lado,
Um amor que brilha e não tem fim.
Na dança dos astros, somos sagrados,
Você é minha lua; eu sou seu sol assim.
O estranho na floresta
O Sol, o azul e o verde
Pintam minhas retinas
Enquanto o frio, a fome e a sede
Já não passam de rotina
A brisa branca
Beija meu rosto
Enquanto sinto o estranho gosto
Da carne crua
A água
Leva embora minhas mágoas
Sob a terra
Jazem minhas antigas guerras
O vento
Leva para longe o meu tempo
E sob o fogo
Ardem meus inimigos
A canção dos pássaros
Passeia por meus ouvidos
Isso tudo é divino
Disso não mais duvido!
Acima, além
O Universo me observa
E eu me pergunto
“O que ele tem? O que me reserva?”
Eu caminho sem rumo
Essa trilha é meu berço
Minha história
E meu túmulo
Não temo a morte
Pois não penso mais nela
Sigo forte, a cada dia
Rumo ao presente, a minha meta
Já não consigo me lembrar
Como era a vida na civilização
Agora meus únicos amigos
São o mato e a solidão
O falso amigo é como um relógio de sol na sombra. O relógio só funciona enquanto houver energia. O falso amigo mantém a amizade só enquanto for vantajoso para ele.
É certo que enquanto lá fora o sol brilha, cá dentro, pensamentos inversos confundem meus passos que vagueiam nem sempre seguros
“Enquanto está chovendo, não espero o Sol chegar,
mas aproveito esse momento para experienciar.
Admirando as gotas que caem e molham o meu jardim,
pois há alguém sempre comigo, segurando um guarda-chuva junto de mim.”
Caminhando sobre a servidão de meu Pai, enquanto o sol estava se fazendo.
Descansei sob a sobra de uma acácia e, a brisa me trouxe o sabor da lavanda.
Adormeci e me deixei seguir.
A terra, estava desprovida de vida.
Vi meu consolador, me dizer para fazer.
O tempo passou e hoje, a terra está viva.
Só graças aos que me intuiram.
Olhem e aproveitem a beleza da transmutação.
Aquele que tudo pode, vai mostrar o caminho e a Luz.
Que, na mata, agora existente, habite aqueles que, para elas foi criada.
Oke caboclo.
Salve, Pai Oxossi!
Ivan Madeira
Enquanto as árvores balançam, vejo por entre as folhas verdes os raios de sol. Tais raios arranhavam meus olhos, fazendo-os doer com seu brilho incessante. Porque eu não conseguia parar de olhar para aquilo que só me causava tamanha dor? Tudo tem um sentindo, ou não era para ser. Eu olhava os raios do sol para alcançar você. Eu olhava para encontrar teu sorriso, pois aqueles raios, por mais que machucassem meus olhos, me transcendiam paz, irradiando serenidade, e um pouco de você. Não importa o tanto, mas era você lá, em meio àquele brilho todo. E quando chegou a noite, aquilo que machucava meus olhos, passou a amaciá-los, para que recebessem teu afago, teu carinho, tudo o que deseja me passar. Não importa o que aconteça, o dia, o lugar, o ano. Eu sempre vou te amar, tendo o sol, ou mesmo o luar.
Enquanto a neblina despedia-se do Sol, e a aurora escondia-se atrás das montanhas. O Sol acordava o pássaro, e o pássaro o poeta.
Ele cantava porque a vida sorria no brilho, e abraçava no calor; ele namorava a vida, e a vida namorava ele; mas esse seu canto produziu faíscas que queimou o ostracismo do poeta, ao ver esse namoro
Bom tempo
Ora, ora, ora, ora
Enquanto o vento leva embora
todas as mágoas e as angústias
O sol se abre para o amor
traz a alegria e o esplendor
de que necessitam nossos corações.
A brisa que bate na janela (de madeira)
logo cedo, ao amanhecer
Me traz um cheiro de canela
e me faz lembrar de você.
