Encontro
13 de Junho
Ao leve frio do inverno em cor
Noite bela que clara incendeia
A dois um encontro se pôs a compor
A deslumbrante magia da lua cheia
Um vinho tinto e o leve ardor
Nossas histórias, nossos relatos
Recende em brasa a pele em flor
Inocente talvez - Incerto de fato
Tênue barreira dentre teus lábios
Em despedida a pôr-se afora
Retraídos em nosso temor
Firmou-se claro num beijo roubado
O principio de nossa história
O nascer do nosso amor
(Des)_encontro de Amor
Houve um tempo no tempo confuso
Houve uma espera do querer obtuso
Um rosto desenhado na tua saudade
De um não confessado contentamento
Houve uma resposta não falada
Eventual encontro na madrugada
Duas almas embalsamadas no sonhar
Ambos encarcerados n’arte de amar
Houve um encontro de amor
Esdrúxulo, eventual, furta-cor
Perdurou apenas uma estação
Mas restou, na alma, toda emoção
No Recreio
.
Falaram-me de lanches
De uma fila cotidiana
Encontro de olhares
Arrisquei
Me expus mais
Cogitei maior
Tirei os olhares e coloquei vidas no lugar
Eu compreendi
Não apenas pelo fato em si de entender
Entendi por que pensava o mesmo
Sentia igual
Confesso meu ódio mortal
Esperar
Mas não me importei
Estava ali todos dias
Aguardando por um lanche frio
Esperando a tal troca
Não a do dinheiro pela ficha
Ou da ficha pelo salgado
Mas a do saber da existência
Sobre A Luz das Velas
Encontro-me com as mais valiosas
Ferramentas em minhas mãos
Pelos meus dedos escorrem letras
Em um mundo extremamente frio e amargo
Meus olhos fixam-se naquele pedaço de papel branco
A melodia escrita nas rimas
Refleta o mais puro dos sentimentos
Pois é fascinante a combinação
Do lápis e daquela folha
Mas por que as palavras ainda não fluem?
Resisto firmemente a amargura
Com uma armadura metalica
Com letras douradas
Que protege-me diante de tanta ignorância
De tanta bobagem e de tanta cegueira
Dirijo-me ao meu refujo
Onde encontro a liberdade
Junto a chave sagrada para os portões.
Negros que tentam bloquear meus pensamentos.
Voando por um mundo azul
Onde meu corpo movimenta-se
Conforme o vento toca as árvores.
De repente acordo
Com o vinho derramado sobre mim
E vejo-me no espelho
Refletindo A luz das velas
A luz de minhas ideias.
O limbo da educação
Mesmo batizada logo nos primeiros meses de vida, encontro-me no limbo. Há quase três anos, o vaticano decretou o fim do limbo para os não-batizados, mas eu - mulher de 22 anos, batizada, que já não sou mais bebê faz tempo, mesmo após o decreto feito pela Igreja Católica, ainda me encontro no limbo.
Já vivo nesse limite faz tempo, sempre tive consciência da minha situação. Mesmo quando tudo me fazia acreditar no contrário, eu sabia que essa margem, quase invisível, ainda estava ali. Não quero dizer que preferia estar de um lado ou estar do outro. Apenas quero gritar aos sete ventos que ainda estou viva e que tenho o dever de viver. Quero apenas o que me é de direito, no caso, a educação. Cansei de ser uma morta-viva sem voz.
Sou uma quase rica e uma quase pobre ao mesmo tempo. Tenho renda, mas não o suficiente. Falta-me renda, mas não o bastante. Sou branca com antepassados mulatos e índios. Tenho sangue azul, amarelo e preto.
Se puxasse a pele do meu avô materno, talvez pudesse me declarar parda, mas não, minha pele nega o meu sangue e eu sou negada por não ter a cor da pele. Negada também por, a duras penas, ter feito, exatamente, metade do segundo grau em um colégio particular. Negada por ter feito um esforço descomunal para ter acesso a um bom ensino, que deveria também ser direito de todos os seres humanos, e que agora me é negado novamente.
Estou realmente no limbo. Entrei para Universidade, mas não tenho mais como pagar, talvez nunca tenha tido realmente condições, mas eu, com o ensino defasado, resultado de idas e vindas entre escolas públicas (que nunca realmente supriram todas as necessidades que me são exigidas hoje) e particulares, não tive outra opção a não ser penar, endividar-me e tentar pagar.
Não existem cotas para brancos de sangue negro. Também não existem cotas para quase pobres. Não tenho direito a PROUNI porque sou uma quase rica, afinal estudei metade do segundo grau em um colégio particular, não é. Sou uma quase rica que não tem mais como pagar a faculdade. Sou uma quase pobre que não tem prioridade na Universidade e, se depender disso, vai ficar no quase para sempre. Quase rica, quase pobre, quase formada, quase cotista, quase lembrada, porém esquecida.
A igreja diz que Deus quer que todos os seres humanos sejam salvos, mas ele não me poupou. Ótimo que os negros e os pardos, que realmente merecem auxílio por todas as barbaridades que viveram e infelizmente ainda vivem - e que, mesmo tendo preferência, ainda não são um número representativo dentro das Universidades, tenham sido lembrados; concordo também que aqueles com renda familiar baixa e que estudaram em (deficientes) escolas públicas recebam ajuda.
Mas e eu? Enquanto isso eu continuo vivendo no limbo, entre a porta de entrada da Universidade Federal e a porta de saída da Universidade Católica, à margem do direito ao ensino. E vivendo nesse limite, a única coisa que me resta é chorar e berrar feito um bebê, talvez, somente assim, eu seja realmente lembrada. O MAIS IMPORTANTE PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE SADIA É A EDUCAÇÃO.
naftalinne@gmail.com
"Os meus olhos ardem quando eu encontro os seus belos olhos sonhador e a minha boca permanece desumidificada exaltando ardentemente o seu sabor."
É quando encontro-me no abismo, que reconheço-me e deixo florecer meu lado sentimental. Criando o novo, a arte, o que chamam de "belo".
O encontro no perdido
Na esquina, dois lados da rua, dois destinos se perderam. Andar feminino, pés descalços, lágrimas no rosto. Olha o vulto masculino, sem destino, arcado, o frio do vento suprime suas dores. O asfalto devolve seus sonhos.
Questões da Mente
De todos os lados
Encontro grandes amigos
Mas é como se eu estivesse sozinho
Em minha questões
Não encontro resposta
Só o desespero...
Onde a música
E nem a poesia
Podem responder
Belo Monstro
Me apaixonei por um homem
Mas o que eu encontro
É um ser sem alma e coração
Que me deseja para o trabalho
O amor que tu me diz
É monstruoso pois é a sua definição de amor
Após minha libertação
Sinto que voltas a pedir perdão
Pois quer novamente a escrava
Mas só tenho algo a lhe dizer...
Ao dizer sim no nosso casamento, estava te aceitando desta forma, e está partida lhe diz que sou mais do que qualquer mulher e por causa disso eu volto, não porque tive pena mas porque o amo, o amo a ponto de aceitar você novamente meu amor
O amor é o encontro entre duas partes , onde as duas partes se reencontram com aquele que estava perdido de si mesmo há muito tempo.
Então me encontro nesse labirinto, preso, entre o caminho áspero do amor, e o caminho prático da razão.
“A maior alegria que um pai e uma mãe poderiam ter, antes de irem ao encontro da Divindade, é de verem todos seus filhos no caminho certo e muito bem encaminhados na vida.”
Por hoje não importa em qual universo eu me encontro, porque onde quer que eu esteja, tudo que eu mais quero é me esvair em gratidão por você ter enfrentado a árdua missão de descobrir em mim um novo mundo e me transformar num bom lugar de se viver. Você desbravou a face mais oculta da minha alma e me colocou no “mapa mundi” da vida. Ao me proporcionar um endereço onde a felicidade, enfim, pudesse me encontrar, você fez da ilha que eu era um continente vasto, ensolarado e de solo tão fértil quanto um jardim onde a poesia pode a qualquer instante brotar.
Você foi corajosa, destemida e libertária. Você ousou criar paisagens improváveis na solidão árida dos meus sertões. Pela força das tuas mãos, eu vi montanhas serem arrancadas do meu caminho e, aos poucos, eu fui transpondo os intermináveis acidentes que atrapalhavam a minha caminhada. Depois de você, a escuridão que me envolvia sucumbiu ao sol que brilhou bem no meio da noite e me fez sorrir. Enquanto todos dormiam, você me acordou sutilmente para que eu pudesse viver um sonho mais que perfeito.
Como foi bom ver o legado das tuas ações ampliarem os meus horizontes! Eu era só pedra e escombro, e lá estava você, modificando a minha geografia, redefinindo os meus pontos cardeais, amansando os meus relevos e me submetendo carinhosamente a uma profunda reforma nas minhas estruturas. Você me remodelou através de uma arquitetura tão refinada e intensa, que até o meu jeito de enxergar o mundo se transformou em algo novo e muito mais interessante.
Você se embrenhou nos ermos da minha história, abriu ruas, praças, avenidas e estradas que levaram paz até os confins do meu coração. Foi o teu amor que ascendeu o fogo que iluminou os meus dias de penumbra e me aqueceu do frio que me mantinha aprisionado àquela triste e decadente forma de não viver.
Mas como toda obra tem começo, meio e fim, você seguiu o teu rumo e eu fiquei ali, semi-acabado, empedernido, rígido e imóvel. Fiquei como se eu fosse um casarão erigido no alto de uma colina, porém vazio, triste, relegado à posteridade e aos caprichos do tempo. Você foi embora e eu fiquei desabitado, fechado para visitas, com as luzes apagadas e os portões trancafiados. Sem você as minhas calçadas ficaram cobertas por folhas secas, pela poeira do tempo e pelo musgo que brotou das lágrimas de saudade que eu derramei.
Foi assim que eu me senti depois de tanto sonhar com cercas brancas, gerânios nos canteiros, crianças correndo pelos parques e risos ecoando na memória. Depois de ter vivido aqueles dias de glórias, bailes e canções, e depois ver as minhas paredes quase desabando no sopé do teu esquecimento, cá estou eu novamente, com as minhas varandas voltadas para o amanhecer e com as janelas abertas para que novas brisas possam arejar a minha alma.
No mais, agora é o futuro quem dirá o que vai ser de mim e quais plantas eu vou cultivar nos espaços livres do meu quintal. O que mais vale para mim é o fato de que se ontem eu fui um território inóspito, hoje eu sou uma cidade construída em terras localizadas bem no centro das minhas atenções e povoada por bons sentimentos.
No país que você descobriu e que tem o meu nome, o calendário não tem pressa e todos os dias parecem ser um belo final de semana. A felicidade agora é o paradeiro onde qualquer um pode me encontrar. Obrigado pela coragem que tiveste de me desbravar e de me libertar dos limites impostos pelas minhas antigas fronteiras. Se não fosse por você, hoje eu seria apenas um planeta distante onde nem o mais invencível dos heróis conseguiria sobreviver.
Sair na escuridão com o brilhar da Lua cheia
Percorrendo o Mundo em busca da Liberdade
Encontro Horizonte então nada tem um fim
Seu Coração pequeno demais para tanto Amor ...
Me olho de Abismos, quero ser um pássaro a Voar
Mas continuarei a correr
Nas Águas das Cachoeiras ao Amanhecer
Ventos trazem em minha direção um lindo homen com um Cavalo Branco
Intacto e cheio de Pureza, como a juventude é pura
e isso vai me bastar para sempre
Mas uma noite se foi...
e na realidade; tudo se renova para mas uma batalha de Raios de Sol.
Encontro
A casa estava vazia
Sozinha, caminhando pelo jardim
Fui ao encontro da paz
Fugi para dentro de mim
Pensamentos agitados
Como as ondas do mar
Não era eu
Não era nada
Inebriada pelo jasmim
Corri para a calçada
Não era eu
Não era nada
Retornei para a casa
A paz estava ali.
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