Encontro
Irritada. Assim me encontro, um estado de espirito, que mais me parece eterno do que qualquer outra coisa, que eu possa imaginar. Lamentar? Lamento, apenas por aqueles que não tiveram a chance. E por mim mais ainda, que tive e a desperdicei.
Se me pego,
apenas te encontro.
Preenche-me, suspiro-te.
Fluido, abarcado por ti.
Teu brilho nos meus olhos.
Beijas-me, me percorre.
Sou teu jeito.
Todos os trejeitos.
Reproduzo-te.
Mas se choro, amor,
só choro. Choro só.
Sou só no choro.
Infeliz enganado,
abraçado no amor.
ENCONTRO COM A PALAVRA
"Aqui jaz Fernando Sabino. Nasceu homem, morreu menino". A frase poética escolhida pelo autor de "O Encontro Marcado" para a sua lápide expõe de maneira sucinta, mas explícita, um pouco da personalidade, dos desejos e anseios de um protagonista da palavra. Um autor cuja pena produziu, desde a mais tenra juventude, textos fundamentados na sensibilidade capaz de captar a angústia humana como poucos de sua geração souberam fazer. Sobre ele, um dos maiores críticos literários brasileiros, Antonio Cândido, avalia: "Fernando tinha um olhar infalível para os pormenores expressivos e uma capacidade prodigiosa de invenção verbal". Com a morte de Sabino, encerra-se um tempo singular que, por um desses desígnios inexplicáveis, teve o mérito de reunir, em uma mesma época e em um mesmo cenário - a cidade de Belo Horizonte -, o famoso quarteto de escritores mineiros composto por Sabino e pelos amigos Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos. Sabino foi o único dos quatro a chegar aos 80 anos. O único a sentir a ausência corrosiva provocada pela perda das grandes amizades. Suas dezenas de romances, crônicas, novelas, correspondências e relatos de viagem trazem em sua essência o cerne de um dom raro: o de fazer dessas histórias uma ponte entre a ficção e a reflexão. Um elo entre o eu e o outro. Entre o particular e o universal. A narrativa de Sabino instiga os leitores à realização de uma busca rumo ao autoconhecimento - virtude característica dos grandes mestres da palavra. Foi assim com o personagem Eduardo Marciano que, desde 1956, com a publicação de "O Encontro Marcado", prossegue arrebatando corações e mentes. A escrita fluente e a leveza que dava a textos de temáticas muitas vezes angustiantes nasciam de um cuidado extremista de Sabino com a palavra. O mesmo que dedicou à música. Eclético, como todos que possuem espírito inquieto, Sabino era baterista de uma banda de jazz - estilo caracterizado pelo predomínio do improviso sobre a técnica. Assim também era Sabino na literatura: artista cujo compasso ritmado era marcado pela junção da técnica e da sensibilidade. A perda do escritor mineiro já seria motivo suficiente para que o reino das palavras ostentasse luto por prazo indefinido. Entretanto, dois dias antes, o mundo das letras, da filosofia, do pensamento dava adeus ao filósofo Jacques Derrida, famoso pela teoria da "desconstrução", cujo princípio era desfazer o texto do modo que foi previamente organizado para revelar significados ocultos. Suas pesquisas apontavam que, tanto na literatura como nas demais formas de arte, é possível observar - por meio de análises detidas - numerosas camadas de significados não necessariamente planejados pelo criador da obra. Assim como Sabino, Derrida era o único sobrevivente de um grupo ímpar de personagens que ajudaram a compor a história de uma geração. Juntos, Althusser, Barthes, Deleuze, Foucault, Lacan e Derrida tornaram-se conhecidos como "os pensadores de 1968". Desde então, o filósofo contribuiu sobremaneira para o entendimento de questões essenciais à compreensão do século 20. O autor de "Espectros de Marx" não se furtava, mesmo já muito doente, o direito de viajar pelos continentes lançando luzes sobre temas variados e polêmicos como a literatura, a política, a ética, os conflitos árabe-israelenses, a luta contra o aparthaid, os últimos atentados em solo americano, a rapidez dos processos tecnológicos. Derrida era um cidadão do mundo, um homem que viveu apaixonadamente e defendeu sua ideologia e seus propósitos de todos os modos. A justiça, os direitos humanos, a conquista da cidadania e a dignidade da pessoa humana eram, invariavelmente, bandeiras que empunhava em favor da edificação de um tempo mais pacífico e igualitário para povos e nações. Foi ele, também, o criador, em 1983, do Colégio Internacional de Filosofia, a que presidiu até 1985. Sem dúvida, as vidas de Sabino e de Derrida são exemplos de entusiasmo e de dedicação. Convites a uma existência mais pró-ativa, passional, conectada à nossa verdade interior e à procura da felicidade individual que se expande para o coletivo. Foram-se dois grandes homens. Ficam duas grandes lições. Que todos tenhamos sabedoria para apreender os ensinamentos que deixaram em seus livros e que os manterá, para sempre, vivos. Afinal, como afirmou Derrida em uma das tantas entrevistas que concedeu: "(...) a vida é sobrevida. Sobreviver no sentido corrente quer dizer continuar vivendo, mas também viver após a morte".
Publicado no jornal Diário de S. Paulo
Encontro de retinas em fagulhas...
Espreita certa que abrem fogo nos vales corporais...
São gestuais de um bailado que vai deixando a trilha...
Sobre a palha seca de ninhos que não se querem mais vazios...
E quando se dá o toque...
Ao longe percebe-se seu sinal...
Onde há fumaça...
Há fogo!
Eu me reconheço, sei quem sou, o que quero... quando me encontro sem pretensões, encantada, sonhadora, viva, real, no meio da arte. Seja qual for a ferramenta de expressão, a arte é visceral, é única dentro de cada um. Praticar arte é o que me faz feliz.
Quando encontro-me em dias ruins
Minha ilha
Ah querida Marília
Alaga-se
Com uma água específica, chamada ódio.
Mas de repente sua face
Surge em meu pensamente,
Me torno mais forte
Crio coragem e encaro o mundo como ele é.
Penso em teu beijo,
Como ele é?
Sim, ele é meu maior desejo.
Sei que um dia ficaremos juntos,
Pode demorar,
Pode ser agora mesmo,
Não se preocupe, o amor dará um jeito.
Não se preocupe, o destino cuidará de nosso romance.
AMIZADE
quando se vive com alegria
enobreço ao meu dia
se me encontro com a tristeza
penso em todos que me amam
na roda gigante chamada vida
momentos bons, momentos ruins
dias claros, noites sombrias
a explosão de um sorriso, a desolação de uma dor
nesse sobe e desce, conhecemos pessoas
se relacionamos nos altos e nos baixos
mas conhecemos quem não só anda por baixo
e sim quem te projeta para o alto dessa roda
todos falam que a alegria é contagiante
é porque não conheceram ainda, a magia da amizade
quem chora, sofre e no final rir com você
amizade não se compra.....se conquista
Mas agora que você cismou de querer permanecer, eu não te encontro mais aqui. Em nenhum canto...
Não tem como permanecer o que nunca entrou. Eu participei, eu compartilhei, eu me doei, você nunca tentou...
Encontro-me num beco sem saída, que preciso achar a saída, para poder ter um rumo a seguir, seguir em frente, seguir em paz, seguir amando você.
Encontro com a essência de Deus
Viajei demais
Viajei para tão longe
Tentando encontrar a paz.
Levei comigo um coração vazio
Onde caberia e ainda sobraria espaço para tudo que comprei.
Até que alguém me disse em sonho:
Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida,
Morri por você e lhe Dou a Paz e a felicidade,
Que o mundo com todas as riquezas não pode comprar.
Estou sempre ao seu lado, esperando você abrir a porta
Do seu coração para Eu entrar.
Tudo neste mundo é passageiro
E a vida tem pressa, passa com rapidez
O momento de ser feliz é agora, e plantar
Os melhores frutos em nossos corações
Que é a casa do Senhor.
Eu sou a sua procura, mas você não é o meu encontro. Você procura um momento, mas não desejo nenhum instante!
O Mundo da voltas, e em uma dessas voltas eu te encontro de novo! Mas dessa vez em baixo do meu salto!
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