Emmanuel Marinho Pao Velho
AS HORAS
Sossegado e lento o dia nasce
O sol latente sem nuvens
As mulheres já estão apostas
Para o dia a dia
Os homens relutam,
Mas se aprontam.
As horas passam
E inevitavelmente a vida.

QUEM?
Quem de nós?
Quem de nós?
Quem falará a verdade?
Os poetas?
Os advogados?
Quem?
Não há verdade!
Não há verdade absoluta!
E isso é absolutamente verdade!

MARIA MÃE DE DEUS
Maria mãe de Deus
Maria minha mãe
Talvez eu seja Irmão de Deus,
Mas da parte pobre
E sem poderes.

ÁLVARO DE CAMPOS FOI À COOPERIFA
Chegou cedo e viu o bar vazio
Pediu uma bebida, um conhaque.
Lembrou que estava numa terra
Dantes lusitanas; conquista das grandes.
Atravessou o mar, sentia medo de avião.
Não acreditava ser seguro o homem voar. Lembrou-se das riquezas que sua terra
Fez com aquele lugar, agora não
Pertence mais a ninguém.
Nem a Portugal, nem aos brasileiros,
Terra sem dono.
Relutara em vir
Quando soube que era na periferia.
Tinha lido como o Brasil trata
A população periférica e ficou com medo
De ser confundido com algum morador.
Veio porque sua essência
Suas raízes se misturam, Inclusive, aos moldes ingleses, Isso o livraria de todo o mal.
19h30
Algumas pessoas começam a chegar
Duas mulheres, doces senhoras,
Que chegam e o cumprimentam,
Isso lhe causa espanto.
Quem cumprimenta um desconhecido?
O local é um bar típico de favela
Pela fama achou que seria mais bonito,
Pinturas desgastadas, mesas grudadas.
As paredes que vão de encontro à rua
Não existem, são grades, como se fosse uma jaula.
Próximo ao balcão, uma estante de livros
Que se amontoam sem nenhuma ordem.
Na parede dois destaques, duas camisetas
[emolduradas;
Uma com uma árvore escrita, 1a Semana de Arte [Moderna da Periferia,
Algo semelhante ao que ouviu falar na década de [1920 sobre o Brasil, em Portugal;
A segunda é uma camisa da seleção brasileira de [futebol,
Assinada pelo Rei, que não era Sebastião, mas sim, [Pelé.
Quando dá por si, não há mais lugares vazios,
O bar está inteiramente ocupado.
Pessoas de todos os tipos,
Brancos, pretos, pardos, ruivos, amarelos,
Isso o espanta, pois nunca tivera em um lugar assim,
Onde essas raças se misturam.
20h20
Muitas pessoas o cumprimentaram
Sem ao menos saber quem ele era
É como se fosse dali, há tempos,
Como se pertencesse ao lugar.
Uma pessoa vai ao microfone
Agradece a presença de todos
E relata que todos são bem vindos.
Como todos podem ser bem vindos?
O líder, o poeta, Sérgio Vaz,
Chama um grito de ordem
Todos os acompanham:
Povo lindo, povo inteligente é tudo nosso,
Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa!
Uma sensação estranha
O sangue que corre em minhas veias
Ferve, uma adrenalina toma conta,
É como se algo mágico fosse acontecer.
Chamam o primeiro poeta,
Jorge Esteves, ele é aplaudido, Calorosamente, como se fosse uma estrela. Seu poema fala do homem comum
Que migrou para tentar a sorte
Na cidade grande.
Assim, vai seguindo,
Outros poetas são chamados,
Lourival, Cocão, Lu Souza,
Rose Dória, Márcio Batista,
Marcio Vidal, Fuzzil, Elizandra, Viviane, Jairo, todos são tratados iguais.
Até que uma senhora é chamada,
Dona Edite, todos fazem um barulho Estrondoso.
A senhora que é cega
Recebe auxílio até o microfone,
Lá recita o poema “Navio Negreiro”,
Neste momento confesso que vi
A magia da poesia.
Senti algo novo, eu,
Álvaro de campos,
Engenheiro, viajado,
Nunca vi, nem senti
Qualquer coisa parecida.
Confesso que uma lágrima escorreu,
Chorei.
Chorei a dificuldade de ver
Tão distante das glórias lusitanas de outrora
A poesia viva.
Descobri porque escrevo.
O poeta “more”, Sérgio Vaz,
Chama-me, os aplausos
São os mesmos efusivos e festivos.
Vou à frente, me posto ao microfone,
Sinto-me trêmulo, nunca fiquei assim
Diante de qualquer público,
Nem do próprio Fernando.
Inicio o poema Tabacaria
E percebo meu coração
Disparado, uma felicidade,
Um nervosismo.
Na metade do poema
Estou mais nervoso
E não consigo mais falar.
Todos os presentes se levantam
E batem palmas, assoviam, gritam...
As lágrimas dessa vez são maiores,
Sinto-me abraçado,
Olho e vejo Sérgio Vaz ao meu lado,
Ele pede aplausos, aplausos,
No final, um coro:
Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa!...

AMO-TE E ISTO BASTA
Amo-te e isto basta
Não quero riquezas
Nem palácios.
Amo-te e isto basta
Teu corpo luzente
Amplia meu desejo de viver
Sou teu como o ar à vida.
Não quero riquezas
A felicidade me basta.
Em poucas palavras,
digo que é notável a tua grandeza,
bela e profusamente preciosa,
uma Estrela que resplandece
num lindo céu azul Marinho.
És profunda e consciente,
um vasto oceano, rico em vitalidade.
assim, tua ausência é sentida,
pois a tua presença traz sentido,
precisa ser amada de verdade,
és uma fonte de regozijo.
No nosso jardim submerso
iremos decorar com raras
e sublimes Porcelanas-douradas,
E hei de amar o teu amor lindo
da Cavalo-Marinho até o infinito.
Ser Nordestino é bater no peito e gritar aos 4 cantos o quão orgulhoso é em ser nordestino;
É acordar com um bolo de rolo na mesa com um café coado no pano ou é desejar uma buchada com cuscuz;
É ser chamado de "os paraíbas", resmungar e depois se orgulhar das praias e dos rios que temos;
É ter uma cultura rica e cheia de história;
Ser nordestino é ter o Carnaval e São João alegrando tudo que é brasileiro;
Nordestino é afeto, receptividade, cultura, comida com sabor e um forró no meio do poeirão, ao som do rei do Baião.
O dia mais arretado e cheio de sotaque e luz: DIA DO NORDESTINO!
O orgulho é tão grande que extrapola o peito!
Vai pro grito de resistência, vai para a luta contra o preconceito (sim, ele existe), vai no telengo tengo do forró, do Baião ao sarapatel, do Bolo de Rolo ao Bolo de Noiva Pernambucano, que se junta com o Souza Leão.
E nossas belas praias? E o Sertão vivo?
Temos uma infinidade de razões para nos orgulhar!
Todo cidadão de uma nação tem a obrigação de pagar os seus impostos, mas sem ser explorado e confiscado pelo governo.
Quem não tem história é como se tivesse passado pelo mundo e não tivesse vivido. Todos nós temos uma história para contar, e que sirva de espelho para as gerações futuras.
Brasil - drogas, corrupção, impunidade, violência, criminalidade,dengue e um povo subserviente, conivente, medroso e acomodado.
Oremos e vigiemos, pois não sabemos o dia de amanhã...orar e vigiar é estar sempre em sintonia com Deus em todos os momentos de nossa existência.
O temor a Deus é o princípio da sabedoria, diz a Bíblia e o político que não tem o temor a Deus vive na escuridão eterna.
Vivemos em um mundo de causas e efeitos,mas, o mais importante é sabermos nos defender.Descubramos primeiramente as causas, para que possamos combater os efeitos;pois todo efeito tem uma causa.
Sonhos realizados são sonhos conquistados, e aquele que não tem o espírito aventureiro e de conquista, perde.
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