Emmanuel Marinho Pao Velho
Altos e baixos têm pouco a ver com euforia e depressão.
Não há como saber o que é bom se não soubermos o que é ruim e não conheço ninguém que não tenha tido altos e baixos.
Mesmo felizes, todos já sentimos o que é estar triste, infeliz, para baixo.
Mas tudo isso tem pouco a ver com euforia e a depressão.
Vejo no Facebook declarações de desespero, seguidas de surtos de euforia, tudo na mesma noitada, mesmo antes de passar a ressaca.
Essa instabilidade emocional é fácil encontrar em pessoas imaturas, nas grosseiras e mal educadas e não raro atingem quem tenta ajudar.
Algumas garotas bonitas estão acostumadas que se lhes faça muitas vontades para dar uns poucos sorrisos e há garotos que fazem verdadeira tempestade em um copo d'água para granjear alguma simpatia.
Não me ocorre como resolver esses problemas, mas a vida é importante demais para ser jogada fora.
Porque escrevo?
Porque procuro alinhar palavras que traduzem meu pensamento e este num texto? Porque publico esses textos e o que espero com isso?
Assentimento? Concordância? Solidariedade? Simpatia? Reconhecimento? De quem? Para que?
Não há novidades nas minhas palavras. Tudo o que tinha que ser dito, escrito e lido já foi.
Escrevo o que todo mundo já sabe e no máximo talvez se pergunte:- Porque eu nunca pensei isso dessa maneira?
Escrevo porque gosto, sem nenhuma preocupação em ser original.
Afinal, quem é original? As palavras são sempre as mesmas, apenas são dispostas de maneira diferente.
Não há, aprendizado para escrever, existe a observação do que acontece com a gente e perto da gente e vontade de deixar um testemunho do que se viu e viveu.
Caminhos fáceis.
Nos caminhos mais fáceis sempre tem mais gente.
Gente bonita, gente descolada, gente bem vestida, gente que sabe aproveitar o que é bom.
O som alto e o open bar atraem irresistivelmente.
Mas sempre vai haver conta para ser paga, mesmo que não seja no fim dessa festa.
Estradas da vida.
A vida é como uma estrada sem placas nem sinalização.
Você não sabe exatamente onde está indo, se vai chegar ou quando.
Não existe estrada absolutamente reta. Todas têm curvas, desvios, entroncamentos e algumas têm pedágios e se você não pagar o preço, não vai poder passar.
Por mais segura que a estrada seja, sempre existem outros motoristas. Eles estão na mesma pista ou em sentido contrário, isso quando não estão na contramão. Nunca, ninguém, depende exclusivamente de si, e o perigo, “podem ser os outros”.
Quando duas estradas levam ao mesmo lugar você só pode escolher uma, não importa quanto goste da outra. Parece que isso quer dizer ter duas opções, mas analisando bem, você só tem uma sim, a outra não.
Não faltam estradas cheias de buracos e há quem diga que na vida caminhos aparentemente fáceis escondem obstáculos intransponíveis.
Além dos caminhos e destinos, você vai ter que saber qual bagagem vai levar e se vai só, ou acompanhado.
Uns viajam só, outros com mais gente, difícil mesmo é saber quem está bem, ou mal acompanhado.
Como a estrada da vida não tem sinalização, depois de algum tempo você começa a se perguntar se está longe ou perto do seu destino.
Busca respostas e cada vez encontra mais perguntas, podendo descobrir, finalmente, que essa pode ser a reta final.
A vida.
Somos ensinados que a vida é uma dádiva e que devemos festejá-la.
E é isso que fazemos, uns mais, outros menos, algumas pessoas todo o tempo, acreditando que no final tudo vai dar certo.
E vamos tentando, apesar dos pesares, de parecer que a imprensa só serve para mostrar problemas onde existam, descobrir uns que estão escondidos e em algum caso inventar para aumentar a audiência.
Alguém deveria medir o tempo que a imprensa gasta para divulgar as coisas ruins, os crimes e os desastres e obrigá-la a mostrar em igual tempo (pelo menos) coisas boas e dar ideias construtivas para que a gente continue a pensar que a vida vale a pena, que o pior já passou, e não pensar que o melhor foi o passado.
Passei a vida evitando pequenos acidentes, para perceber que o fim é o grande desastre.
Se nós olharmos para o céu limpo podemos observar varias estrelas,estrelas pequenas,estrelas médias,estrelas grandes,cada uma com o seu brilho,umas que brilham mais e outras que brilham menos,porém ainda que uma brilhem mais do que as outras ou que umas sejam maiores do que as outras,todas são estrelas!
Qual será a razão da vida? Temos algum papel no Universo?
Continuo buscando as respostas, mas desisto rapidamente.
Cheguei à conclusão, ainda provisória, que essa não é a pergunta a ser feita.
Estivessem certos dezenas de filósofos, estariam errados outros tantos, estivessem certos milhões que professam determinada religião, estariam errados todos os outros.
Não sei explicar o que não entendo, nem entendo o que tantos se esforçam por professar como verdade mas que soa tão falso.
Não dá para aproveitar um pouco de cada ideia, sem escrever uma ou várias mentiras.
O que serve para uns não serve para outros, nem para todo mundo.
Talvez a maneira como cada um responda a essa questão, determine o modo como encara a vida e como isso influência as decisões que toma.
Por hora, deixo a razão de lado e fico com Sarah Westphal.
“Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
Para um bom sempre surgirá alguém melhor.
Na maioria das vezes nos esforçamos para sermos bons, um ou outro consegue ser o melhor, às vezes com grande esforço, outras vezes com tal facilidade que parece, o sujeito “nasceu para aquilo”.
Mas ninguém será o melhor, nem insubstituível por todo o tempo.
Marcas são superadas, novas tecnologias fazem com que as maiores descobertas caiam no desuso e fenômenos podem ser campeões do ostracismo.
Incompatibilidade de gêneros.
Se você escreve muito mal, troca sempre o c por ç, s, por z, o m por n, muitos erros que não são propriamente lapsos.
Se você não consegue colocar o verbo no tempo, desconhece completamente o plural, jamais usando s no final das palavras, não sabe a tabuada, nem sequer a do dois.
Sinceramente, isso já passou de errinhos que todos nós cometemos de vez em quando.
Para mim você é analfabeto (a) e pode, me chamar de preconceituoso, mas não tenho nenhum prazer em teclar ou conversar com você, assim como não vou incomodá-lo(a) querendo pegar ondas, jogar futebol, snooker, dançar funk ou cantar sertanejo , só para dizer algumas das coisas em que sou péssimo.
Nesse caso, somos incompatíveis e é melhor não conversarmos.
Deletar e ser deletado.
No Facebook, como na vida real,a gente vive, convive, faz amizades e inimizades.
O melhor de tudo no Facebook é que a gente pode deletar ou ser deletado por quem entrou na nossa vida por um pedido que veio sem muitas recomendações.
Hoje percebi que fui deletado por alguém que não suportou ver a verdade e o sucesso permanecerem à tona, apesar do perceptível e mal disfarçado desejo de que eu naufragasse.
Deve ser bem difícil conviver, dia após dia, postagem após postagem, com a realidade que eu continuo pensando, escrevendo, fotografando, amando e sendo amado.
As muitas curtidas me dizem isso.
A inveja corrói o invejoso e ser deletado é o remédio para esquecer e ser esquecido, porque o que não tem remédio, remediado estará.
Eu só imagino a situação, de qualquer possível ganhador nas últimas eleições presidenciais, ao encontrar o Brasil na merda que se apresenta.
Pode até ter sido providencial e bom continuar a PresiANTA.
Não haverá constrangimento em tomar medias antipáticas porque jamais será eleita, em qualquer circunstância, para qualquer coisa.
Quem sobreviver verá!
Carnaval.
Não lembro, a não ser pelas fotos, como foram meus carnavais na infância em São Paulo na Rua Pamplona, nem no Clube Palmeiras onde me levaram e tinha também o corso pela Avenida Atlântica em Santos onde meu pai tirava as portas traseiras do Chevrolet 1.956 para que pudéssemos entrar e sair rapidamente quando o cordão andava.
Lembro pelas fotos, mas vejo que não adiantou ter sido fantasiado de Zorro, Arlequim ou de Superman porque meus heróis sempre foram e são mais reais, mais pé no chão, mais gente de verdade.
Na juventude, época dos dezoito aos vinte e poucos anos, ensaiei tímidos passos carnavalescos nos salões, do Tênis Clube de Vera Cruz e mais tarde no de Marília, Sempre empurrado pela molecada para ficar o mais perto possível das garotas de shorts e bustiê, pegar na mão de alguma ou colocar o braço nos seus ombros. Isso era o máximo da ousadia.
Tudo isso era feito meio entorpecido pelo rum com Coca-Cola ou pelo wisky Old Eight que o barman despejava sobre pedras de gelo sujas, arrancadas de barras depositadas no chão de qualquer maneira, como era usual na época. Não raro havia séria revolta estomacal na molecada, até mais de uma vez por noite.
Quando eu tinha meus trinta anos meu espírito carnavalesco esteve ainda mais recolhido na época da festa do povo e houve um tempo que eu justificava dizendo que a minha vida era um verdadeiro Carnaval o ano inteiro.
Nesses dias de Carnaval eu montava na minha Honda Setegalo e depois na Honda Gold Wing 1.000cc e fosse no Itararé em São Vicente ou no Castelinho em Ipanema, meu Carnaval e de muitos motoqueiros era paquerar, colocar uma garota na garupa da moto e “arrastar” para o apê...
Não me lembro de ter ido uma única noite num salão mas há uma lembrança generalizada de grandes noitadas.
Em toda e qualquer época para mim os desfiles das escolas de samba poderiam ser mudos e eu surdo, porque a maioria das letras não passam de um amontoado de palavras que algum inculto recolhe nuns livros e tentam, num arremedo nem sempre harmonioso, contar com suor e purpurina a história feita de com sangue, suor e lágrimas.
Mais ainda, no Carnaval pobres de todo o gênero, gastam boa parte do orçamento numa fantasia tosca, para viver numas poucas horas de euforia e um ano inteiro, como diz a letra do Chico, desengano...
Carnaval, desengano
Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano
Carnaval, desengano
Essa morena me deixou sonhando
Mão na mão, pé no chão
E hoje nem lembra não
Quarta-feira sempre desce o pano
Esse ano meu Carnaval não vai ser muito diferente dos últimos. Ler um pouco, escrever um pouco e refletir muito porque logo chegará a quarta-feira... e qualquer hora, desce o pano!
De onde menos se espera é de lá mesmo que não vem nada.
Toda vez que lembro da frase atribuída ao Barão de Itararé, penso no colega na faculdade de Direito do Mackenzie o Ugo Miano.
Foi dele que a ouvi pela primeira vez.
Também não esqueço o barril de vinho transformado em bar que ele me deu, que ficou na minha sala na Rua José Maria Lisboa 586 em São Paulo.
O Ugo não frequentou muito a minha casa, casou logo nos primeiros anos da faculdade e passou para o rol dos homens sérios.
Mas a casa da Rua José Maria Lisboa ainda permaneceu por mais de uma década, reduto dos solteiros e descasados jovens, uma mistura de gente com muita vontade de tirar da vida tudo o que de bom ela poderia oferecer.
Originalmente casa dos meus avós paternos, o imóvel sofreu dezenas de reformas e ampliações, inclusive incorporando o terreno vizinho. Tinha uns oitocentos metros quadrados de terreno e uns mil e duzentos de construção. Fora os puxadinhos.
O endereço era famoso. Tinha O Paparazzi, restaurante bar cujo lema era “Gente bonita se encontra no Paparazzi”. Criação dos amigos Vitinho Arouca, Costa, Chiquinho Ceni,Tico, Mendel, o primo dele e claro eu mesmo, o movimento de carros na porta parava o trânsito nas noites de sexta-feira e sábado.
A presença gente bonita e badalada era incrementada pelos sócios todos muito populares, das garotas bonitas que os acompanhavam e de um "extra-plus" que eram as moradoras do pensionato para modelos iniciantes que eu mantinha nuns cinco ou seis quartos do casarão. Às vezes chegavam a ser vinte!
Uma coisa puxava outra e o Paparazzi beneficiado pela presença das modeletes atraia outras garotas que tinham no mesmo endereço o Estúdio Marinho Guzman, sem falsa modéstia especializadíssimo na descoberta de garotas bonitas com sonhos de estrelato, isso muito antes dos models of the year que fizeram tanto sucesso anos depois.
Eu diria que para mim o casarão da Rua José Maria Lisboa foi o mais próximo do paraíso que eu com trinta anos poderia imaginar.
Tudo passa e tudo passou, apesar de trágicas e prematuras baixas, como o Alemão e do Paulinho Baixaria, dois entre tantos amigos que marcaram época.
Hoje dá para ver no Facebook dezenas de amigos da época e como cada um deles seguiu a sua vida, tendo constituído ou não família, muitos, bem-sucedidos ou pelo menos fazendo o que sempre gostaram.
Essa mistura de “atividades” não se enquadra no título, mas foi uma bela lembrança.
Na José Maria Lisboa por menos que qualquer um esperasse, quase tudo acontecia.
Às vezes me perguntam se eu comi todas as que eu fotografei e eu respondo que não fotografei todas as que eu comi.
O MAIOR ERRO É DIZER QUE A SOCIEDADE NÃO TEM MAIS JEITO E COM ESSE PENSAMENTO,MUITOS DEIXAM DE FAZER O CORRETO, CONTINUANDO A FAZER O ERRADO!
As qualidades do homem e da mulher não estar na fortuna e nem na inteligência e sim na ética e na moral.
Umas escaparam de mim, de outras eu escapei.
Antes das redes sociais, raramente a gente ficava sabendo como foi e como está a vida das antigas namoradas. Com quem casaram? Tiveram filhos? Continuam casadas ou se divorciaram? Engordaram desbragadamente ou mantiveram a linha?
Agora na modernidade do Facebook a gente pode acompanhar a vida das ex e a recíproca é verdadeira.
É bem provável que elas de vez em quando ou pelo menos uma vez na vida deem uma bisbilhotada nos ex-namorados.
Devem como eu comentar, para si próprias e com amigas reminiscentes da juventude: Nossa! Como ele está velho! Barrigudo! Os olhos continuam os mesmos mas o resto... Pelo menos parou de beber porque se continuasse já estaria morto.
E foi assim mesmo, passei os primeiros quarenta anos da vida bebendo e trocando de namorada e só parei com as duas coisas depois de um grande susto que me salvou.
Escrevendo essas linhas parece um filme. Lembro da primeira namorada
com quem fui ao cinema. Nós teríamos uns 14 ou quinze anos. Ela está aqui no Face e eu adoro ver que continuamos a ter grande sintonia com as músicas do passado. Ela ama todo tipo de arte, conhece o assunto compartilha telas lindas de pintores famosos e outras coisas de bom gosto. Fico feliz de tê-la conhecido apesar de nossos caminhos terem sido diametralmente opostos depois de algumas sessões de cinema.
Minha segunda namorada teria uns dezesseis anos que eu me lembre.
Não está no Facebook mas lembro de ter ido várias vezes ao cinema à tarde, pois era o programa dos namorados na época e com aquela idade. Interessante é que com dezesseis ou dezessete anos já dirigia o carro do meu pai que o liberava nas tardes de sábado e domingo, mas a mãe dela nunca deixou que fossemos de carro, era a pé ou de Táxi.
Tenho visto aqui uma outra ex namorada, irmã de um grande amigo. Ela prestigia curtindo minhas fotos e textos, já é avó mas quando vejo fotos atuais seu rosto parece o mesmo de quando namorávamos.
Nem tudo são flores e tenho encontrado umas poucas ex namoradas verdadeiras ruínas.
Bem, foram muitas até perto dos quarenta anos quando desacelerei, mas pelo que tenho visto, umas escaparam de mim, mas de outras eu escapei.
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