Em um Mundo Encantado Poderiamos Voa

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O estado nada mais é que um "grande bando de ladrões", uma máfia. Só que muito maior, mais opressiva e mais perigosa.

Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada.

Talvez nem me queira bem. Porém faz um bem que ninguém me faz.

Chico Buarque

Nota: Trecho da música Ela faz cinema.

Um homem nunca sabe aquilo de que é capaz até que o tenta fazer.

Possuímos em nós mesmos pelo pensamento e a vontade um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea.

Tem muita gente honesta neste país. Só não se identificam para não ficar de fora se aparecer um bom negócio.

Existe um porre muito antes do álcool. É a bebedeira egoísta e narcisista de ignorar os outros.

Se eu tivesse um único dólar, investiria em propaganda.

Amar é um cuidar que se ganha em se perder.

Luís de Camões

Nota: Trecho adaptado de soneto de Luís de Camões

SONETO 18
Deverei comparar-te a um dia de verão?
Tu és a mais serena e a mais amável
Os fortes ventos de maio movimentam os brotos,
e o prazo do verão é sempre inconsolável
em um momento muito intenso, brilha o olho estelar,
e freqüentemente se ofusca a luz do seu semblante,
nefasto, o encanto da beleza irá renunciar, porventura ou pelo destino inconstante;
Mas teu verão é eterno e jamais morrerá, não há de perder o encanto que possui;
E pela sombra da morte não vagarás, pois em versos eternos tu e o tempo sois iguais.
Equanto o homem possa respirar ou os olhos possam ver, viva este canto dar-te a vida é o seu dever.

Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução.

Machado de Assis

Nota: Trecho de Link

O meu amor

O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca
Quando me beija a boca
A minha pele inteira fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada, ai

O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos
Viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo
Ri do meu umbigo
E me crava os dentes, ai

Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
Do bem que ele me faz

O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
De me deixar maluca
Quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba malfeita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita, ai

O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios
De me beijar os seios
Me beijar o ventre
E me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo
Como se o meu corpo fosse a sua casa, ai

Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
Do bem que ele me faz

Não preciso de dez mandamentos para viver, me basta só um: não interferir na vida dos outros.

A magnificência de um relacionamento sagrado se despedaça nos recifes dos conflitos egocêntricos triviais.

Estamos irrevogavelmente em um caminho que nos levará às estrelas. A não ser que, por uma monstruosa capitulação ao egoísmo e à estupidez, acabemos nos destruindo.

O poema

Mas por que datar um poema? Os poetas que põem datas nos seus poemas me lembram essas galinhas que carimbam os ovos...

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.

Um dia você usa de tanta indiferença com alguém
que consegue exatamente o que deseja:
ser esquecido.

Quando éramos crianças, chorar parecia ser a resposta perfeita. Hoje, chorar é um desabafo! Às vezes, é a única resposta que podemos dar.

Unus quisque mavult credere, quam judicare (qualquer um prefere crer do que julgar por si mesmo).

Sobretudo um dia virá em que todo meu movimento será criação, nascimento, eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer, que tudo o que eu for será sempre onde haja uma mulher com meu princípio, erguerei dentro de mim o que sou um dia, a um gesto meu minhas vagas se levantarão poderosas, água pura submergindo a dúvida, a consciência, eu serei forte como a alma de um animal e quando eu falar serão palavras não pensadas e lentas, não levemente sentidas, não cheias de vontade de humanidade, não o passado corroendo o futuro! o que eu disser soará fatal e inteiro!

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.