Elogios dos Olhos
São 72 horas sem dormir,
Ao fechar os olhos, você vem me ver
Já não sei, não pensar
Já não dá, para não olhar
Não me lembro o que é dormir,
Nem o que é sonhar com outro alguem
Me esqueci, de te esquecer
Feche os olhos, hora de voar, fugir. Eu sei que seu corpo está tonto, pesado, e mesmo assim, parece que não é nada. Eu sei que sua cabeça não está fazendo sentido, eu sei que você está confusa, e mesmo assim você insiste em seguir o mesmo caminho. Sei que você tem inúmeras perguntas, inúmeras coisas pra dizer, criticar, elogiar, mas não tem voz pra nada.Sei que você quer lutar fortemente, mas você não tem força, não tem armas pra isso. Você sabe, tanto quanto eu, que está perdendo coisas bonitas, sabe que está se afundando, assim como eu sei. Você também sabe que me mata saber dessas coisas sem mover uma palha, não sabe? Eu queria estar do seu lado, te apoiando, te abrançando, te apertando quando estivesse no caminho errado, sorrindo pra você quando fizesse algo que eu deveria me orgulhar, fazer carinho em você quando você achar que perdeu o chão, te beijar, te amar mais um pouco por toda a minha eternidade, assim como eu prometi. Acha que eu não queria ter você nos meus braços, mesmo depois de tudo? Eu quero sim, mas não posso, porque se eu estivesse pensando em mim, eu estaria com você, sem largar nenhum momento, porque eu gosto da dor, eu gosto do amor, eu gosto da violência e gosto do carinho, eu gosto de você, e de você eu vou gostar no infinito e mais um dia. Sempre ao seu lado eu vou estar, mesmo que chorando por não ser da forma que eu queria, que você também não quer mais, mas eu estarei lá, por você, torcendo por cada vitória, lamentando cada derrotada. Eu estarei do seu lado.
Vemos quem realmente nos ama, de verdade, quando as pessoas tem coragem de nos deixar partir para que possamos aprender coisas que somente elas são capazes de ensinar, mas só somos capazes de aprender quando elas partem.
Seu mundo
No fundo dos teus olhos,
Encontrei ali o meu mundo,
Mundo este em que o amor se consome,
Me revigorando e dando estabilidade para minha alma,
Mulher de coração e pulmão valente,
Cuida do meu corpo e do meu espírito,
Leva-me para um planeta aonde só exista o nosso eterno amor,
Comparo o movimento das montanhas com o seu corpo,
A limpidez do seu olhar transparece o meu viver,
A clareza da sua beleza qualifica você como perfeita,
Andar resplandecente e fixador,
De movimentos sufocantes e extasiantes,
Princesa da mais pura e rara beleza,
Maravilhosa tu es,
Ondas marítimas, qualificam seu eterno amadurecimento,
Espíritos vagantes no submundo do amor,
Traga-me toda paixão, instalada nesse subcorpo humano,
Sufoca-me com teu amor viajante,
Lua nova que encanta de desencanta a nossa paixão,
Delicada como uma margarida tu es,
Amor de várias vidas estou sofrendo com a tua ausência,
Corrente simultânea do ar, traga-me de volta a minha eterna paz de espírito,
Corrente simultânea do ar, traga-me de volta o meu amor, que está longe do meu coração.
Adoro quando me tocas...
Quando escreves no meu corpo as palavras que os olhos dizem mas a boca não.
Quando os dedos vincam em linhas imperfeitas ziguezagueando pelo terreno sensível afora...
Adoro quando me arrepias.
O Paraíso não conhece fronteira alguma, e eu vejo o Paraíso nos seus olhos. Encontro serenidade ao seu lado, ao mesmo tempo a sensação de que o mundo é grande demais pra mim. Mas ao seu lado, me sinto capaz de tudo.
S-O-R-R-Y
Desculpa se tenho inspiração em momentos de dor.
Se quando olhei em seus olhos não olhei de vdd.
Se entendi quem não necessitava e te deixei de lado.
Se me joguei em meio ao abismo só pra ter sua atenção.
Se me humilhei em público pra que vce me ajudasse.
Se roubei um beijo teu em frente a ela.
Se me esquivei das suas palavras de felicidade, pois queria que fosse infeliz como eu.
Se te torturei intensamente até vc dizer que sim.
Se peguei seu coração em minhas mãos e fiz dele o que bem entendi.
Se disse "te quiero" mas na vdd, só quis te ver sofrer.
Se fiz vc se humilhar em público e implorar -vamos voltar-
Desculpa se desejei intensamente me vingar.
Estou aqui te deixando ir, e não se envolva com ninguém como eu. bobo.
É difícil admitir, mas eu não consigo nem dormir.
Porque quando fecho os olhos lembro dos nossos carinhos, abraços e amassos, dos sussurros abafados no meu cabelo e no travesseiro, lembro do seu olhar interrogativo, do meu sorriso besta. Gosto das fotos tiradas e das poses feitas. Desejo e vejo o seu rosto timido e seu sorriso sapeca depois de me querer. Sentir evaporar cada gota de suor no seu corpo. Ninar você. Imagino cada momento em uma moldura. Revivi. Agora ja posso dormir.
O que nos resta
Com os mesmos olhos que vi o mundo
Agora nem mesmo, sou capaz de enxergar
Os medos da infância voltaram
A voz perdeu o grave
O corpo desfalece
Mas tive tempo
Revi meus erros
Pensei demais
Tanto que já não lembro
As brigas, os maus momentos
Vivi com gente que não vive mais
E olhando para as minhas mãos enrugadas
Esqueci mais uma vez,
Mas dessa vez não foi minha culpa
Foi da luz do sol, que surgiu enquanto caminhava pela a estrada.
No que estava pensando?
Por que me aborreci tanto com aquilo?
Por que não vivi mais aquela amizade?
Por que não amei mais os que me amaram?
nem passou por esses pensamentos o arrependimento
O que restou,
foi o doce gosto das memórias,
dos sentimentos
Já vivi o bastante para não ver o tempo voltar
E aprendi, que quando me arrependo
Talvez a cura, não tenha tempo de curar
No fim, as boas lembranças das nossas vidas
é o tudo que vai restar.
Apenas vá, voe por todo mar e só retorne com olhos mais vividos. Já que tu precisas de vida e vida não sei te dar.
No infinito dos teus olhos, mergulho no espaço negro em forma de circulo, a buscar tua aura, teu sentindo, sentimentos e razões. Feito criança pequena na frente de um parque de diversões, fico curioso querendo te desvendar. Mistérios que me matam, porém sobrevivo e mais forte fico, pra mais uma vez mergulhar no meu circulo predileto do espaço negro dos teus olhos.
A TI, DIANTE DOS TEUS OLHOS...
Rangel Alves da Costa*
Venha cá, sente perto de mim que vou contar uma história. Primeiro vou lhe fazer cinco perguntas, mas não precisa responder agora: O que você espera encontrar quando abre qualquer porta? O que você procura enxergar quando olha o horizonte? O que você fica imaginando quando a chuva vai batendo e molhando sua janela? A noite, o silêncio e as lembranças o que representam pra você? Você já viveu hoje?
Calma, não responda agora, primeiro procure ouvir atentamente.
Um dia, havia uma menina muito triste, assim como você, vivia amedrontada e com muito medo de enfrentar as realidades da vida. Essa menina parecia estranha. Acordava, ficava trancada no quarto e só ia para a escola porque era preciso, não tinha outro jeito, mas mesmo assim fazia tristemente seu percurso. Na volta da escola pouco conversava com os pais; se alimentava no quarto e depois se trancava, passando as tardes entre pensamentos e divagações que somente ela sabia quais eram. Um dia, já bastante preocupada com aquela situação, a mãe não suportou mais e perguntou-lhe porque vivia assim. E de pronto a menina respondeu: “Só me sinto bem trancada no meu quarto e toda vez que abro uma porta para entrar ou para sair é como se fosse encontrar coisas ruins. A única porta que gosto de abrir e entrar é a do meu quarto.”
Outro dia, havia outra menina muito triste como você, mas esta vivia olhando para as distâncias do azul do céu, mirando os horizontes, viajando com o pensamento, indagando e vivenciando situações que somente ela sabia. Sempre que podia, ficava na janela do alto da casa e ali pregava os olhos nas distâncias, nas lonjuras até onde podia enxergar. Sonhava em estar no cume de uma montanha bem alta e de lá ficar fitando as paisagens sem fim. Seu maior desejo era mesmo poder voar sem destino pelos céus, só pelo prazer de estar vendo as coisas que somente lá no alto existem. A mãe dessa menina também vivia preocupada com esse “mundo da lua” que ela vivia, e perguntou porque ela procurava estar quase o tempo todo olhando pra longe, viajando sem sair do lugar. E a menina imediatamente respondeu: “O que foi que a senhora perguntou? Pergunte de novo porque meu pensamento tava longe.”
Um dia, havia ainda outra menina, assim como você, tristonha e melancólica, que adorava ficar próxima da janela em dias de chuva, olhando fixamente para as gotas que batiam e iam escorrendo. Quando o vidro ficava embaçado, ela ia logo passar a mãozinha com gestos desenhados, e assim iam se formando, a cada vez, um coração, seu nome, uma lua. Quando não chovia, ela pegava o batom e ia para a vidraça da janela desenhar o que gostava. Há tempos que a sua mãe também vinha percebendo isso, mas um dia entrou no quarto e perguntou: “Minha filha, por que você desenha sempre as mesmas coisas, um coração, seu nome, uma lua”. E ela respondeu: “Não se preocupe, já que se a senhora se preocupa com o que faço na próxima vez vou colocar também o seu nome”.
Contou ainda a história de duas outras meninas, muito parecidas com ela. A primeira vivia justificando qualquer instante da vida para lembrar e falar do que passou, parecendo viver somente de lembranças e recordações. A segunda passava o dia inteiro se perguntando intimamente se as ações que já tinha feito até aquele momento já seriam suficientes para justificar o seu dia. Suas mães indagaram sobre isso e as respostas ouvidas não foram bem entendidas. Uma respondeu que era preciso lembrar para guardar o que foi bom; a outra disse que procurava construir toda a vida a cada momento.
Assim eram as cinco meninas: uma triste e amedrontada, que só se sentia bem trancada no seu quarto; uma que se realizava quando estava viajando em pensamentos; outra que tinha por amigos os desenhos na vidraça da janela; outra que sentia prazer em estar recordando o que passou; e uma que procurava realizar num só instante aquilo que validasse o seu dia.
Todas são pessoas como você, com seus jeitos e formas de buscar alegria. E você, como você é? E a menina respondeu: “Sou igual às cinco meninas. A gente faz de tudo para que os outros percebam que a gente existe. Só que sou mais triste que todas, pois não tenho minha mãe para se preocupar comigo”.
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com
OLHOS DESERTOS
Ai daquele que nunca amou...
Só posso dizer que é um coitadinho.
Não saberá jamais o menor dos prazeres,
nem o valor de um singelo carinho.
Não saberá nem mesmo o porquê
do coração acelerado,
pode ser uma taquicardia,
ou simplesmente um coração apaixonado.
O ser que não ama, vegeta.
O amor é uma fórmula secreta.
Na vida, um alicerce concreto.
Nos corações vazios, um imenso deserto.
Quando você aceitar que através de esconderijos e olhos fechados existem mais do que imaginas, mais do que aparento ser, pelos meus olhos semi-abertos e minha boca com um sorriso estampado. Que através de tamanha timidez eu ainda o encaro com serenidade e amor. Que reparo em você e em cada gesto seu, que leio seus poemas e pensamentos e me imagino neles. Talvez em um dia, em um pequeno instante eu transpareça tudo o que sinto por ti e desejo para nós, e você possa enxergar tão bem como se neste instante eu estivesse me declarando à você. E neste momento tão maravilhoso, quando não houver mais o que esconder,quando nossos olhos claros, estiverem se encarando, eu solte uma linda palavra, e minha timidez se perca em sorrisos e gestos, em olhares e toques, e principalmente em amor, pois eu o Amo.
Seu sorriso é como um nascer do sol após uma brisa suave.
O brilho dos seus olhos é como o brilho de uma estrela que se sobresai diante das outras, Sua palavra é como um sopro suave para meus ouvidos
Seu jeito é apaixonante assim como leves onda de um mar de agua doce que tras um profundo descanso a alma assim são essas coisas que te faz ser tão assim, chamativa!
