Elogios dos Olhos
Eu nunca vi uma caveira de olhos azuis, cabelos loiros e com dinheiro no bolso.
Será que esse povo não morre?
EM CLARO
Noites passadas em claro,olhos que
buscam alguém.
Assim eu sou pelos dias procurando
alguém que não vem.
São dias que se sucedem, noite após
noite espero que surja de algum lugar.
Os olhos já cansados, não consigo e não
os quero fechar.
Sofrimento igual não existe querer ter
a quem se ama, perto de nós para sempre.
À mim aliviaria se eu possuísse algo
que fosse só meu, e que por sorte tivesse,
um pouco do cheiro teu."
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista.
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Apenas em teus olhos
Eu enxergo a vida
Na tua presença vejo um futuro
Na tua ausência compreendo
O valor do amor
Em meio aos teus cabelos crespos
Passeio os meus dedos
Como quem passeia pelas nuvens
Sua saliva é mel para mim
Quantos segredos esconde em ti?
Quantos mistérios cativa
Em teu olhar enigmático?
Quantos pensamentos guardas contigo?
Conte-me teus segredos mais profundos
Deixe-me desvendá-la
Que eu te deixarei desvendar
a minha alma.
Olhei para aqueles olhos
Vi a íris dela... Preto como a escuridão
Preto... Preto...Preto
Queria beija-lá mas não conseguir
Porque
Porque sou inútil
A beleza está nos olhos de quem vê e, de vez em quando, pode ser necessário dar a um observador estúpido ou mal-informado um olho roxo.
PALAVRAS EM BRANCO
Enquanto meus olhos, observam as cores em branco de uma parede nunca tocada, minha mente insiste em me lembrar das curvas firmes de suas letras. Suas palavras jamais quero ouvi-las! Não acredito numa vida escrita por palavras, as quais nunca foram sentidas. Se abstenha delas e mexa seus membros para que eles não sintam dor.
TEUS OLHOS
Quando teus
Olhos cruzaram os meus.
O meu coração
Enamorou-te de imediato.
Logo depois
Perdeu-se na ilusão da tua imagem
Martelando minha mente
Nas noites frias
Da minha solidão que buscava-te
Para aconchegar-me em teus braços aquecidos
De ternuras e desejos ocultos por mim!
No labirinto dos teus olhos
Perco-me em amor quando percorro todos os corredores
Da tu'alma enamorada por mim!
Poesia-me
Em teus olhos e recita-me em teus lábios
Pois só assim beberei do teu amor na sede de você
Em mim!
Ela saiu...
Para passear sozinha!
Mais voltou, acompanhada: com risos nos olhos
E lábios apaixonados.
Escuridão em teus olhos mortos,
reluz tua vaidade que já teu tumulo,
lagrimas derramaram pois está vazia,
pois teu amor foste um claro ato de amor,
esquecido para todos em que amou.
viraste as sombras corroída entre as sobras
do desejo profundo meu amor que morreu pois
foste uma opera de muitos aplausos
num show que durou a eternidade.
não há amor naquele local
Aquilo estava segando os meus olhos,
eu não conseguia enxergar,
pois à escuridão não me perdoava,
não tinha luz e nem amor naquele local,
eu estava só, e nada podia me socorrer,
o único motivo de eu estar caminhando,
é colocando as mãos para frente,
nada é mais enpolgante do que não ter luz,
eu não enxergo a luz, eu não enxergo a luz,
porque não há amor naquele local
Seja mais sensível ao que seus olhos vêm.
Seja mais sensível ao que seus ouvidos escutam.
Seja mais sensível ao que o seu coração sente.
Seja mais sensível ao que a sua alma suplica.
Seja mais sensível às necessidades alheias.
Ajude mais, busque mais, se importe mais...
No abrir dos nossos olhos, ao despertar desta manhã.
Percebemos que a vida deu continuidade, nos dando chance de sermos melhores que ontem.
A única ambição que devemos ter, é a de amar uns aos outro como nosso salvador nos amou.
Ditadura
Eu fiquei preso na sua ditadura
Que na terra insistiu em voltar
Arrancando os olhos de qualquer criatura
Que a boca insistisse em falar,
Como se não houvesse ternura
E nunca aprendesse a amar,
Agora eu sobrevivo com a minha loucura
E já não dar mais pra alguém me calar
Eu não vejo mais flores no campo
Nem gente cantando alegre nos bares,
Na boca agora tem um grampo
Calando a voz desses rapazes,
Mas a minha voz não se cala
Enquanto nesse mundo
Ainda houver cartazes,
Onde possa colar
Calando a boca de quem me atrasa
Eu vou subir a rampa do morro
E olhar na cara desses capatazes,
Que apesar de tudo querem me esfolar vivo,
Como se eu tivesse medo
E fosse cair no choro
Eu não vejo mais você
Do mesmo jeito que eu via antes
Você atrasou o meu viver
Nessa terra de gigantes
Me obrigou a querer morrer
Com a sua tromba de elefante
Quis lutar e aparecer
Agora engula os seus desplante.
