Educação e Valores Morais
Toda vez que nos vemos, tenho a sensação de que nossos olhos se abraçam tão apertados que fica impossível respirar.
Eu encontrei o lugar onde reside a paz, e estou batendo na porta dessa morada. Não é na varanda do sol, o mar. Nem a cozinha da vida, as montanhas. A paz abriga-se em seus braços.
Tem vez que a primeira impressão faz escorrer uma lágrima até a boca e o gosto da salinidade trás consigo o rosto da tristeza, um rosto sem expressão e sem vida, confunde-se com a farsa que o tempo de momento esconde. Com o passar dos dias descobre-se que o sal era falso e cede espaço e sabor para o doce acompanhado da verdade.
Faça suas previsões. Crie estatísticas e esperanças. Mas no fim, perceberá que nós todos apenas atuamos nesse teatro da vida. Vivemos nos enganando, dizendo que somos livres, mas, somos ratos de laboratório.
Era para chegar, marcar e ir. Vivenciei o mais puro dos sentimentos. A brisa veio e levou, me arrancou da pior maneira possível, mas quando passou foi devagar, aos poucos, e ao partir olhei para trás e vi que aproximava-se uma tempestade que tentei correr. Foi mais forte, mais rápida e me alcançou. Até hoje recolho destroços do que foi um dos períodos mais turbulentos da minha vida. Mais turbulentos e mais gostosos do meu viver.
A sua mágoa aliou-se com o meu medo e me levaram. Foram covardes e juntos espancaram a minha felicidade, jogando-a depois no poço fundo e obscuro do meu vazio. Ao encontrar o seu fim desesperou-se com a água que começava a molhar sua cabeça e preenchia toda a solidão do poço. Agonizou-se ao ver que era a morte que chorava do lugar de onde vinha a luz.
Deusas não morrem, isso é a ordem natural do mundo. Evaporam-se em perfume no ar para que continuem a viver dentro das pessoas. Os ensinamentos e a marca de batom por elas deixados são inalados e transformados em vidas mais esperançosas, sábias, alegres e com algum sentido ainda em resto. - 8 de Março.
Igualdade está escrita nas entre linhas da palma da mão. O aperto entre elas não diferencia, aproxima.
"O tabuleiro escorrido"
O jogo de damas. Disputado no horizonte com suas formas quadradas e secas, formado por duas cores que a muito tempo combinaram-se e marcaram a história, o preto e o branco. Certa vez, um rei e uma rainha travaram uma guerra em um jogo acirrado e amoroso, idealizado ao nascer-do-sol com seu esplendor, modelaram uma massa saborosa e lisa. O conjunto de três nobres talharam no mármore um tabuleiro escorrido na vertical, redesenhado em humano, uma princesa. A combinação sabiamente molhada pela tinta fresca, com fortes pinceladas de raios solares, queimaram cada fio de cabelo branco, herdados da rainha que-lhe presenteou com paz. Cada fio negro foi inspirado na beleza da noite, misturada com o fim do dia, e formou-se um escuro claro. O azar deixado de lado do jogo diferente, cedeu tempo para o jogo vivo. Assim chamado de o jogo das realezas.
Carrego as minhas companheiras que ao fim do dia, com a chuva de verão, lutam contra os pensamentos atormentados. Com os olhos opacos e sem esperança, sento no canto esquecido do quarto mofado e coloco-as na cabeça. Tentam rasgar o sentimento que está dentro do eco da toca, a saudade, que fura o coração e congela as veias. A falta de calor direciona para o inevitável, a solidão.
Vou deixar o meu silêncio ser levado pelo vento até ele bater na sua janela, entrar no seu quarto e nele ficar.
Saudade daqueles dias amanhecidos e abafados. De quando a envolvia em meus braços e ela presenteava-me com seu perfume sincero de meiguice. Ao abraça-lá um instinto despertava do simples. Era o mesmo que fazia-me caminhar a passos largos e ansiosos. Um instinto de proteção.
Brincadeira de Hora em Segundos
Lá, lá atrás do tempo
criou-se um descontento
Isso? Há muito me lembro
pungir o vento,
nas costas das horas
que estavam distraídas lendo.
Não sei se gostavam
porém achavam-se atentas
pararam até os ponteiros
que todos os dias andam pela sala,
passam pela cozinha
pelo quarto, voltam pra sala, e sentam.
Os números que formam o dia e a noite
o nascer e o crepúsculo
pairavam no ar escasso e cortante
e usavam grandes óculos escuros
em cima do muro,
comiam um maduro fruto
olhando o poço fundo
do mundo.
com os olhos vendados
filtravam o brilho deste tempo
o tempo rodante,
no espaço barulhento
o tempo passado, o tempo pequeno
desesperado e frêmito
por atrás deste paciente poema lento.
O Visto Eterno
Te amo infinito
no coração afinco
dentro do corpo nutrido
e pela alma, excluído.
Tudo excluído
foi tudo perdido
o passado era aquilo
um dia partido
na surdez do ouvido.
Quando te vi
foi lindo,
inventou o calor
que eu não elimino
até agora zelado
por anos, mantido.
Neste tempo promíscuo
sonhei em beijar-te a boca
com o lábio mordido
por dente de mimo.
Sua roupa em alinho
o sangue na veia
permeia o seu rio
corre líquido mítico
me dê vida
em sede de bico.
Agora, pode chegar
o dia de ir, não vivo
nem uma hora a mais
nem menos que isso
por motivos próprios
por dentro, há sinto.
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