Eco
"ESPELHO ENCANTADO"
Deste lado do espelho
Apenas eco de palavras.
Entre o silêncio que chama
Das minhas, das tuas incertezas
Assisto ao bailado dos dias que não entendo
Bebo este vinho entardecido numa garrafa
Que como eu não respirou.
Fogo em que me queimo, no silêncio espero
Vem-me à memória os dias em que o céu rasgou-se
Para trazer-me a embriaguez das palavras.
É como beber a incerteza
E decantá-la no odor das palavras
Capto-lhes o sabor, bebo-as de esperança
Engano-me, como me engano aqui deste lado do espelho
O perfume do teu olhar, do teu corpo oferecido
Feito de lenha, para arder, queimar.
Soam as badaladas de um relógio maluco
Que resolveu cantar as avé-marias ao meu ouvido.
Olhar suspenso de lágrimas cansadas
De um espelho numa casa vazia, abandonada
Por alguém que vos olha do outro lado do tempo sem sorrir!
"A verdade é que sou um cantor, um poeta, que canto e grito para que no eco de minhas palavras alguém possa querê-las, e guárdalas afim de que reproduzam nelas todas as verdades do meu coração".
(Júnior Sá)
As questões que me fustigam na Filosofia, encontram eco na Bíblia e me acalmam por algum tempo. Logo depois, sinto-me um nada e tudo recomeça.
Tormentas...ventos!
Arrastam-se no murmurar secreto das tormentas
o eco dos versos recheados de anseio
que escureceram no calor distante dos corpos ausentes...
dos translúcidos afagos...
Memórias devastadas pelo tempo..
E que sempre arrasto pela vida...
Onde pernoitam fragmentos de segredos entorpecidos...
De repente ruíram os sonhos...hoje...
Deixei de ver o teu vulto desenhado em minha retina...
O limite da persistência está quando o silêncio sobrepõe o eco dos seus passos e a luz já ofuscada se apaga. Neste momento esteja preparado, pois sua fé será levada a exaustão......
Devemos aprender a romper com a dor e o eco do sofrimento, onde a responsabilidade criativa pode ativar curas da boa ventura.
SONETO DORIDO
O poetar suspira com tons de tristeza
Num soneto dorido de eco e de soluço
Amarelecido num sentimento feduço
Onde a poesia seria de alvura e beleza
As rimas lacrimejam num cambaluço
D'alma, que sentida, cheia de afoiteza
Irradia negritude duma pura chateza
Onde a simetria vira angústia e rebuço
Numa emaranhada toada de crueza
Embuça os versos em um manhuço
Tão perversos e cheios duma vileza
Assim, a inspiração veste o garruço
Da "sofrência", com sua total frieza
Chafurdado os versos num chapuço
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
O "ECO-92 foi essencial para a nossa orientação nesses últimos 20 anos... ...Espero que "RIO+20" seja o ponto capital para os próximos 20 anos.
Escuta o silêncio. O eco que transporta a doce melodia da minha voz. Sente. É o teu nome que grita!
Não tentes decifrar o enigma que te assola. Cruza os caminhos que te irão levar a sítio algum. É onde irei estar, à tua espera. Na névoa que te beija. Na brisa que te aconchega. No último raio de sol que te afaga o rosto. Sereno. Sonhador. Observa o vazio. Está pleno de mim!
Anabela Pacheco
Te vejo, revejo o desespero
O primeiro lampejo
Do ego
Que faz o eco
Nessa imensidão de dor
Ensurdecedor, tudo o que me fala
Cala, começa e não para, mas faz falta
E eu nessa vala desse mundo imundo
Sujo, infeliz e sem futuro
To no escuro, em cima do muro
Um passo do absurdo
Sendo cego não enxergo
Mistérios de amor
Te vejo, revejo o desespero
O primeiro lampejo
Do ego
Que faz o eco
Nessa imensidão de dor
Ensurdecedor, tudo o que me fala
Cala, começa e não para, mas faz falta
E eu nessa vala desse mundo imundo
Sujo, infeliz e sem futuro
To no escuro, em cima do muro
Um passo do absurdo
Sendo cego não enxergo
Mistérios de amor
'HIPERTEXTO'
Absorvo cliques secretos,
cursor entre páginas,
colunas.
Anônimo sem eco.
Virtual,
visceral,
subscrito...
Ausento realces,
linhas,
endereços.
Incógnito 'fontes',
cobertores,
diálogos.
Plagio códigos,
bibliotecas...
Ratifico o abandono,
trilho embaraçado.
Invento faces,
ego gelado.
Sou impressão nos dias de chuva,
'Web matéria',
punhados de agravos...
Se você merecesse compaixão, eu a teria dado e dei; Se fossem apenas palavras isoladas, mas elas ecoam nas paredes do corredor e chegam até mim, sem ao menos se importarem se eu sinto; E se eu me perguntasse porque da existência delas, eu não saberia responder e não sei; Já tentei inúmeras vezes compreender, entender; Clamei por satisfações, mas não consegui nenhuma resposta aparente, aparentemente, feliz. Já não vou, mas sei que eu, ser coragem que sou, temo pelo que desde sempre soube e sei.
Assim como o grito tem o eco, a flor o aroma e a dor o gemido, tem o amor o suspiro; ah! O amor é um demoninho que não pede pra entrar no coração da gente e, hóspede quase sempre importuno por pior trato que se lhe dê, não desconfia, não se despede, vai-se colocando e deixando ficar, sem vergonha nenhuma, faz-se dono da casa alheia, toma conta de todas as ações, leva o seu domínio muito cedo aos olhos, e às vezes dá tais saltos no coração que chega a ir encarapitar-se no juízo; então, adeus minhas encomendas!...
...era como o rugido da multidão, o eco , o choro de meus colegas gritando de longe ,mas em mim permaneceu o silêncio estranho, que só foi desligado por Rebecca, a garota cuja arte, paixão, beleza tinham mudado a minha vida. Naquele momento, meu triunfo não foi a conquista, mas a clareza simples. A constatação de que nós estaríamos sempre juntos e todos os instintos de outra forma, teriam sido.Negadas as verdades: que eu era e sempre serei apaixonado por Ela.
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