E o Tempo da Travessia e se Nao Ousamos Faze-La
Ah... o tempo, nos roubando a vida e a gente tentando dividi-lo em dias, anos, fases, em horas, minutos... ele nos domina, completamente, e nós a pensar que o cronometramos.
O tempo muda pessoas, sentimentos, situações, pensamentos e, até mesmo, sonhos. A única coisa que o tempo não pode mudar são os momentos e as memórias que vivemos...
Mas você, melhor do que ninguém, sabe que aquele papo de que "você vai esquecer isso" é lorota... Você não vai esquecer nada!
Com o tempo vai deixar de doer, mas antes, você vai se acostumar com a dor. Não se esquece parte da tua história, afinal, somos feitos disso, de lembranças.
Irá chorar, quase todo dia, vai sofrer, vai desejar morrer, vai tentar dar o troco. Ih... essa será a pior fase. Mas quer saber? Vai passar! Vai por mim, vai passar.
Quando acontecer, será no devido tempo e, quando você lembrar de lembrar, ou apenas de não esquecer, irá sorrir.
Decepção só mata quando é auto, Ame-se e lembra-te sempre que: Você não vai esquecer, mas que vai passar.
O Gênio e uma ferramenta que transforma o futuro em presente, e este em passado. Ele é o verdadeiro Sr. do tempo.
Mãezinha
Quando eu ainda era menino
minha mãe cantava cantigas
de ninar. Mas certo tempo mamãe
esqueceu de dizer pra mim...
Que menino quando cresce
vira homem e sente saudades.
Por isto eu canto já que enquanto
a gente canta espanta a saudade
para bem longe.
Mãezinha do céu eu não sei rezar,
eu só sei dizer que quero te amar.
Azul é o teu manto, branco é teu véu
Mãezinha eu quero ti ver lá no céu.
Já faz algum tempo. Mas se Deus
quiser tal dia a gente se reencontra.
Às vezes eu queria amar alguém tanto quanto amo a letra de Stop Crying Your Heart Out do Oasis. Assim como amaria flutuar em nuvens de quadros impressionistas.
Às vezes me flagro cantarolando com um violão invisível entre os braços. Eu desconheço os acordes. Mas ele os conhecia.
Ah, ele! Todos os clichês do amor cabiam nas suas sete notas. Ele repetia os refrões enquanto fitava o dia nascendo através da janela. Seus dedos brincavam em meio ao caos. Nunca começava antes do primeiro cigarro. Criou as suas próprias regras.
Seu violão era a sua máquina de escrever. Compositores são poetas que a vida esqueceu de presentear com a arte do silêncio. Os seus sentimentos têm tons e harmonias; pausas e bis.
Eu me acostumo! Mesmo sabendo que não duraríamos mais do que um álbum inteiro do Pink Floyd. Serei mais uma história, mais um balançar de cordas. Terei cinco estrofes e dois refrões. Meu nome vai ser ocultado. A canção irá servir como uma recordação boa para alguns; insuportável para outros.
Enquanto isso - do outro lado da cidade -, estarei me reestruturando aos pouquinhos.
Eu só preciso do barulho que vem do meu peito para estampar o papel. Eu só preciso lembrar-me do cheiro de cigarro mentolado para naufragar no mar branco das folhas. Porque poetas são compositores sem ritmo. Meus dedos são ágeis, assim como o músico nas cordas. Minha alma grita, pois precisa. Meu coração ritmado cria todo o tipo mirabolante de melodias.
Eu o conheci no meio das minhas incertezas. Nossos bloqueios criativos se atraíram. Esse era o nosso nível de igualdade. Um não era superior ao outro, havíamos cicatrizes iguais.
Não é o que dizem? Por onde passamos deixamos um pouquinho da gente. Pessoas que assinam as nossas peles; carimbam as nossas vidas. Eu sei que na vida dele muitas outras se tornarão canções pelo que não deu certo. E voltaremos ao recomeço, uma vez que o ser humano tem a necessidade de pertencer. Seja a uma música, a um poema ou lembrança.
E ele é todo sentimento. Eu sou toda pedra. Ele sempre viveu todos os momentos; fumou todos os cigarros; cantou todos os refrões. Mas aprendeu a duvidar das palavras e dos poetas. Nós queríamos ficar juntos, ao mesmo tempo em que todos os versos diziam ao contrário.
Mas eu nunca o amei!
Mesmo ficando com a mania de curtir os álbuns dos anos 70, de criar regras, de anotar as coisas em um bilhete na geladeira para não esquecer o que fazer. Mesmo esperando silenciosamente o fim do primeiro cigarro, em seguida o pigarro seco e, por fim, os graves e agudos do violão. Eu não o amei nem quando fiz o meu melhor poema dedicado aos amores que perdemos no meio do caminho. Ou os caminhos que perdemos em meio aos amores ilusórios.
Ele nunca soube me dizer o que era impressionismo, eu nunca quis aprender a tocar violão. Ele não gostou dos meus poemas; eles eram indecisos - porque lua em libra é o meu segundo nome. Eles eram tristes, pois eu sabia que nunca seria o seu Wonderwall, do mesmo modo em que ele nunca seria aquele que poderia me salvar.
Nossos mundos colidem, nossos karmas se cumprimentam como velhos amigos de uma vida cansada. Por isso preferi amar Stop Crying Your Heart Out do Oasis. É mais fácil. Aceitável.
Assim como a música, tivemos o nosso tempo cronometrado. Assim como um poema, seremos eternizados em pequenas estrofes do passado que resignamos.
“Aguente!” – diz a música – “Não se assuste! Você nunca mudará o que aconteceu e passou...”
E isso me conforta até a próxima manhã, sem ninguém cantarolando refrões na janela...
Eu estava aqui deitada, olhando para o teto do meu quarto, pensando na vida, nos planos, nos sonhos e, no quanto ela tem um jeito peculiar de te fazer relembrar cenas que você atuou, viveu, ou apenas sentou ao lado e assistiu tudo passar na sua frente. As vezes somos apenas mero coadjuvantes e, vemos as pessoas entrarem e saírem das nossas vidas, outras até sem ser notadas. Penso ainda em todos os caminhos, nas esquinas do mundo e, nas trilhas que encurtamos, nos montes que escalamos, entao, abro os olhos e, me pego agora chorando, dedilhando as cordas do violão e, como um sopro, surge uma harmonia, surge das notas ensaiadas, uma canção.
Existem canções que queremos cantar, não importa quantas vezes, queremos ouvir a melodia que parece saltar do peito e aí mesmo em meio a calmaria de um arranjo, a doce e suave harmonia, traz a paz, traz consigo a esperança de que quando a música parar, tudo vai ser diferente.
Me pego viajando pelas linhas do pensamento, eles não me decepcionam, consigo voltar no tempo em um flash de um segundo, assistir onde a vida deveria ter recomeçado, zerado o papel. Bom seria que como uma letra mal escrita, pode ser apagada, assim também, algumas histórias que não traduzem o simples gesto de amar, pudessem não existir.
Difícil pensar na vida, organizar a sintonia das notas, enquanto o dedilhado suavemente acontece cantando o amor. Não há tema mais lindo, não a canção que traga prazer que não contemple o amor, mas será que é porque é fácil falar de amor? cantar o amor? Eu não tenho as respostas, porque o tema mais cantado, mais falado, mais usado nas declarações, não surge apenas nas palavras, mas se concretizam nas ações.
Já dizia o apóstolo, o amor é paciente, ciente de que o amor espera o tempo que for para ser amor. Porque não existe contagem do tempo para acabar o amor, mas existe um relógio bem maior, que define que quem ama não tem tempo para amar, não existe tempo para voltar a amar, nem muito menos tempo, para pedir para deixar de amar.
Pedir para deixar de amar, é como se dissesse que é possível apagar as letras escritas da história, embora a mente apagasse existiriam todos os sentidos aguçados, para fazer lembrar.
O amor é uma dádiva, que nao escolhe classe social, nao escolhe cor, idade ou qualquer outra caracteristica que, só quem ainda não amou é capaz de citar.
O pecado é algo difícil de se lidar pelo simples fato dele se apresentar com várias caras, jeitos e formatos atingindo todas as áreas do ser humano, assim como o tempo passado, presente e futuro. Não o futuro eterno, mas um futuro terreno.
O tempo acaba levando as dores, feridas, bens materiais, dívidas e até amores, a única coisa que ele não vai levar é o arrependimento, caso tenha feito ou deixado por fazer algo, ou seja, use sempre a razão para que não se arrependa mais tarde, ou será tarde demais.
Reflita...
Marcelo Martins de Freitas.
Aí, a gente aprende que só se aprende com o tempo. Ensinar o aluno a aprender é o mesmo que ensinar o professor a ensinar.
O amor é como as águas, se separam em rios, como se fossem pessoas impossibilitadas de viverem juntas, se separam mesmo que seja por muito tempo, mas depois se encontram no mar, ali onde se concretizam todos os sonhos. Onde as mensagens engarrafadas encontram seu destinatário. Nem um amor ficará encoberto. Se morrer, não era amor. Eu te amo!
A gratuidade enfraquece a vontade, porque nivela todos por baixo! A abundância, o excesso, a facilidade, roubam a dignidade, porque tiram o valor das coisas. O governo oferece o estudo gratuito, e isso tira a vontade de estudar. A dificuldade desenvolve tônus no caráter. E como se não bastasse, agora a escola é de tempo integral: o mais educação: mais isso e mais aquilo, exagero! E a EJA e outras modalidades condensadas privam os jovens da espera, treinado-os para a impaciência.
A maioria das vezes por confiarmos demais nos outros e achar que eles são parecidos com a gente, nos machucamos demasiadamente, tão brutalmente que sangramos em silêncio, esvaindo aos poucos e desacreditando dos sentimentos nobres e serenos. E seguimos, quase num vazio intenso dessa imensidão de falhas e dores da alma. Porque precisamos desse desacreditar se essa passagem é tão efêmera???
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp