E nos teus Olhos que me Perco
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"Você não se apaixona por alguém.
Você se apaixona pelo amor de alguém.
Ensina teus olhos a ver com o coração..."
💛
Saudade é uma arte onde acontece
a súbita vontade de pincelar nos
teus lábios os beijos que ainda não
te dei.
É incrível como a saudade tem a capacidade de fazer com que o mundo vire um imenso vazio.
Com tantos sintomas a saudade até parece doença, mas sei que a cura é
a sua presença.
É notável a necessidade que tenho de olhar no fundo dos teus olhos, como quem cuida de uma flor, e deixar que as lágrimas descrevam em atitudes o que sinto.
Reconheço que as palavras proferidas pela minha boca, não são capazes de minimizar, as atitudes executadas pela obra das minhas mãos... Mesmo sabendo que sobre elas não havia consciência alguma.
Minha vontade é de abraçar-te, nem que seja o nosso último contato... Talvez assim eu encerre a nossa história ou me afunde cada vez mais nesse abismo secreto.
Assim com fujo de um raio, me escondo embaixo de uma árvore de você, e sigo escutando dentro de mim trovões, que com tremores me dizem: "volta!".
Se eu pudesse te mostrar o desejo que sinto neste momento exato,
todos os teus sentidos ficariam encharcados de mim.
Na profundeza de teus olhos
Há mistérios que não ouso desvendar.
Neles há verdades profundas que não me permito entender.
Mas, se em tuas mãos suaves deixo perder-me
É em teus braços e abraços que permito à você me encontrar.
Me perco em riscos calculados
Mais uma vez o ledo engano do controle
De algo que não devemos dominar.
Entre minhas idas e vindas, entre tuas chegadas e partidas
Permito que, de mansinho, você possa me desvendar.
Neste turbilhão de emoções,
Nesse vendaval que nos invade
Em cada tempestade que nos transpassa e nos inquieta
Concedo o passo, aos poucos, para que você possa em meu coração entrar.
Cada traço teu me conta uma história
Que, tal qual menino maroto, escuto atento para que nenhum detalhe ladino eu deixe escapar.
Se há fundamento ou razão
Juízo, motivo ou circunstância
Quem há de saber?
Com quantas palavras ou olhares possa alguém isso responder?
Porque esta ânsia que nos inunda?
Qual a causa deste desassossego?
Somos intensos
E tudo nos transborda
Eis a razão!
Nas tuas esperas e permanências
Nas minhas entradas e saídas
Quero você perto
Bem perto
Tão perto
Que fiquemos despertos
Para não haver chance
De nos perdermos
Nem ínfima probabilidade
De não nos deixarmos
Um ao outro abraçar
Se o amor fosse um poema,
teria os teus olhos escritos na primeira linha,
mas os versos de encantar,
seriam os teus óculos por cima.
Meus ouvidos que são loucos na tua fala.
Minha boca nos teus beijos,
Minha mente nos teus pensamentos.
E meus olhos na tua cara.
Teus Detalhes
A lúnula dança em seus dedos,
uma lua mínima que esconde
o controle das próprias marés,
branca de silêncio e segredos,
como se as mãos fossem ninhos,
guardando sonhos que dormem
nas linhas de sua palma.
Em seu coração, quatro cavidades ressoam;
os átrios recolhem memórias,
enquanto os ventrículos sopram sonhos.
A aorta, em silêncio, germina,
levando o amor e o sangue às extremidades.
E, nesse compasso oculto,
cada batida floresce.
Nos seus olhos,
a luz se desenha sob as escleras,
em lemniscatas, um caminho sem princípio ou fim,
um infinito que repousa entre o tempo,
que envolve sem pesar,
um laço suave de ternura
que flui entre a glabela e a pele.
É tão leve, tão profunda,
como flor que se abre na espera,
desabrocha em silêncio e cresce no cuidado.
Sua beleza é quieta,
uma prece que o coração faz
sem saber que está rezando.
A chama que brilha nos teus olhos é um vestígio distante da luz que já adormeceu na sua origem ancestral.
•O•L•H•O•S•
No meu sonho, te vi tão claro,
Teus olhos, um universo raro,
Me atraiam, me envolviam,
Num enigma que persistia.
Tentei tocar tua presença,
Mas te afastavas, sem clemência,
Entre olhares, sem palavras,
Nossa conexão, uma obra gravada.
Teu olhar revela o teu mundo,
Segredos profundos, nesse fundo,
Compartilhaste, sem receio,
Teu toque preferido, um devaneio.
Carinho leve, sem amarras,
Não gostas de curiosas garras,
Queres ser visto além do óbvio,
Num encontro, nosso destino sóbrio.
Simplicidade em tua essência,
Alma antiga, em tua presença,
Um dia, realidade e sonho se fundirão,
E te contarei do que aprendi na ilusão.
Queria estar contigo agora. Olhar na tua profunda alma e dizer como amo o brilho dos teus olhos e a maciez da sua boca.
Mesmo que eu nunca tenha a beijado.
