E no meio de Tanta Gente Chata
BARCOS DE PAPEL (soneto)
Na chuva da temporada, pela calçada
A enxurrada era um rio, e o meio fio
O teu leito, com barragem e desafio
Na ingênua diversão da meninada
Bons tempos felizes, farra, mais nada
Ah! Os barcos de papel, inventivo feitio
Cada qual com um sonho e um tal brio
Navegando sem destino, a sua armada
Chuva e vento, aventura e os barquinhos
Tal qual a fado nos mostra os caminhos
E a traçada quimera no destino velejada
Barcos de papel, ah ideais, são poesias
Que nos conduzem nas cheias dos dias
No vem e vai, no balanço, da jornada...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/06/2020, 11’05” – Triângulo Mineiro
Quando você começa a reparar as pessoas e analisar o meio que você vive, mais essencial se torna seguir isolado e longes delas.
Meu melhor lugar pra se sentir acolhida é em um abraço é um encontro de alma em meio a silêncio de gratidão .
Apenas um sonho
Em meio aos devaneios
Viu-se uma bela imagem
Flores enfeitando o caminho
O sol iluminando a paisagem
Um par de olhos castanhos
Era o mais lindo poema
Entre linhas havia um mapa
Mas, a passagem era só de ida
Toda vez que mudava o passo
O chão ia se fundindo
De repente acabou-se o chão
Lindas asas foi se abrindo
Esvoaçou em busca do olhar
Quando finalmente pode tocar
Percebeu a distância entre eles
Despertou com sol surgindo
Poema: #Andrea_Domingues©
Todos os direitos autorais reservados 28/06/2020 às 18:00
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Grito de guerra
Em meio às ruínas, me calo
E os tempos sombrios
Emitem estrondos ofensores.
Fazem de cada pedaço espatifado,
De algo que antes era sadio,
A se tornarem entulhos inferiores.
E como se locomover
Onde o peso parece me vencer,
Em cada fragmento que se perdura?
Tudo parece estar a um passo de morrer,
E o jeito é ver melancolia distorcer
O final que não há mais cura.
Envolvida no temido escuro
Ouço vozes intactas,
Que insistem em constantes sussurros.
Embora soam abafadas
Aquietam o sentimento de apuro,
Vindo de uma canção que promete seguro.
E com o resto de confiança,
A intensidade começa a ecoar
Me recordo das velhas lembranças,
Da glória que sempre buscava em almejar.
Seus ritmos repetidos
Me fazem querer te escutar cada vez mais,
Meu interior abriga seus gritos
E melodias da essência que me satisfaz.
Então seja bem-vinda,
Ó doce e brava sinfonia!
Abale minhas estruturas como quiser,
Afinal, você sempre foi minha.
Me faça pulsar para o renascer,
Assim fortaleço seus hinos de motivação,
Transformo razões em batidas com emoção,
Pois isso é que me fará sentir viva outra vez.
Composições que soam em tons potentes,
Onde acendem o pavio apagado.
Me recupero em faíscas flamejantes,
Provocando um estouro inacreditável.
Aos poucos, reparo os danos quebrados
Combatendo o que não é mais tão implacável.
Ah, meu grito de guerra adormecido,
Que ressurge em agitos independentes.
Te eternizo em meus tempos destruídos,
Para me refazer com suas trovas confiantes.
Eu amo animais e condeno qualquer um que fizer mal à eles. Mas eu meio que queria poder matar essas borboletas que ainda sinto no estômago quando penso em você.
Verde no horizonte
Das alturas vejo em meio
A destruição
Sujeira
Pecado
Pequenos traços verdes
Parece que consigo pega-los com as mãos
Parece tão perto...
Mas não posso ir lá
No meu paraíso
Lá não há dor
Pecado
Sofrimento
Humanidade
Lá é livre de todos os males
Se eu pudesse ir até lá
Descansaria
Deus como quero descansar!
Mas o verde é ilusório
Onde o homem estiver
O mau vai estar a espreita
Procurando brechas
Pará se manifestar
O homem cura
Mas tem medo de segurar
Uma navalha nas mãos
Como confiar?
É mesmo que esse verde
Puro, limpo, sagrado
Imaculado
Estivesse em meu alcance
O sofrimento me alcançaria
Pois onde eu estiver
A dor me alcançará
A humanidade há em mim.
Limpa minha mente Mestre!
Ela ferve como uma chaleira,
Coloca um pano frio e úmido
Sobre minha testa
O vapor é a prova de que fui
Curado
Eu quero me transformar no Verde
Me fundir a ele no horizonte!
Ser imaculado como ele
Impõe as mãos sobre mim!
Tira a humanidade de mim !
Tira o instinto !
Me faz superar a bestialidade!
Transforma minha mente
No jardim do éden
Antes do homem chegar.
O livro sem final, não tem começo,recomeço, meio e coisa e tal.
O livro sem final ,não tem capa,nem contracapa.
O livro sem final, não tem resumo,não tem prefácil,
e ler não é fácil.
O primeiro beijo sai meio perdido, sem compasso, morrendo de sede, depois as bocas nos ensinam a sintonia de amar através de acordes entre lábios aperfeiçoados.
QUARENTENA
Chovia. Lembro da praia vazia, do céu cinzento,
No meio da tarde de um domingo nublado.
Belle de Jour, Alceu não a teria avistado,
Posto que era época de isolamento.
Chovia. Parei no tempo por um momento...
Tão longas eram as noites de confinamento,
Nem pareciam finitas. Casal distanciado.
Mas o amor haveria de ser preservado,
Posto que se pretendia o seu avivamento.
Chovia. No coração, um sentimento...
Não apareceu o sol, mas soprava o vento no mar.
A pandemia congelara a vida,
Mas ontem ela voltou a pulsar,
Ao te rever, minha querida.
Chovia. Havia sobrevida...
Tudo no mundo tem seu começo, meio e fim.
Para a madeira o cupim
Para o ferro o ferrugem
Para as pirâmides o tempo
Para vida a morte!
Daniel d'Paula
Em meio a tantos servidores no serviço público, sempre haverá alguém dando o melhor como se fosse um CEO em uma grande multinacional.
Não é sobre serviço público, mas sobre servir pessoas, o estado, município ou o seu País.
panorama...
meio a secura
o ipê com flor na rama
maravilha, perfumada ternura
pelo cinza, pontos amarelos
num matiz em mistura
grifadas em prelos...
queimada
nuveada de fumaça
e a estrada dourada
traçado cheio de chalaça
o cerrado. Vida enleada!
Visto pela vidraça!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
21 de setembro de 2019
São Paulo, SP (Guaianases)
No meio da noite me posicionei perante uma janela e meu olhar indo em direção perdida sobre o mundo escuro que ali estava coloquei a mim próprio sobre pensamentos duradouros . Que por si só foi me levando para muito longe indo até lugares onde chamamos de contos de fada ! Quanta maluquice a minha de onde tirar conto de fada de uma mera noite fria chuvosa e se grande tempestade raios que se brota do céu barulhos de trovões onde parece rachar a terra , vindo do alto descendo de forma escandalosa parecendo que teria alguém enfurecido por estamos ali , em local seguro veio a minha mente posição a qual poderia me colocar para acalmar aquela tempestade pois já estava com medo , o frio que já ia se encostando fazendo com que meu corpo arrepiava pensei naqueles que não tinha onde se esconder ou se teria aquela janela para observar aquela chuva e admirar os raios que caiam de cores azul mais os barulhos que rachavam as terras me davam calafrios parecia um brado de guerra parecia que , algo iria acontecer pensei como pode certa força me colocar admirado pela sua bravura de raios que se parte ao meio que se posicionar a frente e ao mesmo tempo com certo medo de pelos trovões que se move sobre a terra . Queria muito entender pelo fato da mudança que nesse momento a sobre mim momento de que me apaixono pela tempestade e me recuo ao seu som ardo alto como que meus ouvidos preparava porque sabia que meu corpo iria se estremece . Chegando certa hora aquela tempestade foi se dando por calma a noite se passando o dia chegando me coloquei sobre a cama adormeci acordei com o sol brilhando entre a montanha que a escuridão da noite tampava pela forte tempestade , e sobre ela o brilho do sol fazia com que seu verde destacava . Sobre toda luz os pássaros cantando , e certamente as plantações glorificando pela chuva que veio a cair onde sua fonte irá sim prover o alimento da terra . Mãos aos céus agradecendo pois teremos a fartura do pão o trigo se colocando a mesa a mais farta da colheita como é bom viver certa emoções mesmo que ela o encante ou espante se alguma forma , como aquele som que me fazia tremer e o admirar e ao ponto da lógica sabendo que seria e é a minha fonte de vida para me lavar e ter sempre o alimento sobre a mesa tanto que se alimente a mim. Mesmo como aos meus filhos fonte de vida que toda tempestade trouxe sobre aquela noite como é bom viver e poder ter sempre a esperança de dizer que tudo é possível que tudo tem um por que ou um sentido desdobra e se fazer melhor sempre e plantando sempre o que colhemos e que sempre possa colher o melhor dessa terra colha vida que ela sim é eterna o corpo físico morre mas extremamente o espírito fica para uma eternidade que siga sempre visando o melhor para si e colhendo o melhor para toda vida.
Toda história tem um começo, um meio cheio de brigas, estresse, telefone na parede, xingamento, choro, riso largo, dorme com Deus, te odeio. E quando é pra ser o final, a gente esquece tudo, e volta correndo pro meio. É amor que fala, né?
Ricardo F.
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